Chers lecteurs francophones…Suite à un minitrip à Porto –Portugal- où je pus assister au concert de la chanteuse-compositeur Adriana Calcanhotto, j’ai dû hélas délaisser quelque peu ce blog adoré. Je fus en outres invité par le journaliste Antônio Carlos Miguel (dont je tracerai le portrait dans le prochain post) à rédiger une chronique du show pour le blog de son journal sur Globo on line que je me permets de reproduire ici. Cela dit, pour voir d’autres photos de ce concert, je vous convie à cliquer sur le lien « Blog A.C. Miguel » à la date du 2 juin.
Cette artiste de Porto Alegre -dans le sud du Brésil- est d’une réelle importance sur la scène actuelle brésilienne, et une simple traduction du texte n’aurait pas aidé à aborder son travail qui s’étend sur près de 18 années de carrière et 8 albums. Je me fais fort cependant de vous en parler dans les prochaines semaines. En attendant voici une petite vidéo pour entendre la voix cristalline de la chanteuse. Merci à vous…
Amigos brasileiros e portugueses, eis aqui o texto que o jornalista Antônio Carlos Miguel me convidou à escrever para seu blog no Globo on line sobre o show de Adriana Calcanhotto. Um espetaculo ao qual pude assistir no Porto, Portugal, para a turné do seu disco « Maré ».
Para ver ainda outras fotos da cantora, é so cliquar no link « Blog A.C. Miguel » na data do dois de junho, obrigado à todos, e boa leitura…
Cette artiste de Porto Alegre -dans le sud du Brésil- est d’une réelle importance sur la scène actuelle brésilienne, et une simple traduction du texte n’aurait pas aidé à aborder son travail qui s’étend sur près de 18 années de carrière et 8 albums. Je me fais fort cependant de vous en parler dans les prochaines semaines. En attendant voici une petite vidéo pour entendre la voix cristalline de la chanteuse. Merci à vous…
Amigos brasileiros e portugueses, eis aqui o texto que o jornalista Antônio Carlos Miguel me convidou à escrever para seu blog no Globo on line sobre o show de Adriana Calcanhotto. Um espetaculo ao qual pude assistir no Porto, Portugal, para a turné do seu disco « Maré ».
Para ver ainda outras fotos da cantora, é so cliquar no link « Blog A.C. Miguel » na data do dois de junho, obrigado à todos, e boa leitura…
Capa do disco da Adriana, "Maré"
« OPorto, 1 de julho
Caro Antônio, como « tu deves saber », já faz tempo que, em Portugal, a Adriana Calcanhotto alcançou uma fama popular à altura de uma Ana Carolina ou de uma Ivete Sangalo. Um fenômeno bem diferente do que acontece com ela no Brasil. O Cd « Maré » é hoje um dos grandes destaques em qualquer mega loja de discos do País luso, e o rosto expressionista da cantora, todo pintado, pode ser visto nos cartazes em qualquer canto das cidades por onde ela se apresentou.
Nos dias 29 e 30 de maio, era a vez da ‘invicta cidade’ d’OPorto acolher a gaúcha, já quase no fim da sua turnê. portuguesa - isso antes de estrear sua série de shows no Brasil a partir próximo do dia 13 de junho, em São Paulo.
No belo Teatro Coliseu, Adriana pôde descortinar seu novo universo marinho e azul, aparecendo tal qual uma Iemanjá : concha na mão, emergindo dos primeiros sons submarinos. Iemanjá essa subversivamente vestida de vermelho, por entre os painéis ornamentados com cavalos marinhos e algas. O início do show foi tecido através dessa atmosfera misteriosa. Mergulhamos então num mundo de silêncio, de onde só o canto da sereia - ao qual nao resisti e sucumbi…- se fazia ouvir nas primeiras bolhas de oxigênio extraídas de « Maré ». Depois da faixa título, encadearam-se ‘Seu Pensamento’, ‘Três’, e ‘Para lá’, todas soando cristalinas através da excelente acústica do Teatro. Com sua voz afinadíssima e delicada como sempre, Adriana debulhou quase todas as canções do seu último e ótimo ‘Opus’ , a meu ver, o disco mais regular da sua carreira. So faltou mesmo o ‘Sargaço mar’ do Dorival.
Para evocar ainda o roteiro, a cantora deu uma roupagem bastante adequada aos seus sucessos ‘Mais feliz’, que animou a platéia dentre das primeiras canções , como ‘Vambora’, ‘Esquadro’, a simplérrima mas irresistível ‘Fico assim sem você’ (seu maior sucesso em Portugal) e por fim ‘Maresia’, que fechou o set. Mais uma vez, Adriana demostrou sua dicotomia, coisa que sempre me fascinou, dividida entre a inteletualidade e a alegria leviana. A mesma dicotomia da Calconhotto / Partimpim, ou da hermética ‘Teu nome mais secreto’ (com Waly Salomão) e ‘Porte Alegre’ (Péricles Cavalcanti), essas duas últimas incluídas no « Maré ».
Caro Antônio, como « tu deves saber », já faz tempo que, em Portugal, a Adriana Calcanhotto alcançou uma fama popular à altura de uma Ana Carolina ou de uma Ivete Sangalo. Um fenômeno bem diferente do que acontece com ela no Brasil. O Cd « Maré » é hoje um dos grandes destaques em qualquer mega loja de discos do País luso, e o rosto expressionista da cantora, todo pintado, pode ser visto nos cartazes em qualquer canto das cidades por onde ela se apresentou.
Nos dias 29 e 30 de maio, era a vez da ‘invicta cidade’ d’OPorto acolher a gaúcha, já quase no fim da sua turnê. portuguesa - isso antes de estrear sua série de shows no Brasil a partir próximo do dia 13 de junho, em São Paulo.
No belo Teatro Coliseu, Adriana pôde descortinar seu novo universo marinho e azul, aparecendo tal qual uma Iemanjá : concha na mão, emergindo dos primeiros sons submarinos. Iemanjá essa subversivamente vestida de vermelho, por entre os painéis ornamentados com cavalos marinhos e algas. O início do show foi tecido através dessa atmosfera misteriosa. Mergulhamos então num mundo de silêncio, de onde só o canto da sereia - ao qual nao resisti e sucumbi…- se fazia ouvir nas primeiras bolhas de oxigênio extraídas de « Maré ». Depois da faixa título, encadearam-se ‘Seu Pensamento’, ‘Três’, e ‘Para lá’, todas soando cristalinas através da excelente acústica do Teatro. Com sua voz afinadíssima e delicada como sempre, Adriana debulhou quase todas as canções do seu último e ótimo ‘Opus’ , a meu ver, o disco mais regular da sua carreira. So faltou mesmo o ‘Sargaço mar’ do Dorival.
Para evocar ainda o roteiro, a cantora deu uma roupagem bastante adequada aos seus sucessos ‘Mais feliz’, que animou a platéia dentre das primeiras canções , como ‘Vambora’, ‘Esquadro’, a simplérrima mas irresistível ‘Fico assim sem você’ (seu maior sucesso em Portugal) e por fim ‘Maresia’, que fechou o set. Mais uma vez, Adriana demostrou sua dicotomia, coisa que sempre me fascinou, dividida entre a inteletualidade e a alegria leviana. A mesma dicotomia da Calconhotto / Partimpim, ou da hermética ‘Teu nome mais secreto’ (com Waly Salomão) e ‘Porte Alegre’ (Péricles Cavalcanti), essas duas últimas incluídas no « Maré ».
O laboratorio de sons, Domenico Lancellotti e Rafael Rocha (foto Daniel A.)
Ao seu lado, um verdadeiro laboratório de sons acústico-eletrônicos, composto por Domenico Lancellotti (do trio-projeto Moreno, Kassin +…ele ), Bruno Medina (Los Hermanos), Rafael Rocha (banda Brasov) e Alberto Continentino, acompanhando a cantora, que só trocou o violão pelo violoncelo para interpretar a inédita ‘A Poética do Eremita’, que não entrou no último disco … « nao sei por que... », comentou ela.
Deixando de lado outros sucessos esperados como ‘Inverno’, ‘Devolva - me’ ou ‘Metade’, foram belas versões surpreendentes que Adriana apresentou nos dois bis : ‘Meu mundo e nada mais’, do Guilherme Arantes ; ‘Quem vem para a beira do mar’, do Caymmi (ja incuído no « Maritimo », de 1998) ; e « Rio Longe », de Moreno Veloso e « Deixa o verao » outro Hermano , o Rodrigo Amarante.
Terminando essa modesta resanha, e tomando emprestadas as palavras do famoso cantor português Sérgio Godinho, que assistiu ao mesmo show em Lisboa, foi « uma concentração de bom gosto ».
Deixando de lado outros sucessos esperados como ‘Inverno’, ‘Devolva - me’ ou ‘Metade’, foram belas versões surpreendentes que Adriana apresentou nos dois bis : ‘Meu mundo e nada mais’, do Guilherme Arantes ; ‘Quem vem para a beira do mar’, do Caymmi (ja incuído no « Maritimo », de 1998) ; e « Rio Longe », de Moreno Veloso e « Deixa o verao » outro Hermano , o Rodrigo Amarante.
Terminando essa modesta resanha, e tomando emprestadas as palavras do famoso cantor português Sérgio Godinho, que assistiu ao mesmo show em Lisboa, foi « uma concentração de bom gosto ».
P.S : …enquanto isso, no Rock in Rio/ Lisboa, no mesmo dia 30 de maio, a imprensa focava a atuação patética da Amy Winehouse ; e o show da Ivete foi classificado como um « mau espetáculo » ( jornal « O Publico », de priemiro de julho). Porém, em compensação, o Skank apresentou um ótimo show, animadíssimo, ao qual pude assistir ao vivo… pela televisão. Em frente a mais de 100.000 pessoas, o Samuel Rosa alertou : « Não é só a Ivete Sangalo que ama Portugal ! »… Pois então, está dado o recado...
Um grande abraço do velho Continente, Daniel. »
Um grande abraço do velho Continente, Daniel. »
"Meu Pensamento", Lisbonne, mai 2008
"Esquadro"
9 commentaires:
Daniel, observando que você postou vídeos com trechos desse show de Adriana Calcanhoto (não sei se foi você quem os fez), pergunto: em Portugal, na Bélgica, na Europa em Geral, há controle rigoroso para impedir fotografias e filmagens - ainda que não profissionais - nos shows? Aqui no Brasil, a proliferação das máquinas digitais torna esse controle cada vez mais difícil, se não impossível. Resta apenas pedir ao público que seja educado e atenda à solicitação da produção.
Uma curiosidade que nada tem a ver com música: você tem ascendência armênia? Saudações,
Márcio Almeida
Um clima interessantíssimo esse que a Calcanhotto cria. Adriana é fisicamente muito parecida com e Enya - eu acho. Parabéns pelas fotos!
Oi Marcio! Começando pelo fim, sim, meu avô era armenio e fugiu do genocidio de 1915. Deixou a Turquia e parou com seu irmao na Belgica.
Agora falando das fotos, esta dependendo da produçao como vocé disse. Se vocé assistir a um show da Madona, do Prince ou Bowie, vai encontrar mais problemas do que a Calcanhotto. Esses videos nao sao de mim. Apesar de ter filmado sim! No Brasil, ja pude filmar a Joyce, quase em frente dela mas, do outro lado, fui impedido de fotografar sem flash a Zelia Duncan. Alias minha maquina foi confiscada na época!! Tambem me impediram fotografar o Milton em abril passado...
Acho que sem flash, nao causa problema nenhum para os artistas. Alias as fotos aparecem bem melhores, so que pouca gente sabe...um abraço!
Boa comparaçao Olga, nao tinha pensado nisso...beijo
oi dani,
só agora consegui parar (entre gravações de comerciais e prazos a cumprir)para visitar seu blog. e que alegria!!! adriana e skank (minhas duas paixões).
ótimo texto, lindas fotos!!! vou te visitar sempre...
te deixo um beijo e o desejo de sucesso no blog e na vida.
eda
Olá Daniel!
Vc me deixou com mais água na boca para ver o show da Calcanhoto. Já tô com ingresso garantido para o dia 29/06. Antes disso, vou comemorar o meu aniversário vendo João Gilberto. Fico trêmulo só de pensar! VC curte João?
Abraço,
Luiz Felipe.
Ola Eda, faz tempo! Que bom que visitou este espaço. Espero que volte sempre, beijo....
Quem nao curte Joao, bom sujeito nao é! (-: Alias, estarei no Rio nessa época do 24 de agosto, mas nao sei se vou conseguir um ingresso, ja estao a venda? Me passa por aqui me diga..? Abraçao...
Oi Danielzinho, passei para conhecer seu espaco.Muito bom,Parabens. Adoro a Adriana.
Um xero, Maria Bonita
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