vendredi 5 février 2010

En images aujourd’hui : Rita Ribeiro.

Rita Ribeiro, tel qu'elle apparaît dans le show "Tecnomacumba"

(texte français, texto português traduzido do francês)

Le moins que l’on puisse dire, c’est que « Tecnomacumba » aura été le projet d’une décennie pour la chanteuse Rita Ribeiro. Pour ne pas dire le projet clé de sa carrière.
Ce concept germa dans la tête de cette artiste du Maranhão, alors que sa discographie comptait déjà les trois bons albums : « Rita Ribeiro » (1997), « Pérolas aos povos » (1999), et « Comigo » (2001).
Je connaissais très bien ces disques quand, en 2004, je pus assister à "Tecnomacumba" au Théâtre Rival de Rio de Janeiro. Un show que l’on peut trouvé maintenant –un peu tardivement- en dvd.
Le souvenir qui me reste en mémoire est celle d’un grand souffle intense. Le souffle d’une lumière incandescente et celui d’un son puissant auquel -je dois l’avouer- je ne m’attendais pas.
Le projet de « Tecnomacumba » consistait à réunir un répertoire centré sur les diverses manifestations du syncrétisme religieux afro-brésilien, et de lui insuffler une pulsion résolument moderne. En fait de Techno-Macumba, il serait plus juste de parler de Rock-macumba.
Comme l’explique très bien Rita Ribeiro dans le making of du dvd, sa volonté fut d’associer le tambour -instrument né de la nuit des temps- avec la modernité de la musique électronique, et ceci dans une transe finalement commune aux « rave parties » et aux manifestations du Candomblé …
En cela, le dvd ne rend que partiellement la force extrême du spectacle, mais il se justifie par l’aspect extrêmement visuel de la représentation.
Après trois ans de voyage avec ce show sur les scènes brésiliennes, Rita Ribeiro lança d’abord l’album enregistré en studio sur le label Biscoito Fino en 2006, et seulement maintenant, le projet se voit immortalisé en dvd .
Quoiqu’il en soit, outre un brillant moment musical, le show revêt, sous une lumière nouvelle, un caractère anthropologique social et culturel. Quand on peut joindre l’agréable à l’éducatif, on est comblé…

RITA RIBEIRO : « Tecnomacumba, a tempo e ao vivo » : un grand nombres d’Orixás sont invoqués (ou évoqués) dans ce répertoire capté au Vivo Rio le 3 juillet 2009: Xangô, Iansá, Oxalá, Oxum, Ogum, Iemanja, Oxossi, Exu... Certains prennent corps au travers quelques danseurs, fichés des attributs propres à chacun d’entre eux, mais tous sont présents dans les chansons empruntées aux répertoires de Jorge Benjor, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zeca Baleiro (qui a toujours été aux côtés de la chanteuse comme producteur ou compositeur), Dorival Caymmi, Wilson Moreira, Nei Lopes et quelques autres, dont la chanteuse elle-même.

Invités: Maria Bethânia sur Iansá (Caetano Veloso/ Gilberto Gil)
Extras : Making of et témoignages de Ney Matogrosso, Alcione (autre célèbre « maranhense »), Bethânia
En titre bonus : Canto para Oxalá (Rita Ribeiro)

Rita Ribeiro, aqui durante o projeto
"Três meninas do Brasil" (foto Daniel A.)


Hoje em imagens : Rita Ribeiro.

O mínimo que se poderá dizer de « Tecnomacumba » é que terá sido o projeto de uma década da cantora Rita Ribeiro. Para não dizer que é o projeto-chave de sua carreira. Essa concepção começou a germinar na cabeça dessa artista do Maranhão quando sua discografia já contava os três bons álbuns : « Rita Ribeiro » (1997), « Pérolas aos povos » (1999), e « Comigo » (2001).
Eu já conhecia muito bem esses discos, quando em 2004, fui ao Teatro Rival do Rio de Janeiro para assistir a esse show, lançado somente agora em dvd.
A lembrança que me resta na memória é a de um sopro intenso. O sopro de uma luz incandescente e de um som poderoso que –devo confessar- eu não esperava testemunhar.
O projeto de « Tecnomacumba » consistiu em reunir um repertório centrado nas diversas manifestações do sincretismo religioso afro-brasileiro, e de nele introduzir uma energia inabalavelmente moderna. No caso de « Techno »-macumba, seria mais adequado falar em « Rock »-macumba.
Como explica muito bem Rita no making of do dvd, sua vontade era a de associar o tambor –instrumento nascido da noite dos tempos- com a modernidade da música eletrônica, num transe afinal comum às « raves » e às manifestações do Candomblé...
Assim sendo, o dvd não exprime mais do que apenas parcialmente a força extrema do show ao vivo, mas ele se justifica pela faceta extremamente visual da representação.
Depois de três anos viajando com « Tecnomacumba » pelos palcos brasileiros, Rita Ribeiro lançou em primeiro lugar o álbum gravado em estúdio pelo selo Biscoito Fino, em 2006, e somente agora o projeto se vê imortalizado em dvd.
Além do mais, paralelamente a um brilhante momento musical, o show reveste-se quase- sob um novo olhar- de um caráter antropológico social e cultural. Quando é possível juntar o agradável ao educativo, chegamos ao auge...

RITA RIBEIRO : « Tecnomacumba - a tempo e ao vivo ». Um grande número de Orixás é evocado (ou invocado?) nesse repertório captado na casa de espetáculos Vivo Rio, em 3 de julho de 2009: Xangô, Iansã, Oxalá, Oxum, Ogum, Iemanjá, Oxóssi, Exú... Alguns tomam corpo através de alguns dançarinos, marcados por atributos próprios a cada um deles, mas todos estão presentes nas canções tomadas emprestado dos repertórios de Jorge Benjor, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zeca Baleiro (que esteve sempre ao lado da cantora, como produtor ou compositor), Dorival Caymmi, Wilson Moreira, Nei Lopes e os de alguns outros, inclusive o da própria cantora.

Convidada : Maria Bethânia, com Iansã (Caetano Veloso/ Gilberto Gil)
Extras : Making of e depoimentos de Ney Matogrosso, Alcione (outra célebre maranhense), Bethânia...
Como título-bônus : Canto para Oxalá (Rita Ribeiro)


Aucun commentaire:

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.