mercredi 16 juin 2010

Elza Soares e Alex Ribeiro, 09/06, Teatro Rival.

Alex Ribeiro, Elza Soares e BNegao, no palco do Rival (foto Daniel A.)

(texte français plus bas, texto português traduzido do francês)


É com um certo atraso que eu reporto a vocês aqui algumas fotos do último show ao qual eu pude assistir no Brasil, no Teatro Rival, no Centro do Rio de Janeiro. Ele reuniu, na data de 9 de junho, Elza Soares e Alex Ribeiro em « No divã com a Diva ».
Esse espetáculo funcionou como um duplo golpe de mestre...
Ao lado desse monumento do samba que é Elza Soares, foi a oportunidade de apresentar ao público Alex Ribeiro, filho do grande cantor e sambista Roberto Ribeiro (1940-1996). Ensejados pela mesma ocasião, relembraram o álbum « Suor, sangue e raça » (1972), que Elza gravou com esse mesmo Roberto Ribeiro –então debutante na música, depois de uma carreira no futebol profissional.
De volta a Bruxelas, por esses últimos dias, eu me debrucei sobre meus arquivos a fim de desencavar esse excelente disco, que me faz recordar o excelente intérprete cheio de swing e de classe que foi Roberto Ribeiro.

O repertório de « Suor, sangue e raça » foi então o ponto de partida desse show, dividido entre canções e conversas entre seus dois protagonistas. Esse formato de « show homenagem » –bastante comum no Brasil- é capaz de criar um clima descontraído ; porém, corre também o risco de quebrar o ritmo do espetáculo e de se estender em elogios e redundâncias convenientes às partes... Como foi o caso aqui.
Apesar de tudo, meu prazer mesmo foi o de reencontrar uma Elza Soares em boa forma vocal, sem grande exagero. Já Alex Ribeiro, por sua vez, não possui certamente o carisma de seu pai, mas cumpre seu papel razoavelmente, auxiliado fortemente por um grupo de dex músicos de primeira linha.
Pelo meio da apresentação, surge como convidado o imponente funk rapper BNegão (ex-Planet Hemp), que energizou um pouco o ambiente, no qual Elza se sentia bem mais à vontade do que Alex, esse não muito inserido ali em seu universo.

BNegão e Elza (Foto Daniel A.)

A diva se entrega ao backing de (Funk) Até o caroço, antes de dar tudo visceralmente em A Carne (Seu Jorge / Marcelo Yuca / Ulisses Cappelletti), um clássico de seu repertório.
E como bis, é o público inteiro que se levanta para entoar Líder dos templários e Todo menino é um rei (essa última, hit de Roberto Ribeiro), em homenagem a São Jorge.
Para os curiosos, eu apresentarei o álbum « Suor, sangue e raça » na próxima transmissão do programa Tropicália, a de número 57... Para bom entendedor, e curtidor...

Aucun commentaire:

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.