mardi 25 mai 2010

24/05 : Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra.

Scandurra e Antunes, Teatro dos 4, Gavéa-RJ- (foto Daniel A.)

(texte français plus bas, texto português traduzido do francês)

O risco que se corre, quando se volta ao Brasil depois de seis meses, é o de rever as mesmas tournées. Esse foi o caso, dessa vez, com referência a Ana Carolina (« N9ve ») e Nando Reis (« Drês ») ; no entanto, no caso desse último, com muito prazer.
Felizmente, após ter visto Arnaldo Antunes no show « Iê Iê Iê » em outubro de 2009 no Sesc Pompéia de São Paulo (um grande momento, diga se de pasagem..), eu tive a oportunidade de rever o eterno e único « punk concretista » sob nova fórmula no Teatro dos 4, no Shopping da Gávea, de volta ao Rio no início dessa semana.

Edgar Escandura, tirando mil sons das suas guitaras (foto Daniel A.)

Numa apresentação previamente anunciada de 15 títulos, Arnaldo expressou-se de forma intimista nessa terça, 24 de maio, com Edgar Scandurra, o « guitar hero » canhoto brasileiro (ex-Ira !), num espetáculo que o duo iniciou há cerca de dois anos.
Em 2007, em seu dvd « Ao vivo no estúdio », Antunes já havia convidado Scandurra para uma participação especial em Judiaria (Lupicínio Rodrigues), numa versão que prenunciava a fórmula observada na noite dessa segunda feira passada. De um lado, um Arnaldo igual a si mesmo, como um títere desarticulado com voz cortante e taciturna ; do outro, um Edgar em estado de experimentação delirante de sua guitarra, fazendo uso de seus pedais de distorção e outros efeitos diversos, o que ele faz com engenhosidade e virtuosismo. E o público (algo em torno de 400 pessoas), regalando-se com as versões de Lugar comun (João Donato/ Gilberto Gil), Buraco do espelho (Antunes), O Nome disso (Antunes/ Scandurra), Música pra ouvir (Antunes), ou a versão em português (tradução literal) de Elisa, de Serge Gainsbourg (1928-1991) –que teve, essa última, uma recepção particularmente entusiasmada. Visivelmente, a letra sutilmente subversiva de « l’homme à la tête de choux » (apelido do Gainsbourg devido ao título dum disco seu) ultrapassa a barreira dos idiomas...
Um show de pouco mais de uma hora, mas não foi necessário mais do que isso para que saíssemos todos do teatro de bom humor e mais do que satisfeito…

Em vídeo (repartidos entre os textos em francês e em português) :
« Judiaria » (Lupicínio Rodrigues) , « Elisa » (vídeo amador)-(Serge Gainsboug / vers. Antunes), e Elisa, versão original do Gainsbourg.

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