jeudi 6 janvier 2011

Entre o Natal e o Ano Novo : Davi Moraes, Época de Ouro, Nicolas Krassik e Fino Coletivo.

Nicolas Krassik, convidado do Conjunto Epoca de Ouro (foto Daniel A.)

-texte français plus bas. -texto português traduzido do francês, com videos diferentes…

Como reza a tradição, a noite de Natal se celebra em família no Brasil, como em todo e qualquer lugar mundo afora...
Mas para as almas distantes de seus lares, ela se transforma numa pequena festa como aquela para a qual eu fui convidado no bairro do Leblon (zona sul do Rio).
Um punhado de cariocas, oriundos principalmente do mundo artístico, fizeram a gentileza de convidar um belga para sua mesa a fim de brindar o último 24 de dezembro, em torno do tradicional peru.


Entre os convivas, Davi Moraes –filho do « novo baiano » Moraes Moreira- cantor, compositor e guitarrista que acompanha, dentre outros, Caetano Veloso, Marisa Monte, Vanessa da Mata, Ivete Sangalo (com a qual ele foi casado por dois anos) e ainda Adriana Calcanhotto, a quem ele ainda acompanhará em 2011 em função da tournée que a cantora –que deixará de lado sua fantasia de Partimpim- iniciará para divulgar seu novo álbum, a ser lançado.
Davi já lançou ele mesmo dois álbuns de sua própria autoria : o muito bom « Papo macaco » (2003) e « Oxixá mutante » (2004).
E onde quer que haja um músico, lá também haverá sempre um violão por perto, para que a festa termine com um pequeno sarau, durante o qual Davi (na foto em cima, tirada de um celular) nos mostrou Centro da saudade : título que ele compôs em parceria com Pedro Baby e Carlinhos Brown, e que abre o bom álbum « Diminuto », do Tribalista…

Jorginho do Pandeiro, à direita, Teatro Rival (foto Daniel A.)

Entre as duas festas– Natal e Ano Novo- aconteceram alguns pequenos shows interessantes na cidade, como o do Conjunto Época de Ouro no Teatro Rival, um dos grupos mais significativos da história do Chorinho.
Esse grupo, criado pelo Mestre Jacob do Bandolin en 1964 (numa época em que a Bossa Nova e a Bossa Jazz reinavam absolutas), antes do falecimento do grande músico, em 1969, deu uma primeira parada em suas atividades a partir desse evento. Sob a iniciativa de Paulinho da Viola e Sérgio Cabral, o Época de Ouro retornou ainda melhor em 1973.
O espetáculo do Rival foi a oportunidade de festejar os 80 anos de seu mais antigo membro vivo : Jorginho do Pandeiro, com uma apresentação alternando músicas e entrevistas com o músico homenageado.
Entre os convidados da noite, o excelente violinista francês Nicolas Krassik (foto na cabeça do post), que já faz alguns anos encontrou um lugar ao sol no mundo do samba, do chorinho, e das músicas do Nordeste que transitam na efervescência do bairro da Lapa.
Esse parisiense vindo do jazz, muito cortejado, já tocou com ícones tais como Yamandú Costa, Beth Carvalho, João Bosco, Marisa Monte, Marco Pereira, Paulo Sérgio Santos, Henrique Cazes, Zé Carlos Bigorna, Hamilton de Holanda, Carlos Malta, Chico Chagas, Maria Teresa Madeira, Zé da Velha, Silvério Pontes, etc., etc., ...

Alvinho Lancellotti, liderando o Fino Coletivo, Copacabana, 31/12 (foto Daniel A.)

Aqueles que se viram afogados em meio aos dois milhões de pessoas que resolveram assistir à queima dos fogos de artifício à meia noite do dia 31 de dezembro na Praia de Copacabana, puderam, de uma só feita, assistir aos shows de Alcione, Daniela Mercury e Zeca Pagodinho.
Menos corajoso do que esses festeiros radicais, eu me plantei lá em torno das 19 horas, para ver o show do Fino Coletivo, habitué do Programa Tropicália, e que tocou para uma assistência ainda pouco numerosa àquela hora da noite.
Esse grupo de músicos, liderados por Adriano Siri e Alvinho Lancellotti, pratica um samba funk diabolicamente eficiente, que rendeu inclusive dois excelentes discos : « Fino Coletivo » (2007) e « Copacabana » (2010).
Tendo eu então sorvido minha dose musical naquela noite de réveillon, deixei a praia que começava a ser invadida por ondas humanas, floridas e vestidas de branco, para homenagear Yemanjá…

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