mardi 20 juillet 2010

« Muito pouco » : Moska no Teatro Municipal de Niterói.

Moska no TMN, 18/07 (foto Daniel A.)

(texte français plus bas, texto português traduzido do francês)

O acaso que conduziu bem os fatos, a partir da recente crônica postada aqui sobre os dois álbuns de Moska -« Muito » e « Pouco »- acabou por me levar a conferir aquele que colocou em cena o novo repertório de seu duplo projeto cd em cena.
O artista iniciou sua nova tounée nos dias 17, sexta, e 18, sábado, agora em julho, no Teatro Municipal de Niterói, esse magnífico pequeno teatro tradicional que merece a travessia da ponte de uns quinze quilômetros –a famosa Rio-Niterói- que liga esses dois municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Moska convidao por Casuarina em 2008, no CCC (foto Daniel A.)

Depois do lançamento de seu último álbum, « Tudo novo de novo » (2004), eu tive a oportunidade de entrevistar por duas vezes Paulinho Moska, e de vê-lo em cena participando de projetos bem diferentes : bem rock, revisitando seu (bastante incomum) primeiro álbum solo, em companhia de Rodrigo Santos, no terceiro andar da finada « Letras & Expressões », em 2008 ; bem samba, convidado pelo Casuarina, no Centro Cultural Carioca ; e sobretudo no projeto « Tem Moska no samba », que ele conduziu por bastante tempo através de diversos espaços, junto com o flautista e saxofonista Eduardo Neves.

E depois disso tudo, naturalmente, Moska tornou-se guardião do patrimônio da MPB moderna através de « Zoombido », seu programa de entrevistas via Canal Brasil, que já contabiliza mais de 130 edições ; e são tantos os artistas e encontros que Moska deseja relembrar nesse seu novo show, que ele qualifica a si mesmo de « fotografia desses últimos seis anos ».
Os encontros que o puseram em contato com diversos artistas do continente sulamericano aos quais ele presta homenagem, surgem perto da metade do espetáculo, quando ele interpreta uma sequência de parcerias, como Idade do Céu (Jorge Drexler), Nuvem (Nano Stern/ Moska), e Waiting for the sun to shine (Moska/ Kevin Johansen).

Moska, TMN, 18/07 (foto Daniel A.)

Como a maioria dos artistas que vieram dos palcos (ele fez parte de troupes teatrais e foi membro do grupo performático Inimigos do Rei, nos anos 80), Moska revela um grande desembaraço cênico, o que prende rapidamente a atenção do público.
Se por um lado eu continuo ainda meio dividido acerca do conteúdo dos dois álbuns ( preferindo de longe « Pouco » a « Muito »), por outro, reconheço que os repertórios de ambos se fundem em cena numa osmose de pop inteligente e sutil.
E muitos dos títulos ganham em intensidade ao vivo, como o blues Provavelmente você (Moska), e a bela Saudade (canção já oferecida a Bethânia por Chico Cesar e Moska), nas quais o cantor demonstra sua grande habilidade vocal.
Entre uma canção e outra, o carioca vai reconhecer alguns de seus antigos sucessos, que o pianista Sacha Amback e o violonista Daniel Lopes revisitam com uma nova roupagem instrumental : A Seta e o alvo, Pensando em você, Lágrimas de diamante, Admito que perdi, e, como não podia deixar de ser, O Último dia, que fecha o espetáculo em meio a ecos apocalípticos.

Zélia Duncan e Moska: "Sinto encanto" no bis (foto Daniel A.)

Se ele fala frequentemente em reencontros, aquele com Zélia Duncan, durante o bis, foi mais surpreendente do que o esperado pelo público, que havia entrevisto a cantora na platéia do Teatro.
Em resumo : nesse último fim de semana, Moska deu a largada para uma tournée que será certamente longa, e que, indubitavelmente,
ainda vai crescer em densidade com o tempo. Mas aqueles que já a provaram, com certeza também já a amaram...

1 commentaire:

OLHAR CIDADÃO a dit…

Daniel

boa tarde

No Brasil hoje comemoramos o dia do amigo. Passei aqui para te dar um abraço.

Parabéns pelo blog e bom gosto musical.

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.