vendredi 7 août 2009

La Cadence de la samba (1) : en écoute, Marcos Sacramento.


(texto português em baixo)

Parmi les bons produits récents estampillés « samba carioca » (ou presque), j’ai pris plaisir à écouter ce qui suit…

D’abord l’album « Na cabeça » de Marcos Sacramento, tout simplement un des meilleurs interprètes masculins que la samba compte en ses rangs.
C’est sur le tard que j’ai connu la voix de Sacramento –en 2003 très exactement- lorsque je suis entré en possession de son album « Memoravél samba », un petit bijou qui visitait les luxueuses archives du style sur une période allant da 1932 à 1955. Mais l’artiste avait déjà une longue carrière derrière lui. Son parcours discographique avait déjà commencé avec son groupe Cão sem dono qui flirtait avec une sorte de pop-rock progressif (personne n’est parfait !).
Ses débuts en solo dédiés à la samba datent cependant de 1994 avec « A Modernidade da tradição », un album qui sera relancé sur le label français Buda Musique en 1997, et qui lui apportera une belle projection internationale.

Sur « Na cabeça », Marcos prend le parti de s’entourer de trois virtuoses de la 6 (ou 7) cordes, pour un répertoire qu’il enregistre live en studio. Autour de lui : Rogério Caetano, Luiz F. Alcofra et Zé Paulo Becker, qui se relaient aux arrangements de chaque titre, et participent parfois des compositions. C’est principalement le cas de Luiz F. Alcofra, qui signe le très bon Calúnia et surtout l’excellente plage titulaire –Na cabeça- une samba syncopée et sophistiquée co-écrite avec Sacramento. Celui-ci ne participe d’ailleurs qu’à la composition de deux titres, l’autre étant Um samba, hommage rendu au sambista Nelson Cavaquinho composée avec Carlos Fuchs, producteur du disque. Sacramento et Fuchs avaient déjà travaillé ensemble sur « Fossa nova » (2005), album sur lequel ils avaient écrit l’entièreté du répertoire.
Sur « Na cabeça », les trois guitaristes et le chanteur revisitent encore ici quelques classiques comme A Rosa (Chico Buarque), Sim (Cartola/ Oswaldo Martins), Morena (Mauricio Carrilho/ P.C.Pinheiro) ou Último desejo (Noel Rosa). C’est en écoutant ce dernier titre que l’on se rend compte de la nécessité d’un artiste comme Marcos Sacramento, qui arrive nous rendre attentif à la beauté de cette chanson pourtant mille fois entendue.
On notera encore sur l’album le très racoleur Dia santo também, bien dans le style de son compositeur paulista, Paulo Padilha.
La version voix-guitares lasse évidemment un peu sur la longueur et une adaptation en dvd de ce projet serait la bienvenue (on en sort pour moins que ça).
Quoi qu’il en soit, "Na cabeça" n’aura aucun mal à convaincre les fans de l’excellent interprète (et de ses accompagnateurs de luxe !) et surprendra ceux qui ne sont pas encore familiers au talent de Marcos Sacramento .

Les vidéos de Marcos Sacramentos sont légions sur Youtube. Je vous colle ici un autre titre de Noel Rosa (1910-1937), Meu barracao, extrait du programme Som Brasil dédié au compositeur da Vila. Plus loin, un bel extrait d'un concertcapté au New Morning de Paris.



Na Cadência do samba (1) : escutando hoje, Marcos Sacramento.

Dentre os bons produtos recém-estampados como « samba carioca » (ou quase), eu tive bastante prazer em escutar o que se segue…

Pra começar, o álbum « Na cabeça », de Marcos Sacramento, simplemente um dos melhores intérpretes masculinos que o samba contabiliza em suas fileiras.
Foi um tanto tarde que eu vim a conhecer a voz de Sacramento – em 2003, mais precisamente – quando entrei em contato com seu álbum « Memoravél samba », uma pequena pérola que visitava os ricos arquivos do estilo, num período que vai de 1932 a 1955. Mas o artista já contava com uma longa carreira atrás de si. Sua trajetória discográfica já tinha começado nos anos 80 com seu grupo Cão sem dono, que flertava com uma espécie de pop-rock progressivo (ninguém é perfeito !).
Sua estréia em discos solo dedicados ao samba, no entanto, datam de 1994 com « A Modernidade da tradição », um álbum que viria a ser relançado sob o selo francês Buda Musique, em 1997, trazendo-lhe uma bela projeção internacional.
Em « Na cabeça », Marcos sabiamente se cerca de três virtuoses das 6 (ou 7) cordas, para um repertório que ele grava ao vivo em estúdio. Em torno de si : Rogério Caetano, Luiz F. Alcofra e Zé Paulo Becker, que se debruçam sobre os arranjos de cada título e participam eventualmente das composições. É principalmente o caso de Luiz F. Alcofra, que assina o muito bom Calúnia, e sobretudo a excelente faixa-título - Na cabeça – um samba sincopado e sofisticado, escrito em parceria com Sacramento. O cantor não participa além do que na composição de dois títulos, sendo o outro Um samba, homenagem prestada ao sambista Nelson Cavaquinho - essa, por sua vez, composta com Carlos Fuchs, produtor do disco. Sacramento e Fuchs já haviam trabalhado juntos em « Fossa nova » (2005), álbum para o qual eles tinham escrito o repertório inteiro.
Em « Na cabeça », os três grandes violonistas e o Marcos revisitam ainda aqui alguns clássicos como A Rosa (Chico Buarque), Sim (Cartola / Oswaldo Martins), Morena (Mauricio Carrilho / P.C. Pinheiro) ou Último desejo (Noel Rosa). É ao escutar esse último título que nos damos conta da necessidade da existência de um artista como Marcos Sacramento, que consegue a nos trazer de volta à memória a beleza dessa canção mesmo se a ouvirmos umas mil vezes. Digna de nota também a irresistível Dia santo também, bem ao estilo de seu compositor paulista, Paulo Padilha.
A versão voz & violões deixa evidentemente o disco um pouco extenso, e uma adaptação em dvd desse projeto seria muito bem-vinda. « Na cabeça » não encontrará qualquer dificuldade em conquistar os fãs do excelente intérprete (e de seus acompanhantes de luxo !) ; e certamente surpreenderá aos que ainda não estão familiarizados com o talento de Marcos Sacramento .


2 commentaires:

Cochon productions a dit…

Oi Daniel, um pouco de polêmica nao faz mal a ninguém : Paula Lima ao invés de Ana Costa. Mais voz e muito mais swingue. Lula Queiroga ao invés de Nando Reis. Mais criatividade, mais estilo e mil vezes menos açucar e repetiçao. Moska, Pedro Luiz ou Ney, Zé Reanto.....ao invés de Marcos Sacramento. Ele tem uma energia muito boa,e passa o prazer de cantar. Mas ele atravessa demais e sua voz...
Enfim nao acompanho seu entusiasmo, sera que tô ficando ruim da cabeça e doente do pé?
Quanto mais eu ouço o Tropicalia, mais eu penso: Daniel, você tem que organizar um festival de musica brasileira em Bruxelas!!!!!! Ja pensou nisso?
Aquele abraço
Gynewer

Daniel Achedjian a dit…

Nao tem polemica Gynewer, cada um pode dar sua opiniao! Mesmo se nao concordo com tudo o que você escreveu (-:,
Quanto a um festival, seria um trabalho enorme...Ja existiu nos anos 80, inicio 90, mas nao deu certo neste pequeno pais, infelizmente...
Abraços!

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