vendredi 19 février 2016

Duas semanas na Europa onde Bowie se misturou com a escuta de novidades brasileiras

Hoje... Pois sim, o tempo voa em algumas ocasiões, e chegou a hora de refazer as bagagens para voltar para São Paulo. Uma semana dedicada a uma cirurgia benigna, mais uma semana de gripe, e alguns dias para questões de ordem pessoal, e já começaram as preparações para deixar o solo gelado da Bélgica (mas um frio que estava me fazendo falta!) para o calor seco e o ar poluído da megalópole brasileira...que eu gosto mesmo assim. Será que isso quer dizer que eu não cuidei do site Tropicália MPB? Que nada! Aqueles que trabalham em blogs e sites diversos sabem que o tempo de manutenção destes em questão é mais importante nos bastidores,do que parece quando vocês o visitam. E além do mais, aproveitamos para dar uma repaginada no nosso notebook, que, às vezes, parece ter uma vida independente da nossa vontade! 

Desde a última postagem deste blog, houve a primeira resenha de 2016: o álbum de Eduardo Climachauska; o início de uma rubrica, “Bioclipes”, para apresentar simplesmente um pouco mais – para os não-brasileiros principalmente -, uma biografia curta baseada em um ou dois clips com uma qualidade sonora aceitável (Ana Cláudia Lomelino e Wilson das Neves abriram essa seção); uma galeria de fotos adicional (julho de 2014, vamos tentar nos atualizar o mais rápido possível !) e, infelizmente, um podcast que eu ainda não tive tempo de colocar on-line, a não ser que super-poderes tomem conta de mim... 






 Estes dias passados em Bruxelas, foram marcados pelo falecimento de David Bowie, que saiu de cena um pouco cedo demais ao meu gosto (69 anos), e que, só para nos deixar put...contrariar, lançou um álbum que ninguém mais estava esperando, “The Black Star”, sobretudo quando a gente foi um fã meio excessivo da obra do artista inglês, até “Scary Monsters” (1980). É isso mesmo, percorri até algumas capitais européias para procurar gravações ou edições raras, ou ainda álbuns piratas... De “Let’s dance” (1983) para cá, o que Bowie produziu não despertou o meu interesse, fora “Outside” (1995) e, ao contrário da crítica em geral, o álbum “Hours” (1999). Mas isto me deu a oportunidade para tentar estudar porque este gênio não conseguiu mais chegar ao nível da sua obra dos seus primeiros verdadeiros 10 anos de criação. E é aí que descobrimos que julgamos o artista através de um ângulo errado, como se fosse uma entidade. 
O próprio Bowie confessou, ele precisava de “Let’s dance”, meio fraco, por questões financeiras, e disse que a década de 80 tinha que ser esquecida com “Tonight” (1984), e “Never let me down” (1987), dois discos indigestos. 
A partir de “Black tie white noise” (1993), tratava-se de outro artista, ou, simplesmente, um David Bowie sem maquiagem, mas sempre com a mente muito inquieta (a maioria das letras das canções se referem sempre ao niilismo de Nietzsche, ao esoterismo em geral, a noção do “nada” ou do “vazio”, a questão da morte e da loucura, e da busca de quem somos realmente, tudo isso baseado em livros que ele lia ou acontecimentos dificeis na vida dele). 
Assim, escutei, deliberadamente, o resto da sua obra à partir deste álbum (“Black tie...”) e nem mesmo um minuto o que ele produziu entre 1970 e 80, para constatar que sua produção que vai até “The Blackstar” (2016), valia mais do que eu podia ter imaginado, sem atingir totalmente musicalmente, aquela década dos personagens criados por ele: Ziggy Stardust, Aladdinsane, Halloween Jack, The Thin White Duke, o período de Berlim (com Iggy Pop e Brian Eno), ou palhaço branco de “Scary Monsters”.
Mas mesmo se eu não estou aqui para dissertar sobre Bowie, foi graças a ele – enquanto tema de artigo, como prova -, que fui contrato como jornalista musical pelo Télémoustique nos anos 80... 

E já que estávamos falando de clips, eu fui, particularmente, seduzido pela homenagem prestada por Lady Gaga no 58° Grammy’s awards, que, em 7 minutos, conseguiu mostrar a essência e a força criativa do Camaleão...Mas já é hora de partir, que outras maravilhas musicais me esperam (digamos que sou eu quem está à espera delas) no Brasil. Foi só um parêntese pessoal que queria compartilhar... 
 

jeudi 18 février 2016

Deux semaines en Europe où Bowie s’est mêlé à l’écoute de Climachauska, Ana Cláudia Lomelino, et Wilson Das Neves


Aujourd’hui…Et oui, le temps passe vite à certaine occasion, et l’heure de refaire ses bagages a sonné pour retourner à São Paulo. Une semaine dédiée à une intervention chirurgicale bénigne, plus une semaine de grippe, et quelques jours pour des affaires d’ordre personnel, et on s’apprête déjà à quitter le sol belge gelé (mais un froid qui me manquait!) pour la chaleur sêche et l’air polluée de la mégapole brésilienne.
Est-ce à dire que je ne me suis pas occupé du site
Tropicalia MPB? Que nenni!
Ceux que travaillent sur des blogs et des sites divers savent que le temps de maintenance de ceux-ci est plus important dans leurs coulisses, qu’il n’y paraît quand vous le visiter. 



Et puis, on profite pour rajeunir son notebook, qui parfois semble avoir une vie indépendante de votre volonté! Depuis le dernier post du présent blog, il y eut la première chronique de 2016: l’album de Eduardo Climachauska; le début d’une rubrique, “Bioclips”, pour présenter un peu plus simplement – pour les non-brésiliens principalement - , une biographie courte basée sur un ou deux clips de qualité sonore acceptable (ce fut le cas de Ana Cláudia Lomelino et Wilson Das Neves); une galerie de photos supplémentaire (celle de juillet 2014, on va tenter de se mettre à jour le plus vite possible) et, hélas, un podcast que je n’ai pas eu le temps de mettre en ligne, à moins qu’avec un dernier coup de rein…. 






Claudia Lomelino (pochette du disque "Maeana")





 Ces jours passés à Bruxelles furent surtout marqués par le décès de David Bowie, qui nous a quitté un peu trop tôt à mon goût (69 ans), et qui, rien que pour nous emm…contrarier, nous sort un album qu’on espérait plus, “The Black Star” (2016), surtout quand on fut un fan de l’oeuvre de l’artiste anglais, jusqu’à “Scary Monsters” (1980).
Car oui, “fan” (même un peu excessif), je le fus, jusqu’à parcourir quelques capitales d’Europe pour chercher des pièces rares ou des albums pirates. Depuis “Let’s dance” (1983), ce que Bowie a produit m’a peu ou ne m'a plus intéressé, à part “Outside” (1995) et, contrairement à ce qu'en dit la critique en général, l’album “Hours” (1999). Mais ce fut l’occasion d’essayer d’étudier le pourquoi de ce génie qui n’arrive plus à la hauteur de son oeuvre des premières véritables années de créations. Et c’est là que l’on découvre que l’on a vu ou jugé l’artiste sous un mauvais angle, comme une entitée sur cinq décennies. C'était une erreur. 

Bowie l’avouait lui-même, il avait besoin de “Let’s dance”, pour raison d’argent, et avoué que la décennie des 80’s était à oublier avec “Tonight" (1984), et “Never let me down” (1987), deux disques indigestes.
À partir de “Black tie white noise” (1993), on a affaire à un autre artiste, ou simplement à un David Bowie sans maquillage, mais toujours l’esprit inquiet. Ainsi, j’ai délibérement écouté le reste de son oeuvre à partir de cet album de 1993 (incluant l'épisode Tin Machine) et pas une minute de ce qu’il avait produit entre 1970 et 80, pour constater que sa production jusqu’à “The Blackstar”, valait bien plus que je ne me l’étais imaginée, ayant été hypnotisé par Ziggy, Aladdinsane, The Thin White Duke, la période berlinoise, et le clown blanc de “Scary Monsters”

Mais si je ne suis pas ici pour disserter sur Bowie, mais c’est aussi grâce à lui - en tant que thème d’article -, que je fus engagé au Télémoustique dans les années 80’s… Et puisqu’on parlait de clips, j’ai paticulièrement été séduit par l’hommage rendu par Lady Gaga aux 58ème Grammy’s awards, qui en 7 minutes à réussi à rendre l’essence et la force créatrice du Caméléon… Mais il est l’heure, et d’autres merveilles musicales m’attendent (disons plutôt que je les attends) au Brésil…

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.