-texte français plus bas
-texto português traduzido do francês
Mas pra começar, umas desculpas…
Os fiéis seguidores desse blog não se deixarão enganar... A edição de três blocos seguidos do programa Tropicália –que abriram a nova temporada sob as ondas da Rádio Judaica- resultaram numa certa falta de fôlego da minha parte quanto a escrever novos posts... paciência... Deixa eu aterrisar !
Eu devo confessar a vocês que um retorno ao meu País, depois de dois meses passados no Brasil (eu ainda moro em Bruxelas, é bom lembrar...!) não se processa sem alguns efeitos colaterais, que vão para algo além do fuso horário.
Retornar a um mundo totalmente alheio ao assunto que esse blog supostamente se propõe a abordar não motiva muito a minha musa inspiradora. Mudança de clima, mudança de cultura, de estilo de vida, de animação, mudança de ritmo...
E além disso tudo, uma imersão intensa na seleção dos novos álbuns como disciplina básica para a eleboração das transmissões... Horas e horas de audições atentas para poder distinguir o que terá sido produzido de melhor em 2010, uma vez já se aproximando o final do ano.
E quer queiramos ou não, se por um lado o progresso tecnológico permite que tudo se faça de maneira mais rápida e mais compacta –infelizmente, no que diz respeito ao som- por outro, ainda não inventaram uma forma de comprimir o tempo de audição : até onde se tem notícia, um álbum de 60 minutos ainda dura 1 hora...
Mas chega desse estado de ânimo, e voltemos aos álbuns, comentando o retorno extravagente de Silvia Machete !
Os fiéis seguidores desse blog não se deixarão enganar... A edição de três blocos seguidos do programa Tropicália –que abriram a nova temporada sob as ondas da Rádio Judaica- resultaram numa certa falta de fôlego da minha parte quanto a escrever novos posts... paciência... Deixa eu aterrisar !
Eu devo confessar a vocês que um retorno ao meu País, depois de dois meses passados no Brasil (eu ainda moro em Bruxelas, é bom lembrar...!) não se processa sem alguns efeitos colaterais, que vão para algo além do fuso horário.
Retornar a um mundo totalmente alheio ao assunto que esse blog supostamente se propõe a abordar não motiva muito a minha musa inspiradora. Mudança de clima, mudança de cultura, de estilo de vida, de animação, mudança de ritmo...
E além disso tudo, uma imersão intensa na seleção dos novos álbuns como disciplina básica para a eleboração das transmissões... Horas e horas de audições atentas para poder distinguir o que terá sido produzido de melhor em 2010, uma vez já se aproximando o final do ano.
E quer queiramos ou não, se por um lado o progresso tecnológico permite que tudo se faça de maneira mais rápida e mais compacta –infelizmente, no que diz respeito ao som- por outro, ainda não inventaram uma forma de comprimir o tempo de audição : até onde se tem notícia, um álbum de 60 minutos ainda dura 1 hora...
Mas chega desse estado de ânimo, e voltemos aos álbuns, comentando o retorno extravagente de Silvia Machete !
Com uma técnica vocal superior à da média da de suas colegas de geração ; um senso de composição inteligente –ligeira e consistente ao mesmo tempo- ; e uma presença cênica que a distingue do mainstream desde sua estréia, fica difícil dizer que Silvia Machete é uma representante fiel da nova onda pop carioca. Ela a sobrevoa, mais do que tudo...
Eu havia escutado seu primeiro álbum, « Bomb of love » (2006), bem antes de tê-la assistido num show, envolvida em seus números mesclando circo e humor ; e, de cara, o aspecto puramente musical já tinha me interessado. Naturalmente, vê-la apresentando-se com seu arsenal de acessórios -entre o trapézio e o bambolê- foi um divertimento garantido. Porém, repetir a dose deu ao espetáculo um sabor requentado.
Agora, a partir do concerto que eu assisti em junho último no Tom Jazz de São Paulo, Silvia passou a priorizar as composições, relegando os números cênicos a um segundo plano.
Com « Extravaganza », ela confirma seu talento e o consolida. Sem afirmar categoricamente que o álbum é melhor (ou menos bom !) do que « Bomb of love », ele parece no mínimo mais maduro e consistente do que o anterior, dentro de uma espécie de conceito pós tropicalista, como revelam claramente seu título e exuberante capa do disco. Esse último, no entanto, perdeu um pouco da ingenuidade e da espontaneidade de seu predecessor, e assim as bolhas do champagne evaporaram-se um pouco. Porém, mais do que nunca, Silvia Machete se distingue por um virtuosismo vocal natural, que talvez não encontre hoje algo equivalente dentro da cena pop brasileira, a não ser que na pessoa da jovem Tulipa Ruiz. E « Extravaganza » propõe um repertório sem falhas, dividido entre as próprias composições de Silvia (Vou na rua, Meu carnaval) e os muito bons Noite torta (Itamar Assumpção), Sábado e domingo (Domenico Lancellotti/ Alberto Continento), e ainda Manjar de reis (Jorge Mautner/ Nelson Jacobina).
Revigorante, e sobretudo imcomparável... Mais uma vez !
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