lundi 27 décembre 2010

25 de dezembro às 21h47 : Roberto Carlos celebra o Natal em Copacabana…


-texte français plus bas

19h : Como um rei mago em direção à Estrela de Belém (ver foto), eu parto a tempo, em peregrinação, de Ipanema para Copacabana, a fim de assistir à grande missa de Roberto Carlos, nessa noite de 25 de dezembro de 2010…
Mais do que o show em si, foram a ambientação e algumas cenas presenciadas ao longo do caminho que valeram o deslocamento.

19:25h : Un grupo de jovens dançarinas de « baile funk » encara a maré humana na contra corrente, e bastante carregadas, insultam o velho cantor meloso que os obriga a deixar a praia mais cedo do que o previsto...

19 :45h : Mais longe, o Rap do real de Pedro Luis me vem à mente de repente... Um camelô grita : « fitinha do Rei…Dois reais, dois reais, dois reais, dois reais… »…Um outro, mais esperto, anuncia que está liquidando seu estoque de calendários com a efígie de R.C. : « lembrança do último show grátis da carreira do Rei… » « O último show do Rei ? », assusta-se uma mãe de família apavorada...

20 :25h : na altura da Avenida Atlântica onde o palco foi montado, num quarteirão de clubes de garotas batalhadoras, turistas americanos acompanhados de suas jovens tigresas exóticas se perguntavam em que raio de caldeirão eles foram jogados... E quem é esse homônimo do jogador do Corinthians que fez a alegria do real Real Madrid, não faz tanto tempo assim...

21 :47h:« Quando eu estou aqui, vivendo este momento lindo »Roberto Carlos começa de maneira clássica seu show de Natal, que passa com ligeiro atraso para todos o país através das antenas da TV Globo, mantendo a tradição de seu tradicional espetáculo de final de ano, só que pela primeira vez na Praia de Copacabana….

...foto de um telao...o coraçaozino fofinho do Rei durante Eu te amo...

A despeito de meio milhão de pessoas (menos do que o previsto) que chegavam em ondas impressionantes, próximo à hora fatídica, reinou uma espécie de paz de espírito na orla de Copacabana, imersa num halo de luminosidade azulada.
Naturalmente, o fechamento das vias de acessso principal ao local a partir das 15 :00h, acabou causando uma forte irritação entre os motoristas ; mas esse tipo de megaevento não se produz sem que surjam alguns efeitos colaterais.
Os fãs mais radicais, vindos por vezez dos estados mais remotos do país, já haviam garantido seus lugares desde as primeiras horas da madrugada.
Mas o melhor espaço, no que me diz respeito, ficou a uns cem metros do cantor, perto de um dos muitos telões instalados, em linha de mira com o palco e seu magnífico jogo de cores... Sentado na areia, e ainda desfrutando de uma boa brisa que vinha ao largo...


Bom, naturalmente os espíritos dos rabugentos dirão que o repertório não teve surpresas, ou quase (o que é verdade), e que os convidados egressos do mundo sertanejo -Bruno e Marronne, a bela Paula Fernandes, e o grupo de pagode Exaltasamba- não estavam absolutamente à altura do evento (o que também é verdade). Mas o povo, inclusive eu, receberam aquilo que foram buscar : um show histórico do Rei na Praia de Copacabana, além de gratuito (ou seja, ao preço que seu verdadeiro público pode se permitir pagar), e que teve mesmo seus momentos de emoções.
Passando o show inteiro sentado por causa de um problema nos ligamentos do joelho, Roberto Carlos, em grande forma vocal e gozando de um humor particularmente alegre, mostrou-se muito prolixo entre as canções, elogiando diversas vezes a praia mais bonita do mundo (uma das raras surpresas : sua releitura de Copacabana, de Joao de Barro – o Braguinha) que o recebeu em seu cénario.
E foi sem acanhamento (bom, ou quase...), que eu deixei a praia antes do final (eu ainda tenho dificuldade em escutar seu Jesus Cristo em final de show), com a fitinha comprada a dois reais sobre a qual estava escrito: « fui... »

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