(texto português em baixo)
Ce qui nous change avec Mariana Baltar, c’est que nous sortons un peu de la catégorie des jeunes et jolies chanteuses de la jeunesse dorée de la zone sud de Rio de Janeiro, qui n’ont pas trop à lutter pour enregistrer un album. Rien contre ces dernières qui nous gratifient souvent de bons disques, mais elles manquent souvent d’épaisseur sur scène, et surtout de vécu, pour être crédible sur la durée. Rien contre la jeunesse dorée non plus, moi-même journaliste de l’ex-jeunesse (le temps passe !) dorée de Bruxelles ! Mariana a du métier et de l’expérience -pour son jeune âge- et cela m’était apparu clairement lors d’une interview qu’elle m’avait concédée en 2008. Ancienne danseuse et choriste de la bande de Zé Pretinho de Jorge Benjor, ainsi que de Zeca Pagodinho, elle a déjà parcouru le monde et se pose indiscutablement en professCionnelle dans la manière rigoureuse d’aborder sa carrière. Elle fut aussi une des fondatrice du Centro Cultural Carioca où elle prodigua des courts de danse, mais ça, c’est un épisode qui sera développé ici lors de l’édition de son interview.
Mercredi dernier, elle se présentait au Centro Cultural light pour une session de « 12h30 em ponto » (12h30 pile), organisé par l’historien Ricardo Cravo Albin, directeur du Musée de l’image et du son de Rio.
J’aime assez cet horaire de concert, à une heure où l’on se sent frais et dispos, mais –comme me le confiera Mariana- cela peut s’avérer difficile pour une artiste exigeante comme elle l’est, la voix n’ayant pas encore eu le temps de se chauffer.
L'historien Ricardo Cravo Albin nous explique la lignée des chanteuses
qui va de Aracy cortes (1904-1985) à ...Mariana Baltar (photo Daniel A.)
qui va de Aracy cortes (1904-1985) à ...Mariana Baltar (photo Daniel A.)
Un peu comme pour le principe de Palco MPB (voir le post de Zé Renato), la représentation est interrompue entre les chansons, pour laisser le soin au maître de cérémonie (Cravo Albin), de nous faire un petit historique -comme il aime et sait si bien le faire- et de questionner la chanteuse. La verve du professeur Ricardo Cravo Albin est brillante et me rappelle l’époque où j’avais eu l’honneur de le recevoir dans Tropicália en 2005.
Forte de son premier album sorti en 2006 -« Uma dama também quer se divertir » (une dame a, elle aussi, envie de se divertir)- acclamé unanimement par la critique, Mariana Baltar attaque cette année son deuxième travail où elle compte bien -aux côtés de grands compositeurs classiques de la chanson et de la samba populaire- défendre une nouvelle génération de compositeurs talentueux.
Durant la représentation de mercredi dernier, elle divulgua déjà les noms de Pedro Moraes, Thiago Amud, Edu Kneip, Mauro Aguiar et Zé Paulo Becker. Le rôle de Mariana, comme celle de nombreuses chanteuses, est bel et bien fondamental, car il est de plus en plus clair que l’avenir de nombreux compositeurs masculins sont aux mains d’interprètes féminines de talent.
La présence sur scène de la chanteuse est faite de grâce et d’élégance, qui n’est pas sans rappeler la posture des divas illustres comme Carmen Miranda (1909-1955), Aracy de Almeida (1914-1988), Angêla Maria ou d’autres chanteuse de l’époque de la Radio Nationale. Ce fut un vrai bonheur d’entendre dans sa voix, les compositions de Assis Valente (1911-1958), Cartola (1908-1980), Herminio Bello de Carvalho, Billy Blanco, mais aussi de Vander Lee, Jorge Benjor et de Milton Nascimento. Cette Carioca de Copacabana, mais d’héritage pernabunana, à sans aucun doute une carrière assurée, dans la lignée qui pourrait ressemblée à celle d’une Teresa Cristina, dotée de la grâce d’une ballerine. C’est tout le mal que l’on lui souhaite.
(Texto traduzido do francês, destinado aos leitores aprendizes)
Forte de son premier album sorti en 2006 -« Uma dama também quer se divertir » (une dame a, elle aussi, envie de se divertir)- acclamé unanimement par la critique, Mariana Baltar attaque cette année son deuxième travail où elle compte bien -aux côtés de grands compositeurs classiques de la chanson et de la samba populaire- défendre une nouvelle génération de compositeurs talentueux.
Durant la représentation de mercredi dernier, elle divulgua déjà les noms de Pedro Moraes, Thiago Amud, Edu Kneip, Mauro Aguiar et Zé Paulo Becker. Le rôle de Mariana, comme celle de nombreuses chanteuses, est bel et bien fondamental, car il est de plus en plus clair que l’avenir de nombreux compositeurs masculins sont aux mains d’interprètes féminines de talent.
La présence sur scène de la chanteuse est faite de grâce et d’élégance, qui n’est pas sans rappeler la posture des divas illustres comme Carmen Miranda (1909-1955), Aracy de Almeida (1914-1988), Angêla Maria ou d’autres chanteuse de l’époque de la Radio Nationale. Ce fut un vrai bonheur d’entendre dans sa voix, les compositions de Assis Valente (1911-1958), Cartola (1908-1980), Herminio Bello de Carvalho, Billy Blanco, mais aussi de Vander Lee, Jorge Benjor et de Milton Nascimento. Cette Carioca de Copacabana, mais d’héritage pernabunana, à sans aucun doute une carrière assurée, dans la lignée qui pourrait ressemblée à celle d’une Teresa Cristina, dotée de la grâce d’une ballerine. C’est tout le mal que l’on lui souhaite.
(Texto traduzido do francês, destinado aos leitores aprendizes)
Viagem de bolso ao Rio, 9 de abril : Mariana Baltar.
O que diferencia uma cantora como Mariana Baltar é que saímos um pouco da categoria das jovens cantoras da juventude dourada da zona sul do Rio de Janeiro, que não tiveram que lutar muito para gravar um disco. Nada contra essas moças, que nos gratificam as vezes com bons discos ; mas elas não deixam passar uma certa densidade em cena, e sobretudo alguma experiência, para que ganhem credibilidade para conseguir uma carreira longa. Também, nada contra a juventude dourada, absolutamente, tendo eu mesmo sido jornalista da ex-juventude dourada (o tempo passa !) de Bruxelas ! Mariana tem a intimidade com o métier e a experiência – mesmo para sua relativa pouca idade – e isso me acenou claramente ao longo de uma entrevista que ela me concedeu em 2008. Anteriormente como bailarina e backing vocal da Banda do Zé Pretinho, de Jorge Benjor, assim como de Zeca Pagodinho e da cantora Daúde, ela já percorreu o mundo e se posicionou indiscutivelmnte como uma profissional rigorosa pela forma com que conduz sua carreira. Ela foi também uma das fundadoras do Centro Cultural Carioca, onde promoveu um espaço de dança, mas esse é um episódio que será desenvolvido aqui quando da postagem de sua entrevista. Quarta-feira passada, ela se apresentou no Centro Cultural Light, para a sessão « 12 :30 h em ponto », organizada pelo historiador musical Ricardo Cravo Albin, diretor do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.
Eu gosto bastante desse horário de show, numa hora na qual a gente se sente leve e disposto, mas – como me confidenciou Mariana – para uma artista exigente como ela, pode ser bastante difícil para quem se apresenta, posto que a voz ainda não teve o tempo ideal de estar devidamente aquecida.
Um pouco dentro do modelo do programa Palco MPB (vejam o post do Zé Renato), a apresentação é interrompida entre uma ou outra canção, para dar oportunidade ao mestre de cerimônias (Cravo Albin) de nos fazer um pequeno histórico – do jeito como ele gosta e bem sabe fazê-lo – e entrevistar a cantora. A verve do professor Cravo Albin é brilhante, e me faz lembrar o tempo em que tive a honra de recebê-lo ao vivo na primeira versão do meu programa Tropicália, em Bruxelas, em 2005.
Senhora de seu primeiro álbum, lançado em 2006 - « Uma dama também quer se divertir » – aclamado pela crítica, Mariana vai lançar este ano seu segundo trabalho, através do qual ela quer se posicionar bem : colocando-se ao lado de grandes compositores clássicos da canção e do samba populares, mas também defendendo uma nova geração de compositores talentosos.
Durante a apresentação dessa última quarta-feira, ela já divulgou os nomes de Pedro Moraes, Thiago Amud, Edu Kneip, Mauro Aguiar e Zé Paulo Becker. O papel de Mariana, como o de inúmeras cantoras, é bonito e fundamental, uma vez que nos fica cada vez mais claro que obras de numerosos compositores masculinos caem nas mãos de intérpretes femininas de talento.
A presença da cantora em cena é plena de graça e elegância, que não nos deixa esquecer das divas ilustres como Carmen Miranda, Aracy de Almeida (1914-1988), Angêla Maria (1909-1955) e outras cantoras da época da Rádio National. Foi um verdadeiro prazer ouvir através da voz de Mariana as composições de Assis Valente (1911-1958), Cartola (1908-1980), Herminio Belo de Carvalho, Billy Blanco... mas também de Vander Lee, Jorge Benjor e Milton Nascimento. Essa carioca da gema, mas de ascendência pernambucana, tem sem dúvida uma carreira garantida, seguindo a linha que se poderia comparar àquela de uma Teresa Cristina, dotada da graça de uma bailarina. Isso é o que no mínimo desejamos a ela...
O que diferencia uma cantora como Mariana Baltar é que saímos um pouco da categoria das jovens cantoras da juventude dourada da zona sul do Rio de Janeiro, que não tiveram que lutar muito para gravar um disco. Nada contra essas moças, que nos gratificam as vezes com bons discos ; mas elas não deixam passar uma certa densidade em cena, e sobretudo alguma experiência, para que ganhem credibilidade para conseguir uma carreira longa. Também, nada contra a juventude dourada, absolutamente, tendo eu mesmo sido jornalista da ex-juventude dourada (o tempo passa !) de Bruxelas ! Mariana tem a intimidade com o métier e a experiência – mesmo para sua relativa pouca idade – e isso me acenou claramente ao longo de uma entrevista que ela me concedeu em 2008. Anteriormente como bailarina e backing vocal da Banda do Zé Pretinho, de Jorge Benjor, assim como de Zeca Pagodinho e da cantora Daúde, ela já percorreu o mundo e se posicionou indiscutivelmnte como uma profissional rigorosa pela forma com que conduz sua carreira. Ela foi também uma das fundadoras do Centro Cultural Carioca, onde promoveu um espaço de dança, mas esse é um episódio que será desenvolvido aqui quando da postagem de sua entrevista. Quarta-feira passada, ela se apresentou no Centro Cultural Light, para a sessão « 12 :30 h em ponto », organizada pelo historiador musical Ricardo Cravo Albin, diretor do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.
Eu gosto bastante desse horário de show, numa hora na qual a gente se sente leve e disposto, mas – como me confidenciou Mariana – para uma artista exigente como ela, pode ser bastante difícil para quem se apresenta, posto que a voz ainda não teve o tempo ideal de estar devidamente aquecida.
Um pouco dentro do modelo do programa Palco MPB (vejam o post do Zé Renato), a apresentação é interrompida entre uma ou outra canção, para dar oportunidade ao mestre de cerimônias (Cravo Albin) de nos fazer um pequeno histórico – do jeito como ele gosta e bem sabe fazê-lo – e entrevistar a cantora. A verve do professor Cravo Albin é brilhante, e me faz lembrar o tempo em que tive a honra de recebê-lo ao vivo na primeira versão do meu programa Tropicália, em Bruxelas, em 2005.
Senhora de seu primeiro álbum, lançado em 2006 - « Uma dama também quer se divertir » – aclamado pela crítica, Mariana vai lançar este ano seu segundo trabalho, através do qual ela quer se posicionar bem : colocando-se ao lado de grandes compositores clássicos da canção e do samba populares, mas também defendendo uma nova geração de compositores talentosos.
Durante a apresentação dessa última quarta-feira, ela já divulgou os nomes de Pedro Moraes, Thiago Amud, Edu Kneip, Mauro Aguiar e Zé Paulo Becker. O papel de Mariana, como o de inúmeras cantoras, é bonito e fundamental, uma vez que nos fica cada vez mais claro que obras de numerosos compositores masculinos caem nas mãos de intérpretes femininas de talento.
A presença da cantora em cena é plena de graça e elegância, que não nos deixa esquecer das divas ilustres como Carmen Miranda, Aracy de Almeida (1914-1988), Angêla Maria (1909-1955) e outras cantoras da época da Rádio National. Foi um verdadeiro prazer ouvir através da voz de Mariana as composições de Assis Valente (1911-1958), Cartola (1908-1980), Herminio Belo de Carvalho, Billy Blanco... mas também de Vander Lee, Jorge Benjor e Milton Nascimento. Essa carioca da gema, mas de ascendência pernambucana, tem sem dúvida uma carreira garantida, seguindo a linha que se poderia comparar àquela de uma Teresa Cristina, dotada da graça de uma bailarina. Isso é o que no mínimo desejamos a ela...
1 commentaire:
Mari, talentosa , linda e brasileira é claro ...
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