dimanche 5 avril 2009

Voyage de poche à Rio, 5 avril : Mart’nália.

Mart'nalia au Vivo Rio, 3/04: pure fun! (photo Daniel A.)

(texto português em baixo)


-Mais d’abord la grande nouvelle du jour, celle d’avoir retrouvé l’album « Tokyo session » du guitariste Yamandu Costa. Ce disque dérobé contenait le générique Lamentos do morro (Garoto) que j’avais choisi pour ouvrir le programme Tropicália qui, je le rappelle, passe tout les lundi à 21h50 sur Radio Judaica -90,2 FM- ou online sur www.radiojudaica.be. Reprise le 20 avril, après ce voyage.
Je me sentais orphelin depuis la disparition de cet album, et j’espère que les mains impures de celui dans lesquelles il est tombé prennent au moins conscience qu’elles sont en présence d’un petit bijou…

Autre album que j’avais égaré (mais maintenant retrouvé) et qui m’a beaucoup manqué dans mes programmations : « Ponte aerea » (2004) de la chanteuse Eveline Hecker qui avait eu l’excellente idée d’enregistrer pour ce disque 12 titres de celui que je tiens pour un des meilleurs compositeurs contemporains brésiliens, José Miguel Wisnik. Pour information, Eveline Hecker fut choriste d’un nombre impressionnant d’artistes comme Caetano Veloso, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Marina Lima, Cazuza, et bien sûr Antonio Carlos Jobim de l’époque Banda Nova (années 80). Elle fut également chanteuse du groupe Arranco de Varsóvia.

-Je me demande parfois ce qui pousse certains artistes –et ils sont nombreux- à m’écrire pour me demander d’écouter leurs albums…qu’ils ne m’envoient que rarement…Bizarre… En cela, je remercie Verônica Ferriani et Cris Aflalo d’avoir tenu leur promesse, d’autant que je connaissais déjà un peu leur très bon travail. De Cris, l’album « Só Xerêm » m’avait déjà beaucoup intéressé en 2004.
Chers amis artistes, n’ayez pas peur, je vous tiens en haute estime et je ne dis pas de mal des albums que je n’aime pas. Et si vous le voulez, je paie même les timbres…Et au mieux, vous risquez de passer sur les ondes européennes. Ça vaut le coup non ?

Mart'nalia et son kit de percussions (Photo Daniel A.)

-Et donc en ce samedi 4 avril, je me suis retrouvé à nouveau dans la salle Vivo Rio, pour assister cette fois à la dernière date de la tournée « Madrugada » de Mart’nália, qui aura fait le tour du monde. J’avais découvert la chanteuse –fille du grand sambista Martinho da Vila- en 2002, lors de la sortie de ce qui était déjà son troisième album, « Pé do meu samba », produit par Celso Fonseca et dirigé par Caetano Veloso. Ce fut une vraie révélation, car je sentais déjà que la plupart des compositions sortaient des rails mélodiques de la samba traditionnelle.
Deux albums plus tard –« Menino do Rio » en 2006 et « Madrugada » en 2008- et Mart’nália me conforte dans l’idée qu’elle y a ouvert une brèche importante : celle d’une samba plus pop, plus diversifiées dans ses mélodies et dans ses rythmes. Ses collaborations avec Zélia Duncan ou Paulinho Moska, ainsi que l’interprétation de titres offerts par Djavan, Ana Carolina, Caetano ou Arthur Maia, montrent là aussi une ouverture rafraîchissante. Sans omettre le fait qu’elle possède elle-même un solide talent de compositeur. Le plus étonnant, c’est que j’ai l’impression que ce sont les artistes issus de la pop ou de la MPB qui sont venus à elle, et non l’inverse. Concernant sa prestation, voilà une artiste qui se sent sur scène comme dans son salon, où sont éparpillés de multiples instruments de percussions avec lesquels elle jongle en s’amusant. Pure fun, divertissement total qui finit en batucada…l’avantage de ces concerts sans faille, c’est qu’il n’y a pas grand-chose à écrire à part qu’on y a dansé, chanté, que tout le monde parlait avec tout le monde, et qu’au final, on avait passé une super soirée dans la maison de Mart’nália. Vivement la prochaine fête, histoire qu’elle nous réinvite !

Viagem de bolso ao Rio, 5 de abril: Mart’nália. (traduçao do texto francês)

-Mas antes, a grande noticia do dia: o fato de eu ter reeencontrado o álbum « Tokyo session » do violonista Yamandu Costa. Esse disco que alguém me tomou “emprestou” contém o genérico Lamentos do morro (Garoto) , que escolhi para tema de abertura do meu programa “Tropicália” (vide link à direita da tela do blog, ao alto) lembrando a todos que é transmitido todas a segundas, às 16h45 (hora Brasil), pela Rádio Judaica - 90,2 FM - ou online através do site www.radiojudaica.be. Retornamos as transmissões a partir de 20 de abril, depois dessa minha viagem. Eu me sentia meio órfão depois de seu sumiço, e espero que o dono das mãos impuras nas quais esse álbum foi parar, tenha ao menos tido alguma conciência de que esta na presença de uma pequena jóia...
Outro álbum que eu havia perdido (mas agora já recuperado) e que me fazia muita falta dentro da minha programação: « Ponte aerea » (2004) da cantora Eveline Hecker, que teve a excelente idéia de gravar nesse disco 12 títulos daqueles que eu considero um dos melhores compositores contemporâneos brasileiros: José Miguel Wisnik.
A título de informação, Eveline Hecker fez backing vocal para um número impressionante de artistas, como Caetano Veloso, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Marina Lima, Cazuza, e evidentemente Antonio Carlos Jobim, na época da Banda Nova. Ela foi também cantora do grupo Arranco de Varsóvia.

-Eu à vezes me pergunto o que leva, o que instiga certos artistas – e eles são muitos – a me escrever pedindo que eu escute seus discos... que eles me enviam na verdade muito raramente... Bizarro… Mas não foi o caso da Verônica Ferriani e Cris Aflalo que me enviaram os seus excelentes discos, já que conhecia um pouco do excelente trabalho de ambas. De Cris, o álbum « Só Xerêm » já havia sido objeto do meu interesse em 2004.
Queridos amigos artistas, não tenham medo, eu não falo mal de álbuns dos quais eu não gosto... e se quiserem, eu memo pago até pelo selo do correio... Na melhor das hipóteses, vocês correm o risco de passar através das ondas européias. Só isso já vale a pena, não?

Mart'nalia, Vivo Rio 03/04 (foto Daniel A.)

-E então nesse 4 de abril, eu retornei à sala Vivo Rio, para assistir desta vez à última oportunidade na agenda da tournée « Madrugada » de Mart’nália, que deu a volta ao mundo. Eu havia descoberto a cantora – filha do grande sambista Martinho da Vila – em 2002, assim que saiu o que já seria então o seu terceiro disco, « Pé do meu samba », produzido pelo Celso Fonseca e dirigido pelo Caetano Veloso. Essa foi uma verdadeira revelação pois tinha sentido que a grande parte das composições sairiam dos trilhos melódicos do samba tradicional. Dois álbuns mais tarde - « Menino do Rio » en 2002, e « Madrugada » em 2004 – então Mart’nália me conforta a partir da idéia de que ela abriu uma brecha importante: aquela de um samba mais pop, mais diversificado em suas melodias e em seus ritmos. Suas colaborações com Zélia Duncan ou Paulinho Moska, bem como a interpretação de títulos ofertados por Djavan, Ana Carolina, Caetano ou Arthur Maia, demonstravam dessa forma uma abertura oxigenante. Sem omitir o fato de que ela possui, por si um sólido talento como compositora. O mais espantoso é que eu tenho a impressão de que os artistas oriundos do pop ou da MPB é que vão a ela, e não o inverso.
A respeito da apresentação em cena, lá está uma artista que se sente em casa no palco, por onde ficam espalhados os múltiplos instrumentos de percussão com os quais ela magicamente se diverte. Pura alegria, diversão total…a vantagem desses shows sem falhas é que não há muito o que escrever a respeito – a não ser o fato de que muito se dançou, cantou, e que todo mundo conversou com todo o mundo... e que ao final, haviamos passado todos uma noite super animada na casa de Mart’nália. Aguardemos a próxima festa, esperando que ela volte a nos convidar!



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