jeudi 25 février 2010

En écoute aujourd’hui : Ludov et Numismata.

Ludov, emmené par la chanteuse Vanessa Krongold.

Au final, il m’aura encore manqué quelques disques bien côtés par la critique pour clore le dossier des productions 2009. Je pense à certains groupes de la scène indépendante comme Cidadão Instigado ou Ronei Jorge e os ladrões de bicicletas. Cependant, quelques belles surprises me sont encore arrivées par courrier, récemment, et comme la saison des nouvelles sorties ne prendra son rythme de croisières qu’à partir de cette période post carnaval, je me permets de rendre compte ici de quelques productions encore estampillées de l’année dernière.

Il a été écrit sur ce blog que le souffle de la modernité non gratuite nous est venu de São Paulo en 2009.
Deux albums que je reçois donc un peu tardivement ne font que confirmer ce constat : « Caligrafia » de Ludov, et « Chorume » de Numismata.
Trop rapidement, on aurait tendance à classifier ces groupes pauliste dans la catégorie pop/ rock alternatif, mais ce serait en réalité bien réducteur.

Ludov m’avait déjà beaucoup intéressé à l'écoute des deux premiers albums, « O Exercicio das pequenas coisas » (2005) et « Disco paralelo » (2007), et seul un problème indépendant de ma volonté me fit manqué le rendez-vous que le groupe m’avait donné dans un bar de São Paulo pour une interview (en réalité le manque de professionnalisme du manager d’une autre chanteuse, enfin bref…).

« Caligrafia » (2009), leur troisième album, confirme le talent du quatuor emmené par la très bonne chanteuse, Vanessa Krongold.
Sous des aspects de pop teenage, le groupe délivre des compositions efficaces et parfois surprenantes. Derrière celles-ci, on trouve les signatures de Mauro Motoki (voix et guitare) et Habacuque Lima (basse), auteurs des 12 titres de l’album (plus 7 que l’on trouve sur le web).
Notre voyage est une bossa pop délicieuse, Mecanismo ressemble à une toada portugaise, tandis que Magnética résonne d’une atmosphère presque médiévale. Ceci entre des chansons plus enlevées et accrocheuses comme Luta livre et Vinte por cento, qui ouvrent l’album.
Dans « Caligrafia », sous des dehors légers, Ludov produit sans nul doute une musique consistante et bien pensée.


Plus difficile encore à cerner (et très différent aussi), les six membres de Numismata brouillent les pistes tout au long de « Chorume » comme ils le faisaient déjà sur leur premier album « Brazilians on the moon » (2003).
Pour seul exemple, le passage de Tanta saudade (un pop rock assez classique) à Anhanguera (une samba légère) a de quoi déconcerter.
On pense bien sûr à Los Hermanos qui ne se gênait pas pour mélanger le rock avec divers rythmes latins et le bal musette, mais aussi à Romulo Fróes qui, dans son excellent double album « O Chão sem o chão » (2009), alternait la quintessence de la samba et du rock alternatif.
Todo o céu e essas pequenas coisas qui ouvre l’album, évoque Pink Floyd, tandis que plus loin, Viralatas nous plonge dans une ambiance jazz. La chanson A vida como ela é nous entraîne, quant à elle, dans un frevo échevelé entonné par Maria Alcina, invitée sur plusieurs titres par les membres du groupe.
Et a ce propos, nous avons affaire à six musiciens techniquement très affinés, qui démontrent une belle aisance quel que soit le style abordé. Mention spéciale aussi pour Prejuízo, une samba rock chantée par Luiz Melodia, autre guest de l’album.
« Chorume » est un disque étonnant, et surtout réjouissant, pointé à juste par plusieurs critiques spécialisés, comme l’une des bonnes plaques de l’année écoulée…
Plus bas, vidéos de Ludov: "Mécanismo" et Reprise"
Musiques de l'album "Chorume" de Numismata sur leur page MYSPACE

Numismata, seis musicos afinados (além de bem humorados!)

Escutando hoje : Ludov e Numismata.

No final das contas, eu deixei passar alguns discos bem cotados pela crítica ao concluir o dossiê das produções de 2009. Eu penso em certos grupos da cena independente, como Cidadão Instigado ou Ronei Jorge e os ladrões de bicicletas. No entanto, algumas belas surpresas ainda me chegaram pelo correio recentemente, e como a temporada de novos lançamentos não entrará em vôo de cruzeiro até um certo período pós carnaval, eu me permito dar conta aqui de algumas produções ainda com o rótulo do ano passado.

Já foi escrito nesse blog que o sopro da modernidade não gratuita nos veio de São Paulo em 2009.
Dois álbuns que eu recebi agora, um pouco tardiamente, vêm a confirmar essa constatação : « Caligrafia », do grupo Ludov , e « Chorume », do Numismata.
Rápido demais, tenderíamos a classificar esses grupos paulistas na categoria pop/ rock alternativo, mas isso na realidade seria algo bem reducionista.

Ludov já havia me chamado a atenção através de seus dois primeiros álbuns- « O Exercício das pequenas coisas » (2005) e « Disco paralelo » (2007)- mas por um problema alheio à minha vontade, tinha perdido um encontro com o grupo num bar de São Paulo para uma entrevista (na verdade, o problema foi causado pela falta de profissionalismo do agente de uma outra cantora, em resumo…).

« Caligrafia » (2009), o terceiro álbum da banda, confirma o talento do quarteto liderado pela excelente cantora Vanessa Krongold.
Sob contornos de pop « teenage », o grupo apresenta composições eficientes e por vezes surpreendentes. Por trás dessas últimas, encontramos as assinaturas de Mauro Motoki (voz e guitarra) e Habacuque Lima (baixo), autores de 12 títulos do álbum (mais 7 que podem ser encontrados na web).
Notre voyage é uma bossa pop deliciosa ; Mecanismo assemelha-se a uma toada portuguesa, assim como Magnética ressoa a partir de uma atmosfera quase medieval. Essas estão dentre as canções mais enlevadas e engajadoras, como Luta livre e Vinte por cento, que abrem o álbum.
Em « Caligrafia », sob numa roupagem leve, o Ludov produz sem sombra de dúvida uma música consistente e bem pensada.

Mais difícil ainda de se chegar a seu âmago (e também muito diferente), os seis membros do Numismata surpreendem faixas após faixas, ao longo de « Chorume » como assim o já fizeram em seu primeiro álbum « Brazilians on the moon » (2003).
A título de exemplo, a passagem de Tanta saudade (um pop rock bastante clássico) a Anhanguera (um samba ligeiro) tem algo de desconcertante.
Pensamos certamente em Los Hermanos, que não se incomodava em misturar o rock com diversos ritmos latinos ; mas também em Romulo Froes que, em seu excelente álbum duplo « O Chão sem o chão » (2009), alterna a quintessência do samba com o rock alternativo.
Todo o céu e essas pequenas coisas, que abre o álbum, evoca o Pink Floyd e, mais à frente no disco, Viralatas nos introduz numa ambiência jazz. A canção A vida como ela é nos leva a um frevo descabelado entoado por Maria Alcina, convidada pelos membros do grupo para vários títulos.
E a propósito, nos referimos aqui a seis músicos tecnicamente muito afinados, que demonstram uma boa desenvoltura qualquer que seja o estilo abordado. Menção especial também para Prejuízo, um samba rock cantado por Luiz Melodia, outro convidado do álbum.
« Chorume » é um disco surpreendente, e sobretudo revigorante, apontado com razão por vários críticos especializados como uma das boas placas do ano que passou...
(musicas do disco "Chorume" na página MYSPACE da banda)

Aucun commentaire:

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.