(texto português em baixo)
Ana Costa n’est pas à proprement parler une nouvelle artiste sur la scène de la samba de Rio. Comme Teresa Cristina, elle fut de celles qui participèrent, fin des années 90, à la rénovation du quartier bohème de Lapa, où elle se produisit au sein de diverses formations.
Ce n’est qu’en 2006 qu’elle décide de se lancer seule dans l’aventure d’un premier album, « Meu Carnaval », qui enchante à juste titre la critique et tous ceux qui la suivent au Carioca da Gema, un des lieux les plus emblématiques du nouveau Lapa.
Ce qui distingue Ana Costa de la multitude de chanteuses qui surgissent (éphémèrement) sur le marché tient en deux éléments. D’abord, dans la lignée de Mart’nália, elle refuse toute attitude puriste et réussit à intégrer à dose raisonnable, des éléments de la musique pop, tant au niveau des arrangements que des harmonies mélodiques. Le deuxième élément étant justement que la voix d’Ana, suave et d’une belle brillance, se fond tant dans l’esprit de la samba que de la musique pop, comme le démontre la plage titulaire de son nouvel album « Novos alvos ». Ce titre -écrit en collaboration avec Mart’nália et Zélia Duncan- avait d’ailleurs été offert en 2006 à Paula Lima, chanteuse paulista de samba soul.
Séduit par son premier album, j’avais entrepris de l’interviewer en août 2008, mais la chanteuse était en pleine finalisation de ce second album, sorti au Brésil en mai dernier.
« Novos alvos » apparaît d’abord beaucoup moins immédiat que son prédécesseur. Et cela tient à son aspect plus personnel. Le cœur même de l’album montre des chemins musicaux inattendus d’un éclectisme surprenant.
Cronina de uma cidade armada (Celso Fonseca) tout comme Estranho (Mario Lage Filho/ Délcio Carvalho) sont deux sambas lentes -voire graves- dans lesquelles Ana dévoile une belle sensibilité.
Entre ces deux titres, Almas gemeas -en duo avec Moska- est une étonnante intrusion dans le répertoire complexe du compositeur pauliste Luiz Tatit, tandis que Antiga (Ana Costa/ Zélia Duncan) amorce un rythme de valse lent avant de se muer en samba, chantée harmonieusement avec Leila Pinheiro.
Mais Ana Costa n’abandonne pas la samba plus traditionnelle, et frappe brillamment en début d’album avec Coisas simples (Cláudio Jorge/ Elton Medeiros) en duo avec Martinho da Vila, et Batendo perna (Ana Costa/ Jorge Agrião), parmi les meilleures plages du disques. Et comme il avait commencé, l’album termine sur les rythmes frénétiques de Caderneta –A Minha nega (E.Lima/ S.Sila/ C.Guimarães) en duo avec Oswaldo Carvalo -digne des meilleurs pagodes- et Quer amar mamãe (Martinho da Vila) qui flirte avec les rythmes bahianais.
Si « Novos Alvos » ne contient que 11 titres, Ana Costa nous prouve qu’il n’en faut pas plus pour nous offrir un beau voyage musical.
En vidéo, une présentation d'Ana Costa au Carioca da Gema, ainsi que sa participation à l'ouverture des jeux Panamerica de 2007 au Maracana de Rio de janeiro avec le titre "Viva essa energia" (Ana Costa/ Arnaldo Antunes)
« Novos alvos » apparaît d’abord beaucoup moins immédiat que son prédécesseur. Et cela tient à son aspect plus personnel. Le cœur même de l’album montre des chemins musicaux inattendus d’un éclectisme surprenant.
Cronina de uma cidade armada (Celso Fonseca) tout comme Estranho (Mario Lage Filho/ Délcio Carvalho) sont deux sambas lentes -voire graves- dans lesquelles Ana dévoile une belle sensibilité.
Entre ces deux titres, Almas gemeas -en duo avec Moska- est une étonnante intrusion dans le répertoire complexe du compositeur pauliste Luiz Tatit, tandis que Antiga (Ana Costa/ Zélia Duncan) amorce un rythme de valse lent avant de se muer en samba, chantée harmonieusement avec Leila Pinheiro.
Mais Ana Costa n’abandonne pas la samba plus traditionnelle, et frappe brillamment en début d’album avec Coisas simples (Cláudio Jorge/ Elton Medeiros) en duo avec Martinho da Vila, et Batendo perna (Ana Costa/ Jorge Agrião), parmi les meilleures plages du disques. Et comme il avait commencé, l’album termine sur les rythmes frénétiques de Caderneta –A Minha nega (E.Lima/ S.Sila/ C.Guimarães) en duo avec Oswaldo Carvalo -digne des meilleurs pagodes- et Quer amar mamãe (Martinho da Vila) qui flirte avec les rythmes bahianais.
Si « Novos Alvos » ne contient que 11 titres, Ana Costa nous prouve qu’il n’en faut pas plus pour nous offrir un beau voyage musical.
En vidéo, une présentation d'Ana Costa au Carioca da Gema, ainsi que sa participation à l'ouverture des jeux Panamerica de 2007 au Maracana de Rio de janeiro avec le titre "Viva essa energia" (Ana Costa/ Arnaldo Antunes)
Na Cadência do samba (2) : escutando ... Ana Costa.
Ana Costa não é propriamente dito uma nova artista na cena do samba do Rio. Assim como Teresa Cristina, ela foi daquelas que participaram, pelo final dos anos 90, da renovação do bairro boêmio da Lapa, onde participou de diversas formações.
Foi apenas em 2006 que ela decidiu lançar-se sozinha à aventura de um primeiro álbum, « Meu Carnaval », que encantou merecidamente a crítica e a todos que a seguiam assiduamente no Carioca da Gema, uma das casas mais emblemáticas da « nova Lapa ».
O que distingue Ana Costa da multidão de cantoras que surgem (de forma efêmera) no mercado consta de dois pontos. Para começar, dentro da linha de Mart’nália, ela rejeita qualquer atitude purista, passando a agregar, numa dose razoável, elementos da música pop – tanto a nível dos arranjos quanto das harmonias melódicas.
O segundo elemento seria justamente que a própria voz de Ana -suave e de um belo refinamento- pode ser encontrada tanto dentro do espírito do samba quanto no da música pop, como assim o demonstra a faixa-título de seu novo álbum « Novos alvos ». Aliás esse título – composto em colaboração com Mart’nália e Zélia Duncan – foi em outro projeto oferecido em 2006 a Paula Lima, cantora de samba e soul, de São Paulo.
Seduzido por seu primeiro álbum, eu pretendia levar a cabo uma entrevista com ela em agosto de 2008, mas a cantora estava em plena finalização de seu segundo álbum, lançado no Brasil nesse último mês de maio.
« Novos alvos » se revela de maneira bem menos instantânea do que seu predecessor. A razão para tal é o fato de que esse, tem um aspecto bem mais pessoal. O âmago mesmo do álbum aponta para caminhos musicais inesperados de um ecletismo surpreendente.
Crônica de uma cidade armada (Celso Fonseca), tanto quanto Estranho (Mario Lage Filho / Délcio Carvalho) são dois sambas lentos – e até mesmo sérios – através dos quais Ana demonstra uma bela sensibilidade.
Entre esses dois títulos apresentados, Alma Gemeas -um duo com Moska – é uma espantosa intrusão no complexo repertório do compositor paulista Luiz Tatit, uma vez que Antiga (Ana Costa/ Zélia Duncan) introduz um ritmo de valsa lenta antes de se transformar em samba, sendo cantada harmoniosamente com Leila Pinheiro.
Mas Ana Costa não abandona o samba mais tradicional, e apresenta-se brillantemente no início do álbum com Coisas simples (Cláudio Jorge / Elton Medeiros), em dueto com Martinho da Vila , e Batendo perna (Ana Costa/ Jorge Agrião) ; essas duas entre as melhores faixas do disco. E do mesmo jeito como começa, o álbum termina sob os ritmos frenéticos de Caderneta-A Minha nega (E.Lima/ S.Sila / C.Guimarães) em dueto com Oswaldo Carvalho – dignos dos melhores pagodes – e Quer amar mamãe (Martinho da Vila), essa já com toques baianos.
Se « Novos Alvos » não traz mais do que 11 títulos, Ana Costa nos prova que não é preciso mais do que isso para nos oferecer uma boa viagem musical.
Ana Costa não é propriamente dito uma nova artista na cena do samba do Rio. Assim como Teresa Cristina, ela foi daquelas que participaram, pelo final dos anos 90, da renovação do bairro boêmio da Lapa, onde participou de diversas formações.
Foi apenas em 2006 que ela decidiu lançar-se sozinha à aventura de um primeiro álbum, « Meu Carnaval », que encantou merecidamente a crítica e a todos que a seguiam assiduamente no Carioca da Gema, uma das casas mais emblemáticas da « nova Lapa ».
O que distingue Ana Costa da multidão de cantoras que surgem (de forma efêmera) no mercado consta de dois pontos. Para começar, dentro da linha de Mart’nália, ela rejeita qualquer atitude purista, passando a agregar, numa dose razoável, elementos da música pop – tanto a nível dos arranjos quanto das harmonias melódicas.
O segundo elemento seria justamente que a própria voz de Ana -suave e de um belo refinamento- pode ser encontrada tanto dentro do espírito do samba quanto no da música pop, como assim o demonstra a faixa-título de seu novo álbum « Novos alvos ». Aliás esse título – composto em colaboração com Mart’nália e Zélia Duncan – foi em outro projeto oferecido em 2006 a Paula Lima, cantora de samba e soul, de São Paulo.
Seduzido por seu primeiro álbum, eu pretendia levar a cabo uma entrevista com ela em agosto de 2008, mas a cantora estava em plena finalização de seu segundo álbum, lançado no Brasil nesse último mês de maio.
« Novos alvos » se revela de maneira bem menos instantânea do que seu predecessor. A razão para tal é o fato de que esse, tem um aspecto bem mais pessoal. O âmago mesmo do álbum aponta para caminhos musicais inesperados de um ecletismo surpreendente.
Crônica de uma cidade armada (Celso Fonseca), tanto quanto Estranho (Mario Lage Filho / Délcio Carvalho) são dois sambas lentos – e até mesmo sérios – através dos quais Ana demonstra uma bela sensibilidade.
Entre esses dois títulos apresentados, Alma Gemeas -um duo com Moska – é uma espantosa intrusão no complexo repertório do compositor paulista Luiz Tatit, uma vez que Antiga (Ana Costa/ Zélia Duncan) introduz um ritmo de valsa lenta antes de se transformar em samba, sendo cantada harmoniosamente com Leila Pinheiro.
Mas Ana Costa não abandona o samba mais tradicional, e apresenta-se brillantemente no início do álbum com Coisas simples (Cláudio Jorge / Elton Medeiros), em dueto com Martinho da Vila , e Batendo perna (Ana Costa/ Jorge Agrião) ; essas duas entre as melhores faixas do disco. E do mesmo jeito como começa, o álbum termina sob os ritmos frenéticos de Caderneta-A Minha nega (E.Lima/ S.Sila / C.Guimarães) em dueto com Oswaldo Carvalho – dignos dos melhores pagodes – e Quer amar mamãe (Martinho da Vila), essa já com toques baianos.
Se « Novos Alvos » não traz mais do que 11 títulos, Ana Costa nos prova que não é preciso mais do que isso para nos oferecer uma boa viagem musical.
2 commentaires:
Oswaldo Carvalho, tem o apelido de Oswaldo Cavalo e não carvalho, niguém conhece o Carvalho, que tem uma voz fantástica.Tuka
Confesso que nao o conhecia, mesmo se provavelmente ja o tinha ouvido sem saber quem era...
Abraços Tuka!!
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