lundi 25 janvier 2016

Trois émissions, 50 albums de 2015, et on rentre en 2016!

Aujourd’hui…Alors que São Paulo fête ses 462 années d’existence, quelques concerts de poids sont éparpillés dans la ville. Il y eut de tout, depuis samedi, de Carlos Lyra à Daniela Mercury sur un « trio eletrico », et aujourd’hui Gilberto Gil en plein air, prêt d’un des deux fleuves pollués de la ville (et c’est peu de le dire !), le Tiêté. Ceci dans une ambiance qui commence à s’échauffer, puisque certains blocs de carnaval sont déjà de sortie. 
Pour raisons personnelles, je n’ai pu voir de shows ces dernières temps, mais j’ai compensé par l’écoute d’environ 400 albums, pour finalement, vous en présenter 50 en trois émissions. Mission accomplie enfin ! Cela se traduit par trois podcasts mis sur le site Trop icalia MPB et Podomatic. Ils sont commentés en français, et je viens de poster un programme de plus de deux heures et 30 minutes, qui rassemblent le contenu des 3 émissions, sans une seule parole, pour le confort de l’écoute. 
Comme à chaque fois, l’artiste, le titre de la chanson, et (avec difficultés !) les compositeurs, sont à disposition avec le programme, le dernier étant l’édition 232…Bonne écoute ! 

 PS : sans pour autant cesser ses activités, Tropicalia MPB, prend une sorte de congé, et d’ici peu se rend vers sa terre natale, ce plat pays qui est le mien, et celui d’environ 11 millions d’autres âmes…Mais on reste en contact, ok ? Voici les noms des podcast, 229, 230 et 231:

 Jonas Sá, Johnny Hooker, Ava Rocha, Toni Platão, Romulo Fróes, Aline Paes, Fabiana Cozza, Roberta Sá, Eddie, Siba, Vicente Barreto, Lucas Vasconcellos, Silvia Tape, Edgard Scandura, Danilo Caymmi, Bruno Di Lullo, Domenico Lancellotti, Zé Manoel, Almir Sater, Renato Texeira, Zé Modesto, Talita del Collado, Augusto Martins, Claúdio Jorge, Zeca Baleiro, Paulo Lepethit, Naná Vasconcelos, Leoni, Dani Black, Lia Paris, Lenine, Nação Zumbi, Andreia Dias, Maria Gadú, Elza Soares, Elba Ramalho, Vô Tereza, Supercolorisor, Ná Ozzetti, Zé Miguel Wisnik, Chico Faria, Alfredo Del-Penho, Glaucia Nasser, Túlio Borges, Simone Mazzer, Totonho e Os Cabra, Arthur Noguera, Gui Amabis, Marcelo Callado, Morais Moreira & Davi Moraes, Gal Costa, Célia, Fernando Cunha, Zélia Duncan, Maíra Freitas, Carlos Navas, Leandro Fregonesi, Karina Buhr, Luíza Lian, Novíssimos, Alberto Continentino

dimanche 17 janvier 2016

Tropicalia MPB 229 & 230 : 50 albums qui feraient bel effet dans votre discothèque

Aujourd’hui…Et oui, fin 2015/ début 2016, la liste des albums préférés de Tropicalia MPB, vous connaissez la chanson, et vous pouvez même en réentendre 50 autres, extraites de 50 albums - en trois émissions - qui m’ont plus (je n’ai pas dit « les meilleurs »).
Sur le site Tropicalia MPB. Je vous explique tout cela en détails (car il y a aussi dix chroniques), et tandis que le troisième épisode est en préparation, voici déjà, les 35 sur 50 cd’s qui feraient bel effet dans votre discothèques pour 2015 (en rouge, les dix albums chroniqués)


Jonas Sá, Johnny Hooker, Ava Rocha, Toni Platão, Romulo Fróes, Aline Paes, Fabiana Cozza, Roberta Sá, Eddie, Siba, Vicente Barreto, Lucas Vasconcellos, Silvia Tape & Edgard Scandura, Danilo Caymmi, Bruno Di Lullo, Domenico Lancellotti, Zé Manoel, Almir Sater, Renato Texeira, Zé Modesto, Talita del Collado, Augusto Martins, Claúdio Jorge, Zeca Baleiro, Paulo Lepethit, Naná Vasconcelos, Leoni, Dani Black, Lia Paris, Lenine, Nação Zumbi, Andreia Dias, Maria Gadú, Elza Soares, Elba Ramalho, Vô Tereza, Supercolorisor, Ná Ozzetti, Zé Miguel Wisnik, Chico Faria, Alfredo Del-Penho, Glaucia Nasser Túlio Borges, Simone Mazzer

lundi 4 janvier 2016

Belmiro de Almeida (1858 – 1935), da vanguarda sem acreditar

                                           Belmiro de Almeida: "Maternidade em circulos" -1908-


(texte en français à la suite du portugais!)

Hoje...
Após ter estudado jornalismo na ULB de Bruxelas, e alguns anos trabalhando para a revista semanal “Télémoustique” nos anos 80 (da qual um dos cadernos era destinado à música anglo-americana), concebida com um espírito próximo da publicação New Musical Express inglesa, bastante transada e ligeiramente esnobe (sem internet, os “críticos” eram bajulados), me formei em História da Arte, no Museu de Belas Artes de Bruxelas. Estudos suficientemente flexíveis para que eu pudesse trabalhar paralelamente com hotelaria. Apaixonado por pintura, continuei a ler e estudar a arte pictórica de todas as épocas, com uma preferência pelo período de 1830-1970. Quando fui a primeira vez ao Brasil, em1989, visitei, então, alguns Museus tradicionais no Rio de Janeiro, mas sem ter nenhum conhecimento histórico, nem circunstancial. Minha decepção foi grande. O que havia de melhor parecia com o que se fazia na Europa, muitas vezes 10 a 20 anos mais tarde, sem que eu encontrasse a identidade do país onde eu estava. Na realidade, aquilo tinha uma certa lógica já que os brasileiros, e os pintores de outras nações, iam estudar em Paris, no final do século 19, início do século 20.



                                                                 Belmiro de Almeida: "Dois meninos jogando de bilboqué" s/d

 Não me lembro, no entanto, de ter visto os grandes nomes do Modernismo, pois, na época, os museus estavam, frequentemente, fechados «para obras com duração indeterminada». Resumindo, a ideia que eu tinha era um pouco distorcida. Uma parte dela... Concentrado na música, foi, portanto, a pintura popular, chamada de «naïf» que, alguns anos mais tarde me reconectou com a alma brasileira da pintura. Após esta introdução um pouco formal, mas obrigatória, volto para a atualidade, para deixar claro que, depois de ter vindo para São Paulo, senti a necessidade de preencher esta lacuna, e suei um pouco para adquirir livros sobre a pintura qualificada de erudita (com, nesse meio tempo, conhecimentos mais consistentes sobre o Modernismo e outros movimentos, e a historia geral do país), e recomecei do zero a partir do estudo dos pintores do final do século 19, os que antecederam os Modernistas de 1922. 

                                                    Belmiro de Almeida: "Efeito de sol" -1892-


Antes de mais nada, uma palavrinha para dizer que não encontrei (o que me parece uma aberração!), um livro de referência de 300 páginas do tipo: a pintura brasileira moderna de 1822 até os dias de hoje. Esqueçam! É preciso então tomar a decisão de comprar diversas obras ou catálogos de exposições, e fazer seu livro no seu próprio caderno. Começo, então, a descobrir - e que os puristas não se surpreendam se eu escrevo impressões que deveriam ter mais nuances, sobre artistas com os quais eles estão familiarizados. 


                                                                                Giovani Battista Castagneta: "Marinha" -1899-

Assim, em uma obra de 2006, consagrada a uma coleção importante (mas então subjetiva), a de Sérgio Fadel, comecei a descobrir a obra de Giovani Battista Castagneto (1851-1900) – ainda ancorado no realismo, mas mais impressionista e com uma tendência para a simplificação quase abstrata no final da sua vida;  


                            Eliseu d'Angelo Visconti, s/d parede do Teatro Municipal de Rio de Janeiro (fresque au  Théâtre Municipal de Rio de Janeiro) 

Eliseu D'Angelo Visconti (1866-1944), que do impressionismo se direcionou para o Alegorismo de Puvis de Chavannes (1824-1898);  


Arthur Thimóteo Da Costa (1882-1923), que me faz lembrar de Degas (1934-1917) e Henri Evenepoel (1872-1899)

                                                                     Henri Evenepoel: "Le Caveau du soleil d'or" -1896-

                                                                         Edgard Degas: "Place de La Concorde" -1875-

 Belmiro de Almeida (1858-1935), entre realismo e impressionismo, mas que surpreendeu o mundo das artes com uma tela «Maternidade em círculos», em 1908, com uma audácia quase acidental (ele próprio ria disso, mas que tela!), que reúne as características do Futurismo italiano, e do Orfismo do casal Robert (1885-1941) e Sônia Delaunay (1841-1979) exceto que, desta vez, alguns anos adiantado! 


                                                      Exemplo do Futurismo italiano, c/ 1912


 Enfim, enquanto eu prestava atenção no álbum «Est» de Edgard Scandurra e Sílvia Tape, eu enlouquecia diante das obras de Henrique Alvim Corrêa (1876-1910), desenhista com uma alma obscura, diria até assustadora que Félicien Rops (1833-1898), pintor, desenhista e, sobretudo, gravurista belga, que morou em Paris, manuseava com maestria. Vale destacar que Corrêa morou muito tempo em Bruxelas, onde desenvolveu uma parte da sua arte... 


CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.