jeudi 25 juin 2009

-EUGÉNIA MELO E CASTRO & ADRIANA CALCANHOTTO : « Bem querer/ Futuros amantes » (Chico Buarque)
-PEDRO ABRUNHOSA & LENINE : « Diabo no corpo » (Pedro Abrunhosa)
-LULA QUEIROGA : « Fulana » (Lula Queiroga )
-VELHA GUARDA DA PORTELA : « Lenço »
-CAETANO VELOSO : « Lapa » (Caetano Veloso)
-ARNALDO ANTUNES : « Sampa » (Caetano Veloso)
-WILMA ARAÚJO : « Beleza delicateza » (Gustavo Gomes/ Vera Rocha)
-IVAN LINS : « Somos todos Iguais esta noite » (Ivan Lins/ Vitor Martins)
-DJAVAN : « Alagoas » (Djavan)
-NEY MATOGROSSO : « Ode aos ratos » (Edu Lobo/ Chico Buarque)
-MARIA ALCINA : « Espaço sideral » (Moisés Santana)
-EVELINE HECKER : « Tempo sem tempo » (José Miguel Wisnik/ Jorge Mautner)
-ZIZI POSSI : « Mais simples » (José Miguel Wisnik)
-LITTLE JOY : « The Next time around » (Moretti/ Amarante)
-LOS HERMANOS : « Retrato pra Iaiá » (Rodrigo Amarante)

mardi 23 juin 2009

Tropicália 27, 22/06 : la playlist.

Teresa Cristina présente sur Tropicália 27 (bloco 2)
(photo Daniel A.)

Tropicália est un programme de Musique Populaire Brésilienne qui passe sur les ondes de Radio Judaica en Belgique (90,2 Fm), tous les lundis de 21h50 à 0h15…Accessible aussi « online » sur www.radiojudaica.be et en podcast sur ce blog et sur PODOMATIC. En vidéo, quelques titres passés sur les ondes ce 22/06.

Tropicália é um programa de MPB que passa na Rádio Judaica na Bélgica (90,2 Fm), todas as segunda feiras, de16h50 as 19h15 (hora Brasil). Também « online », www.radiojudaica.be e em podcast neste blog ou PODOMATIC.
Em video, alguns titulos que passaram nas ondas nesse 22 de junho 2009. Aproveite !



BLOCO 1 :

-FERNANDA ABREU : « Brasileiro » (Teta Lando/ Fernanda Abreu)
-ALINE MUNIZ : « Não vacile » (Marco de Vita/ Aline Muniz)
-FABIANA COZZA : « Canto de Ossanhã » (Vinicius de Moraes/ Baden Powell)
-ADRIANA PEIXOTO : « De cabeça pro baixo » (Dalmo Medeiros)
-ZECA BALEIRO : « Vai de Madureira » (Zeca Baleiro)
-VANESSA BUMAGNY & ZECA BALEIRO : « Radiografia » (Vanessa Bumagny)
-FLÁVIO HENRIQUE & ZECA BALEIRO : « Choro do fim do mundo » (Flávio Henrique/ Zeca Baleiro)
-TONI PLATÃO : « Louras geladas » (Paulo Ricardo/ Luiz Schiavon)
-CEZINHA OLIVEIRA : « Instinto » (Cezinha Oliveira/ Eliane Verbana)
-RUBENS NOGUEIRA : « O Samba é o som » (Rubens Nogueira/ P.C. Pinheiro)
-CÁSSIA MARIA : « Tá bom também » (C.Maria)
-LEILA MARIA : « Seu Tipo » (Eduardo Dusek/ Luis Carlos Góes)
-DULCE QUENTAL : « No topo do mundo » (Frejat/ Dulce Quintal)

BLOCO 2 :

-TERESA CRISTINA : « Cantar » (Teresa Cristina )

-ELBA RAMALHO : « Último minuto » (Lula Queiroga)
-ADRIANA CALCANHOTTO : « Mulher sem razão » (Dé / Bebel Gilberto/ Cazuza)
-MILTON NASCIMENTO & JOBIM TRIO : « Chega de saudade » (A.C.Jobim/ Vinicius de Moraes)
-LILI ARAÚJO : « Lendas do mar » (Marcos Amorim/ Lili Araujo)
-MYLENE : « Clareou » (Mylene/ Fernando Nunes)
-TEREZA CRISTINA : « Nem ouro nem Prata » (R.Maurity/ J. Do Nascimento/ J.Jorge/ O.S. de Carvalho)
-UNS E OUTROS : « Dia branco » (Geraldo Azevedo)
-THAÍS GULIN : « Garoto de aluguel » (Zé Ramalho)
-ELIANA PRINTES & CHICO CESAR: « Se chovesse você » (Adonay Pereira/ Eliana Printes/ Eliakin Rufino)
-ROBERTO MENDES & LENINE : « Tira essa mulher da roda » (Roberto Mendes/ Capinan)
-NILZE CARVALHO : « Andarilho » (Cristino Ricardo/ Nilze Carvalho)
-TERESA CRISTINA : « Carrinho de linha » (Walter Queiroz)



BLOCO 3 :

-O RAPPA : « Monstro invisível » (M.Lobato/ Falcão/ Xandão/ L.Farias)

-SKANK : « Escravo » (Samuel Rosa/ Chico Amaral)
-PICASSOS FALSOS : «Rua do desequilibro » (Humberto Effe)
-GISELLA : « Capricho da sorte » (Sérgio Santos/ Murilo Antunes)
-RUBI : « De onde vem a calma » (Marcelo Camelo)
-THAIS MOTTA : « Ai de mim » (Marco Pinheiro/ Chico Alvez)
-ELISA QUEIRÓS : « Merecimento » (Fred Martins/ Elisa Queirós)
-CAROL SABOYA : « Águas passadas » (Mário Sève/ Chico César)
-ZECA PAGODINHO & JOÃO DONATO : « Sambou…sambou » (J.Donato/ J.Mello)
-SILVIA MACHETE : « Toda bêbada canta » (Silvia Machete)
-MOINHO : « Doida de varrer » (Ana Carolina/ Chacal)
-ANNA LUISA : « Bailarina do mar » (Anna Luisa)
-PEDRO LUIS E A PAREDE : « Santo samba » (Pedro Luis)



samedi 20 juin 2009

Paulinho da Viola : O preferido.

Paulinho da Viola em sua casa, mostrando um quadro de Heitor dos Prazeres
(foto Daniel A.)


(texte portugais, traduit du post précédant/ texto português traduzido do post precedente destinado à um público aprendiz)

Em 31 de dezembro de 1995, para festejar a chegada do ano novo, a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu organizar um grande show na praia de Copacabana em homenagem ao mestre Antônio Carlos Jobim, falecido lamentavelmente havia pouco mais de um ano, em 8 de dezembro de 1994. Para realizar esse projeto, a cidade não foi mesquinha em relação aos meios para tal, uma vez que conseguiu reunir na mesma cena Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Milton Nascimento e Paulinho da Viola. Qualitativamente, esse show ficou longe de ser tornar inesquecível quando refere-se às interpretações. Contudo, a história pôde registrar esse evento grandioso por sua divulgação execpcional. Mas na verdade, foi por outro motivo que essa festa musical ficará gravada na memória de todos.
Ao longo de alguns dias – e mesmo algumas semanas – uma revelação tornou-se polêmica. Enquanto que Chico, Caetano, Gal, Gil e Milton receberam um cachê de 100.000 reais por seus serviços, Paulinho da Viola teve que se contentar com 35.000, sem que os outros protagonistas soubessem do que havia ocorrido. Um gênio do samba seria cotado três vezes mais barato do que uma estrela da MPB tradicional ?
Bom, o objetivo aqui não é relatar as manipulações e as consequências
dessa história de dinheiro, nem de se saber a quem coube essa falta de elegância.
Evidentemente, do ponto de vista estrangeiro, o nome de Paulinho da Viola ressoa de fato de maneira bem menos forte do que os de seus ilustres colegas, aliás da mesma geração. Mas no Brasil, a situação parece bem diferente.
Na realidade, esse texto me foi inspirado pelo anúncio dos seis shows que o grande sambista apresentará na gloriosa sala de espetáculos do Canecão do Rio, em seu início da temporada do mês de julho. E sem dúvida ele será capaz de encher essa sala – com capacidade para aproximadamente 2.000 pessoas – mesmo que para um número considerável de dias.
Fazia tempo que não tinha visto isso acontecer com um artista : ter vitrine por tanto tempo dentro desse antro mítico. Vai longe o tempo em em que viam-se os nomes de Elis Regina ou Maria Bethânia em cartaz por inúmeras semanas. É bom e saudável que uma instituição de primeira linha da musica popular –duma certa maneira também erudita (claro que uma Ivete Sangalo também poderia encher a sala durante um tempão)- possa ainda realizar essa proeza, dentro de uma sociedadede musical em crise, sem que haja a menor dúvida quanto a seu sucesso.


Paulinho Da Viola faz parte da memória coletiva brasileira ; ele é adorado por todos, e pouca gente parece preocupada em saber a quando remonta seu último álbum de inéditos.
De fato, « Bebadosamba » data de 1996 (isso faz 13 anos !), e o artista parece no entanto eternamente presente na atualidade musical brasileira. Naturalmente, esse último álbum foi a reboque de projetos gravados em público, como « Bebadochama » (1997), um duplo cd junto com Toquinho, « Sinal aberto » (1999), ou o último « MTV ao vivo » (2007) - que obteve um bom sucesso popular com a inédita Talismã. Sem esquecer de sua participação em múltiplos projetos e filmes documentários como o excelente « Meu tempo é hoje » (2003) e « O Mistério do samba » (2008), esse último consagrado à Velha Guarda da Portela, sua escola de coração.
Mas, enfim, cá estamos... Eu me entreguei um pouco à ficção, ao me perguntar o que teria acontecido à carreira de um Caetano Veloso, um Gilberto Gil, ou um Milton Nascimento se suas últimas obras datassem de 1996, e como seriam, mesmo considerando que eles participaram de diversas manifestações ou projetos em público. Qual dentre eles poderia lotar o Canecão em seu limite por seis dias ? Nenhum deles, provavelmente.
O caso de Chico Buarque é que é um pouco diferente. O artista dos olhos verdes já faz um bom tempo que diversificou seus talentos ao debruçar-se sobre a literatura, e sua produção discográfica e suas aparições em cena são no mínimo destiladas em doses homeopáticas. Razão a mais para pensarmos que, como Paulinho da Viola, Chico Buarque não teria qualquer problema em lotar uma grande casa de espetáculos por numerosas noites. Eu recearia que se houvesse uma ausência discográfica de 13 ans, tanto Caetano quanto Gil ou Milton tornariam-se – como Jorge Benjor – ícones respeitados por terem seus deveres cumpridos por longa data, mas mumificados e enclausurados dentro de suas próprias criações. Dessa forma bastante surpreendente, fica a impressão de que a arte de Paulinho ainda é cheia de vida e ainda tem coisas a nos dizer. Isso também porque o seu samba sofisticado enraizado no choro é – como o jazz e a bossa – um estilo clássico nos arranjos e a instrumentação. Chico Buarque, ele também em de alguma forma, tornou-se depois de muito tempo um clássico, que não deve tornar-se especialmente audacioso. A eles, a gente só pede grandes canções.
Caetano, quanto a ele – mais ainda do que Gil ou Milton – tem a vantagem de empreender riscos musicais, com as consequêcias que a procura de estilos comporta. Praticando uma MPB miscigenada, o desafio da renovação nem sempre é fácil enfrentar.

Enfim…eis então o que esses shows a vir de Paulinho da Viola me levaram à pensar…E, abençoados aqueles que estarão presentes nos dias 10, 11, 12 e 17, 18, 19 de julho, no Canecão do Rio de Janeiro.

vendredi 19 juin 2009


Paulinho da Viola : le meilleur et le moins cher...

Paulinho da Viola: la samba faîte élegance! (photo divulgation)

(texto português em breve)

Le 31 décembre 1995, pour fêter l’arrivée de l’an neuf, la préfecture de Rio de Janeiro avait décidé d’organiser un grand concert sur la plage de Copacabana en hommage au Maître Antônio Carlos Jobim, disparu à peine un an auparavant, le 8 décembre 1994. Pour réaliser ce projet, la ville n’avait pas lésiné sur les moyens puisqu’elle avait réussi à réunir sur la même scène Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Milton Nascimento et Paulinho da Viola. Qualitativement, ce concert fut loin d’être inoubliable si l’on se réfère aux nombreuses approximations des prestations. Néanmoins, l’histoire aurait pu retenir cet événement grandiose pour son affiche exceptionnelle. Ce sera cependant pour un autre fait que cette fête musicale restera dans les mémoires.
Pendant plusieurs jours après le concert –et même plusieurs semaines- une révélation sera sujette à polémique. Tandis que Chico, Caetano, Gal, Gil et Milton s’étaient vus offrir 100.000 reais (30.000 euros actuels) pour leurs services, Paulinho da Viola avait dû se contenter de 35.000, sans que les principaux protagonistes ne soient d’ailleurs au courant. Un génie de la samba se négocierait-il trois fois moins cher qu’une star de la MPB traditionnelle? Bon, le but n’est pas ici de raconter les tenants et les aboutissants de cette histoire d’argent, ni de savoir à qui incombe ce manque d’élégance. . Bien sûr, vu de l’étranger, le nom de Paulinho da Viola résonne en effet beaucoup moins fort que celui de ses illustres collègues, par ailleurs de la même génération. Mais au Brésil, la situation semble bien différente. En fait, ce texte m’a été inspiré par l’annonce des six concerts que le grand sambista présentera dans la glorieuse salle du Canecão de Rio, en ce début du mois de juillet. Et nul doute qu’il pourrait prétendre remplir cette salle -d’une contenance de 2000 personnes environ- pour de nombreux jours encore. Cela faisait un bail que je n’avais plus vu un artiste tenir l’affiche aussi longtemps dans cet antre mythique. Il est loin le temps où l’on voyait le nom d’Elis Regina ou Maria Bethânia s’étaler en grand pour plusieurs semaines. C’est bel et bien le propre d’une institution de la MPB de pouvoir encore réaliser cet exploit dans une société musicale en crise, sans qu’il y ait le moindre doute quant à son succès.


Trois "portelenses" de coeur: l'acteur Antonio Fagundas, Zeca Pagodinho
et Paulinho da Viola (photo Marcos Serra Lima)


Paulinho Da Viola fait partie de la mémoire collective brésilienne, il est adoré de tous, et peu de gens semblent soucieux de savoir à quand remonte son dernier album d’inédits. De fait, « Bebadosamba » date de 1996 (cela fait 13 ans !), et l’artiste semble pourtant éternellement présent dans l’actualité musicale brésilienne. Bien sûr, ce dernier album fut suivi de projets enregistrés en public comme « Bebadochama » (1997), un double cd avec Toquinho, «Sinal aberto » (1999), ou le dernier « MTV ao vivo » (2007) qui connut un beau succès populaire avec l’inédit Talismã. Sans oublier sa participation à de multiples projets et films documentaires comme l’excellent « Meu tempo é hoje » (2003), ou « O Mistério do samba » (2008) consacré à la Velha Guarda da Portela, son école de cœur.
Mais, en fait voilà….Je me faisais juste un peu de fiction en me demandant ce qu’il serait advenu de la carrière d’un Caetano Veloso, Gilberto Gil, ou Milton Nascimento si leurs derniers opus dataient de 1996, et cela même en considérant qu’ils participent à diverses manifestations ou projets en public. Lequel d’entre eux pourrait remplir six jours le Canecão à ras bord ? Aucun probablement.
Le cas de Chico Buarque est quelque peu différent. L’artiste aux yeux bleus s’est déjà depuis longtemps diversifié en tendant vers la littérature, et sa production discographique et ses apparitions sur scène sont pour le moins distillées à dose homéopathique. Raison de plus pour penser que, comme Paulinho da Viola, Chico Buarque n’aurait aucun mal à remplir une grande salle pour de nombreuses soirées.
Je crains qu’avec une absence discographique de 13 ans, tant Caetano que Gil ou Milton seraient devenus -comme Jorge Benjor- des îcones respectés pour leurs devoirs accomplis depuis bien longtemps, mais momifiés et figés dans leur création. Car assez étonnement, on a l’impression que l’art de Paulinho da Viola est encore vivace et a encore des choses à nous raconter. Cela tient aussi du fait que la samba –comme le jazz ou la bossa- est un style classique par essence. Chico Buarque, lui aussi en quelque sorte est devenu depuis longtemps un classique, qui ne se doit pas d’être forcément audacieux.
Caetano, quant à lui -plus encore que Gil ou Milton- prend davantage de risques musicaux, avec les aléas que cela comporte. Pratiquant une MPB métissée, le défi du renouvellement n’est pas toujours facile à relever. Bref, voilà donc ce que l’annonce de ces concerts de Paulinho da Viola m’a amené à penser et, quoi qu’il en soit, bienheureux ceux qui seront présents les 10, 11, 12 et 17, 18, 19 juillet au Canecão de Rio de Janeiro.


mardi 16 juin 2009

Tropicália 26, 15/06 : la playlist.

José Miguel Wisnik (Bloco 2):
Une musique populaire belle et érudite à la fois (photo divulgation)


Tropicália est un programme de Musique Populaire Brésilienne qui passe sur les ondes de Radio Judaica en Belgique (90,2 Fm), tout les lundis de 21h50 à 0h15…Accessible aussi « online » sur www.radiojudaica.be et en podcast sur ce blog et sur PODOMATIC. En vidéo, quelques titres passés sur les ondes ce 08/06.

Tropicália é um programa de MPB que passa na Rádio Judaica na Bélgica (90,2 Fm), todas as segunda feiras, de16h50 as 19h15 (hora Brasil). Também « online », www.radiojudaica.be e em podcast neste blog ou PODOMATIC.
Em video, alguns titulos que passaram nas ondas nesse 15 de junho 2009. Aproveite !





BLOCO 1 :

-ROGÊ : « Pra dançar » (Rogê/ Gabriel Moura)

-DAÚDE : « Pata pata » (Myriam Makeba/ Kerry Ragaudy)
-TONY GARRIDO : « Os Nerds » (Toni Garrido/ Charles Marcilac)
-ALCEU VALENÇA : « Maracajá » (Alceu Valença)
-GERALDO AZEVEDO : « Dia Branco » (Geraldo Azevedo/ Renato Rocha)
-LETÍCIA TUÍ : « Cordel » (O.G.Pereira/ Beto Valente)
-LÚCIA MENEZES : « Uva de caminhão » (Assis Valente)
-EDU LOBO : « O Cordão da saideira » (Edu Lobo)
-WADO : « Tarja preta » (Wado/ Siri/ Santo Samba)
-MOSKA & MART’NÁLIA : « Entretanto » (Mart’nália/ Mombaça)
-EMILIO SANTIAGO : « Quero alegria » (Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito)
-LUIZ MELODIA : « Estácio holly estácio » (Luiz Melodia)
-LUIZ MELODIA & JANE REIS : « Choro de passarinho » (R.Piau/ E.Amaral/ R.Cardoso)
-PARALAMAS DO SUCESSO : « Aposta em mim » (Vianna/ Ribeiro/ Barone)
-LUCIANA PESTANA : « Entre eu e você » (Luciana Pestana/ Gastão Villeroy)



BLOCO 2 :

-EUGÉNIA MELO E CASTRO & ADRIANA CALCANHOTTO : « Bem querer/ Futuros amantes » (Chico Buarque)

-PEDRO ABRUNHOSA & LENINE : « Diabo no corpo » (Pedro Abrunhosa)
-LULA QUEIROGA : « Fulana » (Lula Queiroga )
-VELHA GUARDA DA PORTELA : « Lenço »
-CAETANO VELOSO : « Lapa » (Caetano Veloso)
-ARNALDO ANTUNES : « Sampa » (Caetano Veloso)
-WILMA ARAÚJO : « Beleza delicateza » (Gustavo Gomes/ Vera Rocha)
-IVAN LINS : « Somos todos Iguais esta noite » (Ivan Lins/ Vitor Martins)
-DJAVAN : « Alagoas » (Djavan)
-NEY MATOGROSSO : « Ode aos ratos » (Edu Lobo/ Chico Buarque)
-MARIA ALCINA : « Espaço sideral » (Moisés Santana)
-EVELINE HECKER : « Tempo sem tempo » (José Miguel Wisnik/ Jorge Mautner)
-ZIZI POSSI : « Mais simples » (José Miguel Wisnik)
-LITTLE JOY : « The Next time around » (Moretti/ Amarante)
-LOS HERMANOS : « Retrato pra Iaiá » (Rodrigo Amarante)




BLOCO 3 :

-JOTA QUEST : « La Plata » (Flausino/ Buzelin/ Lara/ Fonseca/ Diniz)

-MARCELO D2 : « Desabafo » (MD2/ Nave/ Ivan Lins)
-ROBERTO CARLOS : « Detalhes » (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
-FERNANDA TAKAI : « Debaixo dos caracois do seus cabelos » (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
-ADRIANA MACIEL : « Perto do teu coração selvagem » (Vitor Ramil)
-VERONICA SABINO : « Tardes » (Adriana Calcanhotto)
-CELSO FONSECA : « Queda » (Luciano Salvador Bahia)
-VANDER LEE : « Obscuridade » (Vander Lee/ Cartola)
-VINCENTE BARRETO : « A Barca do desejo » (Vincente Barrreto/ Zeh Rocha)
-MARCOS SACRAMENTOS : « Meu rádio e meu mulato » (Herivelto Martins)
-MARIANA BALTAR : « Pressentimento » (H.B. De Carvalho/ Elton Medeiros)
-ZECA PAGODINHO : « Caviar » (Luiz Grande/ Barbeirinho de Jacarezinho/ Marcos Diniz)
-ED MOTTA : « The Runaways » (Ed Motta/ Robert Gallagher)


samedi 13 juin 2009

BRASIL, 20 ANOS: « Se fizer bom tempo amanhã… »*

Rio nao é sempre um cartão postal (foto Pablo Jacob)

(* « Maricotinha »- Dorival Caymmi)

(texto traduzido do post precedente)

« A vida, companheiro… A vida é a arte do encontro », como disse o poeta Vinicius de Moraes. Eu aderi sem restrições a essa máxima, genial por tamanha verdade e simplicidade. De minha parte, eu poderia parodiá-la humildemente, ao escrever, queridos amigos, que a vida é às vezes a arte de prever como será o tempo amanhã. Eu sei... Essa minha versão não tem a mesma força poética, mas há exatamente 20 anos que os primeiors raios de sol que surgiram na manhã de 13 de junho de 1989, não surgiram apenas para agradar o povo amável, como também vieram para mudar radicalmente a minha vida...
Em março de 1989, eu e um colega legal havíamos decidido empreender nossa primeira viagem exótica. Eu entendo por tal, algo para além das fronteiras européias : um tipo de viagem iniciática em busca de uma cultura verdadeiramente incomum.
Nenhuma idéia nos veio à mente, mas um outro cara que tinha acabado de chegar do Rio de Janeiro nos fez imaginar a cidade como um lugar sempre em festa, onde o paraíso estaria à nossa disposição por alguns trocados. Ele coloriu sua descrição com alguns elementos pesuasivos como as caipirinhas, as praias com seus coqueiros (é mesmo ?!?) e as brasileiras todas clonadas a partir de Gisèle Bunschen e Thaís Araújo. E de fato, com uma inflação galopante na ocasião – quase surrealista ! – todos os preços para o turista pareciam ridiculamente baixos mesmo.
Muito sinceramente, a idéia do Brasil não me encantou muito. As fotos dos panfletos mostrando as pistas ao longo das praias (da Avenida Atlântica, em Copacabana ; e da Vieira Souto, em Ipanema) me pareciam bastante desagradáveis. Em resumo : para mim, os brasileiros eram um bando de loucos simpáticos que se maquiavam escandalosamente e que, uma vez por ano, faziam barulho no Caranaval. Aquilo que se dizia ser o samba – o que parecia ser – eu achava simplesmente insuportável depois de ouvir por dois minutos. Musicalmente, enquanto eu bebia da fonte do rock alternativo e do soul norteamericanos, minha mãe escutava na sala um certo Sergio Mendes & Brasil 66, que eu comparava ao tipo de música que se poderia ouvir nos shows de Las Vegas. Havia também os dois álbuns « Vinicius & Toquinho en la fusa » (1971), com Maria Bethânia e Maria Creuza ; e para ser franco, eu achava a Bossa Nova insípida – sem nuance e particularmente enfadonha… Esses dois álbuns viriam a se tornar um pouco mais tarde as minhas « tábuas dos dez mandamentos »... O primiro degrau de uma escada sem fim (puxa! Bela imagem, não é ?)…
Com relação à viagem, apático e sem imaginação, concordei então em ir para o Rio, imaginando que um dia eu poderia falar dessa agradável excursão a meus futuros filhos... ou aos filhos dos outros. « Rio ? É preciso ir lá uma vez na vida». À parte o fato de que logo contarei 40 viagens ao Brasil.

Nós desembarcamos no aeroporto do Galeão, no dia 10 de junho de 1989, e desde então, um dilúvio nos acolheu francamente. Eu não preciso explicar a vocês que atravessar a zona norte cercada de favelas pela primeira vez nessas condições nos parecia mais próximo do apocalypse de um pós-guerra do que propriamente da descoberta de um Paraíso perdido... Chegando ao Hotel Excelsior de Copacabana (então em reforma), constatamos que sair de lá seria uma missão impossível, de tanta água cobrindo as ruas. E a situação não mudou pelos próximos dois e três dias. Minhas atividades ficaram reduzidas ao vai-e-vem entre o bar de reputação duvidosa e a televisão que transmitia o programa do Faustão (extremamente traumatizante para quem ainda não conhecia !), que gritava num idioma o qual eu não compreendia uma palavra sequer. Havia também a janela de onde eu não via o Redentor, mas sim uma nesga de mar e alguns cogumelos onde se lia « Coca-Cola » : as barracas de sol plantadas nas varandas vazia. A depressão extrema!
Menos paciente do que eu, meu colega de quarto me comunica então rancorosamente que se nada mudasse, ele não via razão alguma para ficar um dia a mais sequer vivendo tamanho pesadelo. Pelo meu lado, eu tinha poucos argumentos para confrontá-lo. O céu parecia fechado como um nariz entupido de gripe, e nós já tínhamos arrumado nossa bagagem naquela tarde de 12 de junho. Mas então, alguma coisa aconteceu durante a noite... Uma reunião secreta entre os Orixás cheios de misericórda ? O fato é que na manhã do dia 13, o céu se abriu a mim como o mar a Moisés, e um sol radiante expulsou nosso humor melancólico. « The rest is history » - O resto é história, como se diz ; ou, mais humildemente, faz parte da minha história. No limite de voltar para casa decididos a definitivamente nunca mais voltarmos um dia ao Brasil, nós ficamos 3 semanas ; e muito em breve, no que me diz respeito, serão quase 40 viagens em 20 anos.
Na verdade, na ocasião, eu não tinha ainda sido radicalmente contaminado pelo vírus da música brasileira ; mas ele infiltrou-se insidiosamente em mim, à espera de um sinal...
No meu retorno à Bélgica, algumas boas almas me ofereceram ingressos para assistir aos shows de Maria Bethânia, assim como de João Gilberto, que se apresentavam no Palácio de Belas Artes de Bruxelas (Palais des Beaux Arts de Bruxelles), dentro da programação do festival « Viva Brasil ». E aí sim, a doce obssessão se revelaria, tomando conta de todo o meu ser... E a visita de um exorcista não é nada urgente...
P.S. : Devo apresentar as minhas desculpas por uma das frases citadas anteriormente nesse post : eu já pude encontrar alguns brasileiros sem maquiagem ; e pensando bem, eles fazem barulho ao longo do ano inteiro..!


jeudi 11 juin 2009

Brésil, 20 ans : une histoire de pluie et de beau temps.

Rio sous la pluis n'est cependant pas dénué de charme...
(photo E.F. Gollo de Mesquita)


« A vida, companheiro…A vida é a arte do encontro » disait le poète Vinicius de Moraes. « La vie, cher compagnon, c’est l’art des rencontres… ». J’ai toujours adhéré à cette maxime, géniale de tant d’évidence et de simplicité. De mon côté, je pourrais parodier très humblement, en écrivant que la vie, chers amis, c’est parfois l’art de prédire la pluie et le beau temps. Je sais que cela n’a pas la même force poétique, mais il y a 20 ans exactement, les premiers rayons de soleil qui apparurent au matin du 13 juin 1989, n’auront pas seulement égaillé la journée du bon peuple, comme ils auront radicalement changé ma vie…

En mars 1989, avec un bon camarade, nous avions décidé d’entreprendre notre premier voyage exotique. J’entends par là hors des frontières européennes, une sorte de voyage initiatique à la recherche d’une vraie culture inconnue.
Aucune idée ne s’imposait à nous, mais un autre lascar qui revenait de Rio de Janeiro nous faisait miroiter la ville comme un pays de cocagne, où le paradis était à notre disposition pour pas un rond. Il agrémentait sa description de quelques éléments persuasifs comme les caipirinhas, les plages avec ses cocotiers (ah bon ?), et les brésiliennes toutes clonées à partir de Gisèle Bunschen ou Thaís Araújo. Et de fait, avec une inflation galopante à l’époque –presque surréaliste !-, tous les prix pour le touriste paraissaient ridiculement bas.
Très sincèrement, l’idée du Brésil ne m’enchantait guère. Les photos des guides montrant les autoroutes le long des plages (l’Avenida Atlantica de Copacabana et la Vieira Souto à Ipanema) me semblaient assez rébarbatives. Et en résumé pour moi, les brésiliens étaient de charmants doux dingues qui se maquillaient outrageusement pour faire du boucan un fois par an, au Carnaval. Cela s’appelait de la samba -paraît-il- et je trouvais cela assez insupportable au-delà de deux minutes. Musicalement, tandis que je m’abreuvais de rock alternatif et de soul américaine, ma mère écoutait dans son salon un certain Sergio Mendes & Brasil 66, que j’apparentais à une musique de shows pour Las Vegas. Il y avait aussi les deux albums « Vinicius & Toquinho en la fusa » (1971), avec Maria Bethânia et Maria Creuza, et pour être franc, je trouvais la Bossa Nova insipide, sans nuance et particulièrement ennuyeuse…Ces deux albums constitueront quelques mois plus tard mes tables de la loi… La première marche d’un escalier sans fin (belle image, Daniel !)…
Pour revenir au voyage, fainéant et sans imagination, j’acquiesçais donc pour Rio, dans l’idée que je pourrais parler de cette aimable excursion à mes petits-enfants…ou ceux des autres. « Rio ? Il faut l’avoir fait une fois dans sa vie ». Sauf que cela fera bientôt 40 voyages, bien que cela se soit joué à peu de chose.

Nous débarquons donc à l’aéroport Galeão, le 10 juin 1989, et dès le départ, une pluie diluvienne nous accueille fraîchement. Je vous prie de croire que traverser pour la première fois la zone nord jonchée de favelas dans des conditions pareilles ressemble plus à une apocalypse d’après guerre qu’à un Eden retrouvé…
Arrivé à l’Excelsior de Copacabana (depuis lors rénové), il nous fallait constater que sortir de l’hôtel était mission impossible tant les eaux avaient monté dans les rues. Et la situation n’allait pas s’arranger le deuxième et troisième jours. Mes activités étaient réduites aux va-et-vient entre le bar miteux et la télévision qui diffusait Faustão (très traumatisant quand on ne connaît pas !) qui criait dans une langue dont je ne comprenais pas un traître mot. Il y avait aussi la fenêtre d’où je ne voyais pas le Rédempteur, mais un bout de mer déchaînée et quelques champignons Coca-Cola, les parasols des terrasses désertes. La grosse déprime !
Moins patient que moi, mon camarade de chambrée m’annonça vindicativement que si rien ne changeait, il ne voyait plus la raison de rester un jour de plus dans un tel cauchemar. Et de mon côté, je voyais peux d’arguments à lui opposer. Le ciel semblait bouché comme un nez grippé,
et nous apprêtions déjà nos sacs, au soir du 12 juin.
Mais alors que s’est-il passé durant la nuit…Un conciliabule au sommet entre les Orixas pris de pitié ? Toujours est-il qu’au matin du 13, le ciel s’était ouvert à moi comme la mer à Moïse, et un soleil radieux balaya notre humeur maussade. « The rest is history » comme on dit, ou plus humblement, fait partie de mon histoire.
Au lieu de rentrer au bercail avec la décision définitive de ne jamais revenir un jour au Brésil, nous restâmes 3 semaines et s’en suivirent, en ce qui me concerne, presque 40 voyages en 20 ans.
En réalité, je n’avais pas encore été contaminé par le virus de la musique brésilienne, mais il s’était insidieusement infiltré en moi, attendant un signal…
À mon retour en Belgique, quelques bonnes âmes m’avaient offert des tickets pour aller voir les concerts de Maria Bethânia ainsi que de João Gilberto qui se produisaient aux Palais des Beaux Arts de Bruxelles dans le cadre du festival « Viva Brasil ». Et là oui, la douce maladie se réveilla et pris possession de tout mon être…Et la venue d’un exorciste n’est pas pour demain…

P.S : je tiens à présenter mes excuses pour une des phrases cités ci avant : j’ai pu rencontrer quelques brésiliens non maquillés, et tout bien pensé, ils font du boucan toute l’année…





mercredi 10 juin 2009


Tropicália 25, 08/06 : la Playlist.

Un Tropicalia 25 (bloco 2) aux parfums cubains et sud américain.
Ici avec les divas Maria Bethânia et Omara Portuondo (photo divulgation)


Tropicália
est un programme de Musique Populaire Brésilienne qui passe sur les ondes de Radio Judaica en Belgique (90,2 Fm), tout les lundi de 21h50 à 0h15…Accessible aussi « online » sur www.radiojudaica.be et en podcast sur ce blog et sur PODOMATIC. En vidéo, quelques titres passés sur les ondes ce 08/06.


Tropicália é um programa de MPB que passa na Rádio Judaica na Bélgica (90,2 Fm), todas as segunda feiras, de16h50 as 19h15 (hora Brasil). Também « online », www.radiojudaica.be e em podcast neste blog ou PODOMATIC.





BLOCO 1

BENA LOBO : « Sábado » (Seu Jorge/ Bena Lobo/ Daniel Gonzaga/ Régis Faria)
MILTON NASCIMENTO : « Imagens e semelhança » (Bena Lobo/ Kiko Continento)
MARINA MACHADO : « Tempo quente » (Anderson Guerra)
ERIKA MACHADO : « As coisas » (Erika Machado/ Cecília Silveira)
MOACYR LUZ & IVAN LINS : « Clareou » (Moacyr Luz/ Ivan Lins/ Aldir Blanc)
MOSKA & CHICO CÉSAR : « Tambor » (Chico César)
MARIANA AYDAR : « Beleza » (Luiza Maita/ Rodrigo Campos)
CRIS AFLALO : « Quase tudo » (Péricles Cavalcanti/ Arnaldo Antunes)
PATRICIA MELLODI : « Perola » (Patricia Mellodi)
JARDS MACALÉ & FREJAT : « Mal secreto » (Macalé/ Waly Salamão)
ZÉLIA DUNCAN & FREJAT : « Mãos atadas » ( Simone Saback)
CAETANO VELOSO & ROBERTO CARLOS : « Tereza da Praia » (Tom Jobim/ Billy Blanco)
JOTA QUEST : « Além do horizonte » (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
SILVIA MACHETE : «Esta noite serenô» (Hervé Cordovil)



BLOCO 2 :

PRETA GIL : « Sinais de fogo » (Ana Carolina/ Totonho Villeroy)
ANA CAROLINA : « Armazem » (Ana Carolina)
ROGÊ : « Brasil em brasa » (Rogê/ Arlindo Cruz/ Gabriel Moura/ J.Joviniano)
TONI PLATÃO : « Amor meu grande amor" (Angêla Rôrô/ Ana Terra)
CRIS BROWN : « Dry martini drama » (Alvin L./ Dé)
ADRIANA MACIEL : « Vida em marte » (David Bowie vers. Seu Jorge)
LOS HERMANOS : « Cher Antoine » (Rodrigo Amarante)
CARLINHOS BROWN : « Carlito Marón» (Carlinhos Brown/ Arnaldo Antunes)
IVAN LINS : « Ai ai ai ai » (Ivan Lins/ Vitor Martins)
TRÊS MENINAS DO BRASIL : « Seo Zé » (Carlinhos Brown/ Marisa Monte/ Nando Reis)
MARIA BETHANIA & OMARA PORTUONDO : « Tal vez » (Juan Formell)
CAETANO VELOSO : « Capullito de aleli » (Rafael Hernández)
CHICO BUARQUE : «Como se fosse primavera » (Pablo Milanés/ Nicolás Guillén)
IVETE SANGALO : « Tanta saudade » (Djavan/ Chico Buarque)
JOÃO DONATO : « Bananeira » (J.Donato/ Gilberto Gil)
PAULINHO MOSKA & JORGE DREXLER : « Dos colores : blanco y negro » (Jorge Drexler)



CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.