mardi 27 octobre 2009

27/10 : le son néo-pop de Nina Becker.

Nina Becker au CCBB, 27/10 (photo Daniel A.)

(texte français, texto português traduzido do francês)

Pour attraper jusqu’aux dernières notes de musiques de ce voyage, j’ai sacrifié mon déjeuner pour me rendre à la session de 12h30 (une autre était programmée à 18h30) du projet « Pode apostar » (littéralement « Vous pouvez pariez ») qui, comme son titre l’indique, prétend montrer les nouvelles valeurs sûres musicales brésiliennes, et principalement celles de Rio.
« Pode apostar »
se déroule tous les mardis au Théâtre II du Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) depuis maintenant deux semaines. S’y sont déjà présentés, Silvia Machete, Fino Coletivo, Rodrigo Maranhão…Et se présenteront encore, Mariana Aydar et Marina De La Riva.
Nina Becker est très représentative de cette nouvelle vague carioca qui depuis quelques années conjuguent diverses influences : une sonorité sixties, des rythmes latins chaloupés, un héritage « zen » et psychadélique hippie, un soupçon de pop eighties, et le souffle d’un certain esprit français « nouvelle vague » des années soixante qui se réfère à Brigitte Bardot, Jane Birkin et Serge Gainsbourg. Une mixture qui -uniquement par sa diversité d’influences-
pourrait presque être un nouveau Tropicalisme, toutes proportions gardées ! Nina, elle-même ,n’a jamais caché son admiration pour Rita Lee à qui elle avait rendu hommage l’année dernière, en reprenant sur scène l’entièreté de « Build Up » (1970), premier album solo de Rita - la pionnière du rock brésilien, et une des figures centrale du Tropicalisme.


Plusieurs musiciens se retrouvent au centre de cette nouvelle sonorité dont les prémices sont à trouver dans la musique de Los Hermanos et dans celle des intégrants du groupe +2 : Moreno Veloso, Kassin et Domenico Lancellotti. Ces musiciens sont, entre autres, les intégrants du groupe Orchestra Imperial, dont Nina Becker est l’une des vocalistes officielles.
Fino Coletivo, Silvia Machete, Thelma de Freitas, Marina De La Riva, font partie -de près ou de loin- du même cercle.
Avant même de lancer son premier album, Nina Becker fut déjà pointée de nombreuse fois comme l’une des artistes les plus prometteuses de cette vague légère, pétillante et pas prétentieuse.
Et ce mardi midi, alors que je me rendais au show sans grand enthousiasme, je fus surpris par sa présence scénique, l’assurance de sa voix et la qualité -à la première audition, du moins- des compositions séduisantes et colorées qu’elle entend inclure dans son premier album à venir.… Je l’attends avec une certaine impatience…

Nina Becker, abertura do show do dia 27/10, CCBB (foto Daniel A.)

Para captar as últimas notas musicais dessa viagem, eu sacrifiquei meu almoço de hoje para comparecer à sessão de 12h30 (uma outra estava programada para as 18h30) do projeto « Pode apostar ! » que, como seu título indica, pretende mostrar os novos valores musicais brasileiros de respeito, principalmente os oriundos do Rio.
« Pode apostar ! » desenrola-se todas as terças-feiras no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), completando agora duas semanas. Nele já se apresentaram Silvia Machete, Fino Coletivo, Rodrigo Maranhão… E virão a se apresentar ainda : Mariana Aydar e Marina De La Riva.
Nina Becker é muito representativa dessa nova onda carioca, formada por artistas que, desde alguns anos, conjugam influências diversas : uma sonoridade sixties (principalmente as guitaras), ritmos latinos dançantes, uma herança « zen » e psicodélica meio hippie, uma pitada de pop anos oitenta, e o sopro de um certo espírito francês « nouvelle vague » da década de sessenta, mais calcado em referências como Brigitte Bardot, Jane Birkin e Serge Gainsbourg. Uma mistura que, simplesmente por sua diversidade de influências, poderia ser quase um novo Tropicalismo, guardadas as devidas proporções ! A própria Nina nunca escondeu sua admiração por Rita Lee, a quem ela homenageou no ano passado ao levar novamente à cena, na íntegra, o conteúdo de « Build Up » (1970), o primeiro álbum solo da pioneira do rock brasileiro- e uma das figuras centrais do Tropicalismo.
Vários instrumentistas encontram-se no centro dessa nova sonoridade, da qual as premissas são aquelas identificadas nas músicas de Los Hermanos e daquelas dos integrantes do grupo +2 : Moreno Veloso, Kassin e Domenico Lancellotti. Esses musicistas são, dentre outros, os integrantes do grupo Orquestra Imperial, do qual Nina Becker é uma das vocalistas oficiais.
Fino Coletivo, Silvia Machete, Thalma de Freitas e Marina De La Riva fazem parte –mais de perto ou mais de longe- do mesmo círculo.
Antes mesmo de lançar seu primeiro álbum, Nina Becker já foi apontada inúmeras vezes como como uma das artistas mais promissoras dessa onda suave, borbulhante, e nada pretenciosa.
E nessa terça no meio do dia, tendo ido ao show sem grande entusiasmo, acabei surpreendido pela presença cênica de Nina, pela segurança de sua voz, e pela qualidade (na primeira audição, ao menos) das composições sedutoras e coloridas que a cantora prentende incluir em seu primeiro álbum à vista... Eu já o aguardo com uma certa impaciência...

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