vendredi 15 mai 2009

En écoute aujourd'hui: Diogo Nogueira.

Diogo Nogueira, crooner de la samba (photo divulgation)

(texto português em baixo)


Diogo Nogueira est suspect ! Il est beau gosse et sa voix ressemble à s’y méprendre à celle de son père, l’immense et regretté sambista João Nogueira (1941-2000).

De plus -ce qui ne plaide pas en sa faveur- ce garçon de 27 ans est de toutes les émissions télévisées ultra populaires, garnies de ces gamines pom pom girls qui se lancent dans des chorégraphies hasardeuses tout au long du programme. « Il est sans intérêt » m’avait-on dit en 2007 quand j’entendis son nom pour la première fois. Je n’avais acquis son dvd « Ao vivo » que par acquis de conscience (professionnelle) et j’ose confesser qu’il fut rangé dans mes archives sans même avoir ôté la cellophane protectrice. Je sais, c’est mal... !
Pourtant, tandis que je visionnais récemment les deux dvd’s « Samba social clube » enregistrés dans la salle Fundição Progresso de Rio de Janeiro en juin 2008, je me rendais compte que le monde de la samba carioca possédait là un interprète bien précieux. Bola dividida (Luiz Ayrão) et Coisa de pele (Acyr Marques/ Jorge Aragão) chantés par Diogo, figuraient à mon goût parmi les meilleures interprétations des 38 titres proposés.
Bien sûr, on sait qu’un bon chanteur de samba ne doit pas briller par une quelconque virtuosité. Que du contraire. Plus sa voix est abimée par la cigarette et la cachaça, plus la samba transpire ses racines et son authenticité. À part Paulinho da Viola et le propre João Nogueira, les grands sambistas masculins se distinguent rarement par leurs techniques vocales. Je tiens pour exemple des Cartola, Moacyr Luz, Sombrinha, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jamelão, Bezera da Silva et bien d’autres génies du genre.
Mais voilà donc que Diogo Nogueira impose -outres sa belle gueule- une manière de chanter plus proche d’Emilio Santiago que de Nelson Sargento. Diogo est un crooner de la samba, et prouve que ces deux termes sont loin d’être incompatibles.
J’ai donc visionné hier -presque deux ans après l’avoir acheté- le « Diogo Nogueira ao vivo », et je me suis retrouvé face à un chanteur qui possède une voix d’une très grande justesse (je n’ai pas perçu une seule note aproximative !), d’une grande aisance, et qui se met au service de la samba interprétée. Une voix solide, stylée et qui a du corps. Diogo n’a pas la gouaille de Zeca Pagodinho et il n’est pas une bête de scène, mais il se concentre sur l’interprétation, glissant ça et là quelques sourires et des œillades à le gente féminine en ravissement. Un jeu de séduction finalement bien dans l’esprit du « sambista malandro ».
Mais trêve de mots, le mieux c’est de vous coller ici les vidéos de Violão vadio (Baden Powell/ Paulo César Pinheiro) ou Diogo Nogueira est accompagné par Marcel Powell, Fé em Deus (Flavinho Silva), et de rendre hommage à son père João, avec le classique Espelho (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro).

Diogo e a eterna madrinha do samba carioca, Beth Carvalho.

(Texto português traduzido do francês, destinado aos leitores aprendizes)

Escutando hoje : Diogo Nogueira.


Diogo Nogueira é um sujeito suspeito ! Ele é um garotão « boa pinta », e sua voz, do jeito lembra de uma maneira inconfundível a de seu pai, o grande e saudoso sambista João Nogueira (1941-2000).
Além disso - não que isso pese exatamente a seu favor - esse rapaz de 27 anos está em todas as emissões televisivas ultrapopulares, tendo ao fundo essas jovens dançarinas « pom pom girl », que participam de coreografias desajeitadas ao longo dos programas inteiros. « Não perca tempo em escutar este cara », me disseram em 2007, quando ouvi seu nome pela primeira vez. Eu havia comparado seu dvd « Ao vivo » (na verdade seu primeiro trabalho gravado) por uma questão de consciência profissional ; e aqui ouso confessar que arquivei o show sem ter mesmo retirado o celofane de proteção da caixa. Eu sei, foi mal... !
No entanto, uma vez que assisti recentemente os dois dvd’s « Samba social clube », gravados na sala Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, em junho de 2008, eu me dei conta de que o mundo do samba carioca possuía ali um intérprete bastante precioso. Bola dividida (Luiz Ayrão) e Coisa de pele (Acyr Marques / Jorge Aragão) cantadas por Diogo, passaram a figurar, para o meu gosto, dentre as melhores interpretações dos 38 títulos apresentados.
Naturalmente, é sabido que um bom cantor de samba não deve brilhar através do viés do virtuosismo. Muito pelo contrário. Quanto mais sua voz é arranhada e estragada pelo cigarro e pela cachaça, mais o samba transpira através dela suas raízes e sua autenticidade. À exceção de Paulinho da Viola e do próprio João Nogueira, os grandes sambistas masculinos raramente se distinguem por suas técnicas vocais. Tomo como exemplo as vozes de Cartola, Moacyr Luz, Sombrinha, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jamelão, Bezera da Silva e outros tantos gênios desse gênero.
Mas eis que então Diogo Nogueira nos apresenta sua potente garganta, com uma forma de cantar mais próxima à de Emilio Santiago do que à de Nelson Sargento. Diogo é um crooner do samba, e prova que esses dois estilos estão longe de ser incompatíveis.
Eu pude perceber tudo isso então – quase dois anos depois de ter comprado o « Diogo Nogueira ao vivo » - e me encontrar frente a um cantor que possui uma voz de uma enorme precisão (eu não percebi nem uma nota aproximativa !), de uma grande destreza, e que se coloca a serviço da interpretação do samba. Uma voz sólida, cheia de estilo e encorpada. Diogo não tem o descaramento de Zeca Pagodinho e também não é um « animal » em cena, mas ele se concentra na interpretação, deixando escorregar alguns sorrisos e olhadelas ao público feminino encantado. Um jogo de sedução perfeitamente dentro do espírito do « sambista malandro ».
Mas dando uma trégua ao papo, o melhor para vocês agora é curtir os vídeos de Violão vadio (Baden Powell/ Paulo César Pinheiro), no qual Diogo é acompanhado por Marcel Powell, e de Fé em Deus (Flavinho Silva) ; e, por último, uma homenagem aqui do blogueiro a seu pai, João Nogueira, com o clássico Espelho (João Nogueira / Paulo Cesar Pinheiro).






1 commentaire:

Lady Jane a dit…

Daniel, parabéns! Que belos vídeos. Ele tem a voz do pai com a potência de seus 27 anos ... e como é charmoso. Ah, se todo sambista fosse assim ... guess ...
Prefiro esse tipo, sem "escândalo" no palco. Linda voz, encorpada e cristalina. Descobri no yt um da autoria dele:
Samba Pros Poetas - Diogo Nogueira - Ao Vivo
Excelente post. Kisses.

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