Retour en direct sur la musique : du 07 au 09/ 10.

Mariana Aydar, au Canecão, 07/10 (photo Daniel A.)

(Texte français, texto português traduzido do francês)

Je vis dans un pays où il pleut régulièrement, comme dans toutes régions du nord de l’Europe. Et il semblerait bien qu’il existe une « culture » de la pluie. Une culture qui nous rend capable de gérer cet élément, que Rio de Janeiro semble avoir beaucoup de mal à administrer. Il va pourtant bien falloir s’y mettre, si la « cidade maravilhosa » veut briller aux yeux du monde en 2016, quand elle recevra fièrement les jeux olympiques. Car je dis : il y a du boulot !
Des fidèles lecteurs de ce blog m’ont fait remarquer mon humeur bougonne face au temps maussade, lors de mon arrivée au Brésil, le 29 septembre dernier. Ceci au lieu de me réjouir d’être au pays qui avive mes passions…Et ils avaient raison ! Cependant, quand une ville, suite à de fortes averses, certes, ferme un aéroport domestique, et n’utilise qu’une seule piste de son aéroport international, je dis qu’il y a un fameux problème ! En 2016, cela fera tache. Ceci sans compter d’autres paralysies qui ont fait que je n’ai pas tenu à jour ce journal de voyage comme je le désirais.
Ce n’est pas sans un certain soulagement que j’ai donc débarquer ce samedi 10 octobre, à São Paulo, « terra da garoa » (la terre de la bruine) comme me l’écrivait la chanteuse Verônica Ferriani.
Depuis le programme radiophonique de Frejat, il y eut l’excellent concert de Mariana Aydar au Canecão (photo ci dessus), qui s’affirme comme une diva incontestable, malgré l'opinion frileuse de certains faiseurs d’opinions cariocas. La jeune paulista possède déjà une carrure vocale impressionnante qui ne laisse planer aucun doute sur son avenir. Ses capacités et sa présence scénique, parfois viscérale, lui ouvrent des chemins moins conventionnels que la plupart des chanteuse orientées vers la samba. J’y reviendrai en fin de voyage, tout comme sur ma rencontre avec Zélia Duncan dans un studio d’enregistrement du Jardim Botanico.

Zélia Duncan (photo Daniel A.)

Hier, vendredi 9 octobre, pour les raisons invoquées en début de texte, mon inteview de la jeune chanteuse paulista Tiê (déjà présentée dans mon programme Tropicália) ainsi que le show de celle-ci, furent annulés, et je ne pus me rendre, hélas, au concert de Céu au Circo Voador, ni même d’Aline Calixto au Théâtre Odisséia de Lapa. Ce matin, il fallait se lever tôt, pour arriver…tard, dans la capitale paulista.

Cela paraîtra sans doute paradoxale, mais cette semaine dans la troisième ville la plus peuplée du monde, m’apparaît soudainement comme quelques jours de paix et de tranquilité. Une illusion sans doute…Quelques rencontres m’y attendent, et au niveau des concerts, entre Arnaldo Antunes, Skank, Paula Toller, Arrigo Barnabé, et d’autres projets musicaux, je n’aurai que l’embarras du choix. Rio attendra bien quelques jours...

Eu vivo num país onde chove regularmente, assim como em todas as regiões do norte da Europa. E parece que existe mesmo uma « cultura » da chuva. Uma cultura que nos torna capazes de gerenciar esse elemento da natureza ; coisa que o Rio, por sua vez, vem administrando muito mal.
É preciso sem dúvida que esse problema seja atacado, se a Cidade maravilhosa quiser brilhar aos olhos do mundo em 2016, quando sediará orgulhosamente os Jogos Olímpicos. E eu digo : tem ainda muito trabalho para ser feito ! Os fiéis leitores desse blog puderam observar meu humor rabugento a respeito do tempo chuvoso, na minha chegada ao Brasil, em 29 de setembro último. Isso ao invés de eu me alegrar por estar no país que reacende minhas paixões... E eles tinham razão ! Porém, quando uma cidade, por causa de um forte temporal – forte mesmo, com certeza - fecha um aeroporto doméstico, e não utlisa mais do que uma única pista de seu aeroporto internacional, eu afirmo que há un grave problema ! Em 2016, isso será um ponto entre tantos... E sem calcular as outras interrupções que aconteceram, e que eu não comentei como pretendia no diário de bordo dessa viagem.
É então com um certo alívio, confesso, que eu finalmente desembarco sábado, 10 de outubro, em São Paulo, « terra da garoa », como me escreveu a cantora Veronica Ferriani.
Depois do programa de rádio aberto ao público com Frejat, houve o excelente show de Mariana Aydar no Canecão (foto acima), que se firma como uma diva incontestável, a despeito da frieza de alguns formadores de opinião cariocas. A jovem paulista já possui uma envergadura vocal impressionante, que não deixa dúvida alguma acerca de seu futuro. Suas capacidades e sua presença cênica, por vezes visceral, abrem caminhos menos convencionais do que a maioria das cantoras orientadas no samba têm. Contarei mais sobre esse show no final dessa viagem, assim como do meu encontro com Zélia Duncan (foto acima), num estúdio de gravação no Jardim Botânico.
Sexta 9 de outubro, pelas razões invocadas no início do post, minha entrevista com a jovem cantora paulista Tiê (já apresentada em meu programa Tropicália), bem como o show da própria, foram cancelados ; e eu não pude me redirecionar, infelizmente, nem ao concerto de Céu, no Circo Voador, e nem mesmo ao de Aline Calixto no Teatro Odisséia, na Lapa. Nessa manhã de sábado, foi necessário levantar cedo, para chegar... tarde, na capital paulista.
Isso parecerá paradoxal, com certeza, mas essa semana na terceira cidade mais populosa do mundo de repente me acena com alguns poucos dias de paz e de tranquilidade. Uma ilusão, sem dúvida...
Algumas entrevistas me aguardam, bem como shows, dentre os quais os de Arnaldo Antunes, Skank, Paula Toller, e Arrigo Barnabé... além de outros projetos musicais... E eu certamente não enfrentarei dificuldades de escolha...
To be continued...