(Texte français, texto português traduzido do francês)
Chaque début d’année au Brésil, les journaux éditent les éphémérides de l’année. Si la définition de ce terme équivaut à celle du français, on lui accorde encore une sens que je ne lui connais pas dans la langue de Voltaire. En l’occurrence, il peut s’agir aussi de la liste des anniversaires commémorant les naissances ou disparitions de personnalités. Chaque année, dans le domaine musical, cette liste est donnée, et c’est à chacun de nous de considérer si le souvenir d’un artiste sera justement honoré.
En 2008, l’anniversaire peut être le plus important ainsi commémoré fut celui du grand compositeur brésilien Cartola (1908-1980) dont on fêtait le centenaire de la naissance. Un texte biographique avait été mis à l’époque sur ce blog musical. Et au Brésil parmi les nombreux hommages qui furent rendus à ce grand sambista, on retiendra le bel album « Angenor » de Cida Moreira ou la sortie en dvd du film « Música para os olhos », le très bon documentaire biographique de Lílio Ferreira et Hilton Lacerda.
A cada início de ano no Brasil, a imprensa publica as efemérides do ano. Se a definição desse termo equivale à mesma em francês, sobre ele ainda se adequa ainda um significado que eu desconheço na língua de Voltaire. No caso, pode tratar-se da lista dos aniversários comemorando os nascimentos ou os falecimentos de personalidades. A cada ano, dentro do campo musical, essa lista é feita, e cabe a cada um de nós julgar se a memória de um artista será honrada com justiça.
Em 2008, o aniversário talvez mais importante assim comemorado foi o do grande compositor brasileiro Cartola (1908-1980) cujo centenário de nascimento era festejado. Um texto biográfico foi postado na época nesse blog musical. E no Brasil, dentre as numerosas homenagens que foram prestadas a esse grande sambista, guarda-se na memória o belo álbum « Angenor », de Cida Moreira, ou o lançamento em dvd do filme « Música para os olhos » - o documentário biográfico de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda.
En 2008, l’anniversaire peut être le plus important ainsi commémoré fut celui du grand compositeur brésilien Cartola (1908-1980) dont on fêtait le centenaire de la naissance. Un texte biographique avait été mis à l’époque sur ce blog musical. Et au Brésil parmi les nombreux hommages qui furent rendus à ce grand sambista, on retiendra le bel album « Angenor » de Cida Moreira ou la sortie en dvd du film « Música para os olhos », le très bon documentaire biographique de Lílio Ferreira et Hilton Lacerda.
A cada início de ano no Brasil, a imprensa publica as efemérides do ano. Se a definição desse termo equivale à mesma em francês, sobre ele ainda se adequa ainda um significado que eu desconheço na língua de Voltaire. No caso, pode tratar-se da lista dos aniversários comemorando os nascimentos ou os falecimentos de personalidades. A cada ano, dentro do campo musical, essa lista é feita, e cabe a cada um de nós julgar se a memória de um artista será honrada com justiça.
Em 2008, o aniversário talvez mais importante assim comemorado foi o do grande compositor brasileiro Cartola (1908-1980) cujo centenário de nascimento era festejado. Um texto biográfico foi postado na época nesse blog musical. E no Brasil, dentre as numerosas homenagens que foram prestadas a esse grande sambista, guarda-se na memória o belo álbum « Angenor », de Cida Moreira, ou o lançamento em dvd do filme « Música para os olhos » - o documentário biográfico de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda.
En cette année 2009, c’est au tour d’une des icônes les plus représentatives du Brésil de voir son nom associé à divers événements. C’est en effet en 1909 que naquit Maria do Carmo Miranda –Carmen Miranda- qui, sans aucune contestation, fut le premier symbole de la culture populaire brésilienne à l’étranger –bien avant la Bossa Nova- véhiculant tous les clichés tropicals du Brésil que l’on connaît encore. Si la « Miranda » n’est pas considéré comme la plus grande interprète de son temps, son importance en tant qu’« ambassadrice » du Brésil à Hollywood (à partir de 1939) et dans le monde, fut sans égal pendant la première moitié du vingtième siècle. Depuis le début de cette année, de nombreux artistes ont multiplié les shows hommages, et des rééditions d’enregistrements de la chanteuse (ou autres compilations) ont déjà vu le jour. Parmi ceux-ci, « Carmen Miranda, 100 anos, duetos e outras Carmens » (Sony, pochette ci dessus), qui propose 13 titres originaux chantée par la propre Carmen, ainsi que 14 reprises de son répertoire repris par des artistes contemporains. Certains d’entre eux possèdent bien dans leurs gênes un peu de l’exubérance de la ‘petite notable’, comme on l’appelait affectueusement : Elza Soarez, Rita Lee, Maria Alcina, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Gal Costa, et même la douce désinvolture que démontre parfois Adriana Calcanhotto. Parmi les noms qui auraient pu revendiquer une place sur cette compilation, il manque bien sûr Ney Matogrosso, Baby do Brasil et pourquoi pas Silvia Machete. Et la liste pourrait être longue. Cependant, s’il nous faut parler d’une vraie création en hommage à Carmen Miranda, alors il y a peu de chance qu’un album surpasse cette année l’excellent "Balangandãs" de la chanteuse Ná Ozzetti.
Nesse ano de 2009, é a vez de um dos ícones mais representativos do Brasil ver seu nome associado a diversos eventos. Foi de fato em 1909 que foi dada à luz Maria do Carmo Miranda - Carmen Miranda – que, sem qualquer contestação, foi o primeiro símbolo da cultura popular brasileira no estrangeiro – bem antes da bossa nova – veiculando todos os clichês tropicais através dos quais o Brasil ainda é conhecido. Se por um lado a « Miranda » não é considerada a maior intéprete de seu tempo, por outro, sua importânciancia como « embaixatriz » do Brasil em Hollywood (a partir de 1939) e no mundo, foi sem igual durante a primeira metade do século XX.
A partir do início desse ano, numerosos artistas multiplicaram os shows-homenagem, além das reedições de gravações da cantora (ou outras coletâneas) já ouvidas algum dia. Dentre essas, « Carmen Miranda, 100 anos, duetos e outras Carmens » (Sony) oferece 13 títulos originais cantados pela própria Carmen, além de 14 reprises de seu repertório que são feitas por artistas contemporâneos. Alguns dentre esses possuem bem dentro de seus genes um pouco da exuberância da « pequena notável » : Elza Soares, Rita Lee, Maria Alcina, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Gal Costa, e até mesmo a doce desenvoltura que demonstra às vezes Adriana Calcanhotto.
Dentre os nomes que poderiam reivindicar um lugar nessa coletânea, sente-se a falta sem dúvida de Ney Matogrosso, Baby do Brasil, e por que não... Silvia Machete. E a lista poderia ser longa.
No entanto, se desejamos falar de uma autêntica criação em homenagem a Carmen Miranda, então há poucas chances de que algum álbum supere esse ano o excelente "Balangandãs", da cantora Ná Ozzetti.
A partir do início desse ano, numerosos artistas multiplicaram os shows-homenagem, além das reedições de gravações da cantora (ou outras coletâneas) já ouvidas algum dia. Dentre essas, « Carmen Miranda, 100 anos, duetos e outras Carmens » (Sony) oferece 13 títulos originais cantados pela própria Carmen, além de 14 reprises de seu repertório que são feitas por artistas contemporâneos. Alguns dentre esses possuem bem dentro de seus genes um pouco da exuberância da « pequena notável » : Elza Soares, Rita Lee, Maria Alcina, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Gal Costa, e até mesmo a doce desenvoltura que demonstra às vezes Adriana Calcanhotto.
Dentre os nomes que poderiam reivindicar um lugar nessa coletânea, sente-se a falta sem dúvida de Ney Matogrosso, Baby do Brasil, e por que não... Silvia Machete. E a lista poderia ser longa.
No entanto, se desejamos falar de uma autêntica criação em homenagem a Carmen Miranda, então há poucas chances de que algum álbum supere esse ano o excelente "Balangandãs", da cantora Ná Ozzetti.
Qu’on ne se fie pas trop à la pochette de l’album qui montre le portrait peint de Ná Ozzetti* auréolée d’une couronne de bananes. « Balangandãs » n’est en rien une tentative de caricature -ou même d’imitation- du monde coloré plein d’effusions de Carmen Miranda. Ná réussi un coup de maître en combinant à merveille tradition et modernité. Tradition grâce à l’interprétation irréprochable de la chanteuse qui rend toute la malice de Carmen sans surjouer ; modernité avec les arrangements de Dante Ozzetti et Mário Manga qui se rapprochent très fort du son « nouvelle vague carioca », lui-même fort influencé par les rythmes caribéens et la Salsa (la bande à Kassin, Los Hermanos, Orchestra Imperial, Silvia Machete, etcetera). Les instruments classiques sans effets sonores particuliers sont joués de manière inventive et originale. Et seul des virtuoses ingénieux pouvaient arriver à ce résultat : Dante Ozzetti à la guitare acoustique, Mário Manga à la guitare et au violoncelle, Sérgio Reze à la batterie et aux percussions, et Zé Alexandre Carvalho à la contrebasse. Cette inventivité passe par des audaces rythmiques, des breaks inattendus, des changements de styles au cœur même de la chanson, ou parfois une utilisation surprenantes des guitares. Une relecture moderne et de bon goût qui tourne autour de la voix de la chanteuse, véritable épine dorsale du disque. Une telle visite d’un répertoire ancien au travers d’une sonorité contemporaine n’avait plus été aussi probante depuis « Onde brilhem os olhos seus » (2007) de Fernanda Takai et « Telecoteco » (2008) de Paula Morelenbaum. Le résultat est d’autant plus méritoire qu’aucun recours à des éléments électroniques n’apparaît ici dans les arrangements. On revisite donc avec délices le répertoire de la grande Carmen, constitué de ses classiques comme Camisa listrada (Assis Valente), Tic tac do meu coração (Walfrido Silva/ Alcyr Pires Vermelho), O Samba e o tango (Amado Regis), Na Batucada da vida (Ary Barroso/ Luiz Peixoto), Tico-tico no fubá (Zequinho Abreu/ Aloysio de Oliveira) et encore dix autres perles inscrites au firmament de la chanson populaire brésilienne. Un grand hommage pour la ‘petite notable’, Carmen Miranda.
Que não nos atenhamos demais à capa do álbum, que mostra o retrato pintado de Ná Ozzetti* aureolado por uma coroa de bananas. « Balangandãs » não é em nada uma tentativa de caricatura – ou mesmo de uma imitação – do universo colorido e plenamente efusivo de Carmen Miranda. Ná consegui aplicar um golpe de mestre ao combinar maravilhosamente tradição e modernidade. Tradição graças à interpretação irretocável da cantora, que evoca toda a malícia de Carmen sem overinterpretar ; e modernidade com os arranjos de Dante Ozzetti e Mário Manga, que se reaproximam fortemente do som « nouvelle vague carioca », fortemente influenciado pelos ritmos caribenhos e pela Salsa (com Kassin e seus amigos, Los Hermanos, Orchestra Imperial, Silvia Machete, etc. ). Os instrumentos clássicos sem efeitos sonoros específicos, são tocados de maneira inventiva e original. E apenas os virtuoses engenhosos poderiam chegar a esse resultado: Dante Ozzetti no violão acústico, Mário Manga no violão e no violoncelo, Sérgio Reze na bateria e nas percussões, e Zé Alexandre Carvalho no contrabaixo. Essa iventividade passa pelas ousadias rítmicas, os breaks inesperados, as mudanças de estilo no cerne mesmo da canção ; ou às vezes uma utilização surpreendente dos violões. Uma releitura moderna e de bom gosto que gira em torno da voz da cantora, a verdadeira espinha dorsal do disco. Uma tamanha visita a um repertório antigo através de uma sonoridade contemporânea não havia sido assim tão conclusiva desde « Onde brilhem os olhos seus » (2007) de Fernanda Takai e « Telecoteco » (2008) de Paula Morelenbaum. O resultado é ainda mais digno de mérito uma vez que não recorre a quaisquer recursos eletrônicos, que não aparecem no conteúdo dos arranjos.
Revisitamos então deleitados o repertório da grande Carmen, constituído de seus clássicos como Camisa listrada (Assis Valente), Tic tac do meu coração (Walfrido Silva/ Alcyr Pires Vermelho), O Samba e o tango (Amado Regis), Na Batucada da vida (Ary Barroso/ Luiz Peixoto), Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu/ Aloysio de Oliveira) e ainda dez outras pérolas inscritas no firmamento da canção popular brasileira. Uma grande homenagem à « pequena notável », Carmen Miranda.
Que não nos atenhamos demais à capa do álbum, que mostra o retrato pintado de Ná Ozzetti* aureolado por uma coroa de bananas. « Balangandãs » não é em nada uma tentativa de caricatura – ou mesmo de uma imitação – do universo colorido e plenamente efusivo de Carmen Miranda. Ná consegui aplicar um golpe de mestre ao combinar maravilhosamente tradição e modernidade. Tradição graças à interpretação irretocável da cantora, que evoca toda a malícia de Carmen sem overinterpretar ; e modernidade com os arranjos de Dante Ozzetti e Mário Manga, que se reaproximam fortemente do som « nouvelle vague carioca », fortemente influenciado pelos ritmos caribenhos e pela Salsa (com Kassin e seus amigos, Los Hermanos, Orchestra Imperial, Silvia Machete, etc. ). Os instrumentos clássicos sem efeitos sonoros específicos, são tocados de maneira inventiva e original. E apenas os virtuoses engenhosos poderiam chegar a esse resultado: Dante Ozzetti no violão acústico, Mário Manga no violão e no violoncelo, Sérgio Reze na bateria e nas percussões, e Zé Alexandre Carvalho no contrabaixo. Essa iventividade passa pelas ousadias rítmicas, os breaks inesperados, as mudanças de estilo no cerne mesmo da canção ; ou às vezes uma utilização surpreendente dos violões. Uma releitura moderna e de bom gosto que gira em torno da voz da cantora, a verdadeira espinha dorsal do disco. Uma tamanha visita a um repertório antigo através de uma sonoridade contemporânea não havia sido assim tão conclusiva desde « Onde brilhem os olhos seus » (2007) de Fernanda Takai e « Telecoteco » (2008) de Paula Morelenbaum. O resultado é ainda mais digno de mérito uma vez que não recorre a quaisquer recursos eletrônicos, que não aparecem no conteúdo dos arranjos.
Revisitamos então deleitados o repertório da grande Carmen, constituído de seus clássicos como Camisa listrada (Assis Valente), Tic tac do meu coração (Walfrido Silva/ Alcyr Pires Vermelho), O Samba e o tango (Amado Regis), Na Batucada da vida (Ary Barroso/ Luiz Peixoto), Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu/ Aloysio de Oliveira) e ainda dez outras pérolas inscritas no firmamento da canção popular brasileira. Uma grande homenagem à « pequena notável », Carmen Miranda.
*Á propos de Ná Ozzetti : la chanteuse Ná Ozzetti est associé au mouvement dit d’avant-garde de São Paulo né à l’aube des années 80, dont les plus illustres représentants sont Itamar Assumpção (1949-2003), Luis Tatit, Dante Ozzeti, Arrigo Barnabé, et des chanteuses comme Tetê Espindola, Virginia Rosa, Vania Bastos et quelques autres. La musique de ces artistes tient autant des musiques populaires -comme la samba- que de la musique érudite voire dodécaphonique. Il en résulte des compositions aux lignes mélodiques sinueuses et aux rythmiques complexes et saccadées. De là, l’obligation d’une technique affinée et irréprochable de la part des chanteuses qui baignent dans cet univers. Ná Ozzetti participa du groupe Rumo de 1978 à 1992, et enregistra un album solo dès 1988. Ce monde musical complexe -et forcément élitiste- où elle brille ne l’empêche pas d’approcher un répertoire classique de la MPB, d’abord avec l’album « Love Lee Rita » (1996) dédié au répertoire de Rita Lee ; ensuite en 2000 avec l’album « Show » dans lequel elle interprète des compositeurs comme Tom Jobim (1927-1994), Dolores Duran (1930-1959), Maysa (1936-1977), Herivelto Martins (1912-1992), Dorival Caymmi (1914-2008) ou Fernando Lobo (1915-1996). La chanteuse abordera encore d’autres grands noms de la musique brésilienne dans son album « Piano & voz » avec André Mehmari en 2005.
*A propósito de Ná Ozzetti : a cantora Ná Ozzetti é associada ao movimento dito de vanguarda de São Paulo, nascido ao alvorecer dos anos 80, do qual os mais ilustres representantes são Itamar Assumpção (1949-2003), Luis Tatit, Dante Ozzetti, Arrigo Barnabé, e as cantoras como Tetê Espindola, Virginia Rosa, Vania Bastos e alguns outros artistas.
A produção musical desses compositores tem tanto em estilos populares – como o samba – quanto em traços eruditos tais como a música dodecafônica. Isso resulta em composições de linhas melódicas sinuosas e de ritmos complexos e abruptos. Por isso, a obrigatoriedade de uma técnica sutil e irretocável por parte das cantoras que se banham nessa praia. Ná Ozzetti participou do Grupo Rumo de 1978 a 1992, e gravou um álbum solo em 1988. Esse universo musical complexo – e forçosamente elitista – onde ela brilha, não a impede de aproximar-se de um repertório clássico da MPB : para começar, com o álbum « Love Lee Rita » (1996) dedicado ao repertório de Rita Lee ; em seguida, em 2000, com o álbum « Show », no qual ela interpreta compositores como Tom Jobim (1927-1994), Dolores Duran (1930-1959), Maysa (1936-1977), Herivelto Martins (1912-1992), Dorival Caymmi (1914-2008) e Fernando Lobo (1915-1996).
A cantora aborda ainda outros grandes nomes da música brasileira em seu álbum « Piano & voz », com André Mehmari, em 2005.
A produção musical desses compositores tem tanto em estilos populares – como o samba – quanto em traços eruditos tais como a música dodecafônica. Isso resulta em composições de linhas melódicas sinuosas e de ritmos complexos e abruptos. Por isso, a obrigatoriedade de uma técnica sutil e irretocável por parte das cantoras que se banham nessa praia. Ná Ozzetti participou do Grupo Rumo de 1978 a 1992, e gravou um álbum solo em 1988. Esse universo musical complexo – e forçosamente elitista – onde ela brilha, não a impede de aproximar-se de um repertório clássico da MPB : para começar, com o álbum « Love Lee Rita » (1996) dedicado ao repertório de Rita Lee ; em seguida, em 2000, com o álbum « Show », no qual ela interpreta compositores como Tom Jobim (1927-1994), Dolores Duran (1930-1959), Maysa (1936-1977), Herivelto Martins (1912-1992), Dorival Caymmi (1914-2008) e Fernando Lobo (1915-1996).
A cantora aborda ainda outros grandes nomes da música brasileira em seu álbum « Piano & voz », com André Mehmari, em 2005.
4 commentaires:
Super article sur Dona Carmen. Bravo Daniel !
Javadd
Merci beaucoup Javaddinha! Je reviens bientôt sur le forum, promis!!
Bon pas besoin d'aller courir les differents cimetières de Sao Paulo, pour trouver la dernière demeure de Na Ozzetti.
Elle n'a pas mis fin à ses jours après avoir lu un avis totalement négatif, qui lui conseillait un autre métier.
Partageant le point de vue présenté (avec des connaisances moins fournies), je ne peux qu'abonder dans la direction de Daniel et applaudir à la sortie de ce CD que j'ai malheureusement oublié du côté de l'avenue Paulista.
Merci de votre visite Didier...Vous voyez, je suis très ecclectique...
Mais ce cd de Na Ozzetti sera un des plus beau de cette année! N'hésitez pas à l'acquérir...
Bien à vous!!
Daniel
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