samedi 26 septembre 2009

Retour en direct sur la musique (nouveau voyage).

Voyage sur l'axe Rio-São Paulo...
(Rio sur une oeuvre de Lia Mittarakis, 1934-1998)

(texte français
, texto português traduzido do francês)


Les fidèles visiteurs de ce blog auront constaté un ralentissement significatif quant à l’édition de nouveaux textes. Et de fait, un nouveau voyage sur l’axe Rio-São Paulo s’annonce, avec tous les préparatifs que cela suppose. Plus que la volonté de rencontrer les artistes, c’est une grande soif de concert que je veux assouvir. Vivre la musique, toute l’année, à travers des albums et des dvd’s, aseptise la passion. Il manque une dimension fondamentale.
Finalement, bien plus que le support sur lequel elle est gravée (le premier enregistrement sonore ne date que d’environ 130 ans), la musique est depuis la nuit des temps, une réunion de musiciens qui prennent plaisirs à jouer pour un public amateur. C’était comme cela dans les grottes de Lascaux, à la cour de Louis XIV, ou à la grande messe de Woodstock. Et en ces temps de crises du disque, le concert reste plus que jamais la source de revenu des artistes, quel que soit leur statut. Alors oui, il m’est difficile d’habiter loin de ma passion musicale, et de passer mon temps sur Youtube pour tenter de ressentir des vibrations. Ce voyage est dès lors bienvenu ! Bon, après m’être posé en victime des circonstances, j’avoue avoir été ravi de recevoir cette semaine par courrier, une dernière salve d’album avant mon départ. Comme d’habitude, je vous les colle ici…

Os fiéis visitantes desse blog já devem ter constatado um rareamento signifivativo na edição de novos textos. E, de fato, uma nova viagem cobrindo o eixo Rio-São Paulo se anuncia, com todos os preparativos que a ela se fazem necessários. Mais do que a vontade de reencontrar os artistas, tenho uma grande sede de assistir a shows, que pretendo saciar. Viver a música, ao longo da maior parte do ano, somente através de cd´s e dvd’s, torna essa minha paixão meio ascéptica. Fica faltando uma dimensão fundamental.
Afinal, mais do que o suporte sobre o qual ela é gravada (o primeiro registro sonoro data em torno de 130 anos atrás), a música existe desde a mais remota noite dos tempos; uma reunião de músicos que têm prazer a partir de tocar para um público amante da mesma. Assim foi nas cavernas de Lascaux, na corte de Luis XIV, e na grande bagunça de Woodstock. E nesses tempos de crise do mercado fonográfico, o show, mais do que nunca, passa a ser a fonte de renda dos artistas, qualquer que seja o status de cada um. Então, sim, de fato... não me é fácil morar assim tão longe da minha grande paixão musical, e ter que passar meu tempo em frente ao Youtube para tentar absorver as vibrações sonoras. Esse viagem agora é então mais do que bem vinda!
Bom, depois de posar como uma vítima das circunstâncias, eu devo confessar que senti uma grande alegria ao receber pelo correio, essa semana, uma última leva de álbuns antes da minha partida. Como de hábito, eu posto essa remessa abaixo para vocês...

DVD’S :
-ROBERTA SÁ :
« Pra se ter alegria » (Universal)

-DORIVAL CAYMMI :
« MPB especial 1972 » (Biscoito fino)

-DETONAUTAS ROQUE CLUBE : « Acústico » (Sony music)
-GONZAGUINHA : « Luiz Gonzaga do Nascimento Junior » (Emi)
-FERNANDA TAKAI :
« Ao vivo, Luz Negra » (Deckdisc)


CD’S :

-PAULINHO MOSKA & convidados : « Zoombido II » (Biscoito fino)
-DIOGO POÇAS : « Tempo » (Warner)
-BRUNA CARAM :
« Feriado pessoal » (Dabliú)

-MARCIO MONTARROYOS :
« O Rio e o mar » (Emi)

-MARCEL POWELL TRIO :
« Corda com bala » (Rob digital)

-CHIQUINHA GONZAGA :
« Chiquinha e seu tempo » (Biscoito fino)

-Varias :
« Elas cantam Roberto Carlos » (Sony music)

-MARIA JOÃO QUADROS :
« Fado mulato » (Biscoito fino)

-FREJAT :
« Perfil » (Som livre/ Warner)

-MARCOS VALLE & CELSO FONSECA : « Página central » (Biscoito fino)
-LEANDRO SAPUCAHY :
« Cantando Roberto Ribeiro » (Warner)

-ALCIONE : « Acesa » (Sony music)

Voyage sur l'axe Rio-São Paulo...
(São Paulo sur une oeuvre de Agostinho batista de Freitas, 1927-1997)

Pour les interviews, contrairement aux années précédentes, je ne pars pas avec un agenda chargé. Je me laisserai porter au fil des jours, avec quelques règles que je me suis fixées.
-Éviter les interviews avant le show : le stresse de l’artiste le rend absent de la conversation ou le « soundcheck » interminable vous fait attendre des heures.
-Éviter les interviews après le show : moment où l’artiste se retrouve entourés de ses amis, sa famille, ses fans, et où votre rencontre est repoussée à 3 heures du matin.
-Éviter l’interview durant une promotion d’album quand l’artiste est fatigué de répéter la même chose à des dizaines de journalistes qui posent des questions peu originales, quoique légitimes.
-Éviter les artistes qui picollent ou fument des joints durant l’interview (cela arrive plus souvent qu’on ne le croit !)
-Éviter les interviews que l’on vous propose au siège de la maison de disques, dans une ambiance de bureau, froide et aseptisée. Le lieu de l’interview est souvent essentiel à la réussite de celle-ci. Préférer un endroit informel ou la résidence même de l’artiste.
-Éviter les chanteurs ou chanteuses dans le tourbillon du succès, quand il faut batailler ferme pour obtenir une audience…Et quand bien même on aura la bonté de vous l’accorder, il faudra vous contenter de 15 minutes. Mieux vaut alors attendre un prochain voyage, quand la pression médiatique sera retombée, en espérant que l’artiste n’aie pas lui-même disparu de la scène musicale…

Bref, en résumé, les meilleurs « clients » sont les nouveaux talents qui ont encore l’enthousiasme de parler de leur art, ou alors les artistes confirmés qui, sans actualité ni sans pression,vous reçoivent chez eux avec chaleur et courtoisie.


Com relação às entrevistas, ao contrário do que tem ocorrido nos anos anteriores, eu não saio aqui de Bruxelas dessa vez com uma agenda abarrotada. Eu me permitirei completá-la ao longo dos dias, seguindo algumas regras que eu mesmo me impus:
-Evitar as entrevistas antes do show: o estresse do artista o deixa alheio à conversa, e a interminável « passagem de som » te deixa esperando por horas a fio.
-Evitar as entrevistas depois do show: momento no qual o artista se encontra cercado de seus amigos, sua família, seus fãs, e quando teu encontro com ele vai acontecer lá pelas três da manhã.
-Evitar a entrevista durante a promoção de um álbum, quando o artista está cansado de repetir a mesma coisa a dezenas de jornalistas que fazem perguntas pouco originais, mesmo que válidas.
-Evitar os artistas que bebem e / ou fumam durante a entrevista (isso acontece mais amiúde do que se pode imaginar!)
-Evitar as entrevistas para as quais te convidam à sede da gravadora, num ambiente frio e ascéptico. O local da entrevista é muito importante para o seu sucesso. Dar preferência a um espaço informal, ou mesmo à residência do artista.
-Evitar os cantores e cantoras que se encontram no turbilhão do sucesso, quando é necessário travar uma dura batalha para obter uma « audiência »... E quando até mesmo eles ou elas têm a bondade de te receber, você vai ter que se contentar com uns 15 minutos de atenção. Melhor nesse caso esperar por uma próxima viagem, quando a pressão midiática estará arrefecida... e na esperança de que o artista, ele próprio, não tenha desaparecido da cena musical...
Resumidamente: os melhores « clientes » são os novos talentos que ainda têm o entusiasmo de falar sobre sua arte; ou ainda os artistas já consagrados, sem qualquer tipo de pressão, e que vão te receber « em casa », com afeto e cortesia.

Esthétique "pop art" pour un des excellents albums pop/rock de 2009.
"Mordida de Rodrigo Bittencourt.


Avant de partir, je regrette de n’avoir pas eu le temps de vous avoir parler ici des très bons albums de jeunes artistes qui m’ont surpris comme Renato Godá (réédition de son E.P. de sept titres), Rodrigo Bittencourt (« Mordida »), ou Diogo Poças (« Tempo »). L’occasion m’en sera certainement donnée durant ce voyage, mais ceux qui ont écouté le programme Tropicália (en direct ou en podcast), ont déjà pu découvrir leurs talents. Même chose pour le bon album de Simone (« Na veia »), la superbe réédition de « Feito pra ouvir » d’Emilio Santiago, l’étonnant album de Tânia Grinberg (« Na paleta do pintor »), le très beau « Álbum de retrato » de Rosa Emília, ou encore l’excellent « Tudo que respira quer comer » de Carlos Careqa.

Bien…Jeunes gens…On se retrouve ici la semaine prochaine pour le compte-rendu de mes errements musicaux et artistiques au Brésil !


Antes de partir, eu lamento não ter tido tempo de ter falado aqui de muito bons álbuns de jovens artistas que me surpreenderam, como Renato Godá (reedição de seu E.P. de sete títulos), Rodrigo Bittencourt (« Mordida »), e Diogo Poças (« Tempo »). A oportunidade certamente surgirá durante essa viagem; mas aqueles que escutam o programa Tropicália (« ao vivo » ou em podcast) já puderam conferir esses talentos. O mesmo ocorre com o bom disco de Simone (« Na veia »), a soberba reedição de « Feito pra ouvir », de Emilio Santiago, o surpreendente disco de Tânia Grinberg (« Na paleta do pintor »), o belo « Álbum de retrato » de Rosa Emília, e ainda o excelente « Tudo que respira quer comer » de Carlos Careqa.
Bem, gente…nos reencontramos aqui na próxima semana, para o relato de minhas aventuras musicais e artísticas no Brasil!

2 commentaires:

zanzibar a dit…

Bonsoir Daniel,
Alors c'est quand ce départ ? De mon côté je devrais attendre le 1 novembre pour retrouver le printemps de Sao Paulo.
Dommage que tu ne t'intéresses pas aux "vieux" débutants comme mon ami Fabio Jorge qui vient de reprendre sur son premier CD, des vielles chansons françaises.
Bons concerts; j'imagine que pour ceux-ci, ça passera peut être par un des divers SESC de cette ville.
A lire tes sujets à ton retour.

Daniel Achedjian a dit…

Salut Didier! Non, non, durant le voyage, je compte écrire aussi...!
A bientôt!

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.