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Enquanto que os « extras » contidos nos dvd’s musicais vinham se mostrando frequentemente mornos e padronizados (making ofs, entrevistas), por outro lado, parece que cada vez mais essa tendência vem se invertendo a ponto de tornar-se uma pauta mais interesssante do que o show em si.
É o caso de « Na cozinha com Scandurra », o bônus apresentado no dvd « Edgard Scandurra ao vivo », que nos mostra um dos mais importantes « guitar heros » da cena brasileira na cozinha de seu restaurante, « Le petit trou », preparando lagostins ao molho de manteiga para seus músicos, convidados daquela noite.
Sobre a preparação desse prato, que Edgard Scandurra nos explica meticulosamente tal qual num programa de culinária, alguns flashes pontuam a biografia do virtuose, que de 1977 até precisamente hoje, sempre manteve um papel importante na cena pop/ rock de São Paulo.
Mas o « porquê » desse post, reside mais sobre a curiosidade acerca do nome do restaurante, que homenageia Serge Gainsbourg (1928-1991), o super cult compositor e poeta francês, quando se relembra nesse 2 de março, na França, através de inúmeros programas especiais, os 20 anos de seu falecimento.
O restaurante « Le petit trou » (cujo nome foi inspirado pela canção Le Poinçonneur des Lilas - O bilheteiro da Estação de Lilas ) é decorado com numerosas fotos de Serge e de Jane Birkin, sua principal musa e companheira. Encontramos ali também trechos de letras de músicas escritas sobre quadros negros, como alguns versos de Aux armes etcaetera – Às Armas etc. – em frente ao qual Scandurra faz uma boa parte de seus depoimentos.
Sobre a preparação desse prato, que Edgard Scandurra nos explica meticulosamente tal qual num programa de culinária, alguns flashes pontuam a biografia do virtuose, que de 1977 até precisamente hoje, sempre manteve um papel importante na cena pop/ rock de São Paulo.
Mas o « porquê » desse post, reside mais sobre a curiosidade acerca do nome do restaurante, que homenageia Serge Gainsbourg (1928-1991), o super cult compositor e poeta francês, quando se relembra nesse 2 de março, na França, através de inúmeros programas especiais, os 20 anos de seu falecimento.
O restaurante « Le petit trou » (cujo nome foi inspirado pela canção Le Poinçonneur des Lilas - O bilheteiro da Estação de Lilas ) é decorado com numerosas fotos de Serge e de Jane Birkin, sua principal musa e companheira. Encontramos ali também trechos de letras de músicas escritas sobre quadros negros, como alguns versos de Aux armes etcaetera – Às Armas etc. – em frente ao qual Scandurra faz uma boa parte de seus depoimentos.
Mas o guitarrista não é um único fã perdido do artista no Brasil. Um grande número de jovens talentos da nova cena de São Paulo (a quem já chamam, conforme eu li, de « novos paulistas ») reclamam para si o uso do esteticismo musical de Gainsbourg.
De fato, muitos novas cantoras possuem esse pequeno traço de voz, como os « não-cantoras » pelos quais o compositor francês français era afeiçoado e para os quais ele veio a escrever : Jane Birkin, Françoise Hardy, Isabelle Adjani, Catherine Deneuve, Brigitte Bardot, e ainda para sua própria filha, com Jane Birkin : Charlotte.
A título de comparação, a paulistana Tié seria bastante representativa desse arquétipo « gainsbouriano ».
De seu lado, Renato Godá faz uso à vontade da imagem decadente do personagem Gainsbarre ; personagem provocador e depravado, criado –num espírito Doutor Jeckill-Mister Hide- pelo próprio Gainsbourg.
Uma influência e um reconhecimento bastante novos então, nascidos com o aparecimento dessa vova onda brasileira que não hesita em utilizar a língua francesa em suas canções (talvez até mesmo de maneira abusiva).
Inúmeros laços estão sendo criados entre a jovem cena paulista (porém também carioca) e a francesa. Basta visitar as páginas desses artistas no Facebook e no Myspace para que a gente possa se convencer disso.
Lembremo-nos nós mesmos também que, no início dos anos sessenta, Gainsbourg foi um dos primeiros chansonniers franceses a compor sobre ritmos latinos dançantes como a salsa, a rumba, o chachacha, e o merengue : ritmos particularmente apreciados por artistas como Nina Becker, Silvia Machete, Cibelle e Tulipa... Porém já colocado em evidência pelo trio « +2 » e Los Hermanos, no começo dos anos 2000.
De qualquer forma, para voltarmos aos talentos culinários de Edgar (que não está geralmente atrás do forno & fogão !), « Le petit trou » será certamente uma curiosodade a ser conferida numa próxima ida a São Paulo. E nesse caso, vai ser excepcionalmente feita para vocês uma crônica culinária aqui nesse blog...
De fato, muitos novas cantoras possuem esse pequeno traço de voz, como os « não-cantoras » pelos quais o compositor francês français era afeiçoado e para os quais ele veio a escrever : Jane Birkin, Françoise Hardy, Isabelle Adjani, Catherine Deneuve, Brigitte Bardot, e ainda para sua própria filha, com Jane Birkin : Charlotte.
A título de comparação, a paulistana Tié seria bastante representativa desse arquétipo « gainsbouriano ».
De seu lado, Renato Godá faz uso à vontade da imagem decadente do personagem Gainsbarre ; personagem provocador e depravado, criado –num espírito Doutor Jeckill-Mister Hide- pelo próprio Gainsbourg.
Uma influência e um reconhecimento bastante novos então, nascidos com o aparecimento dessa vova onda brasileira que não hesita em utilizar a língua francesa em suas canções (talvez até mesmo de maneira abusiva).
Inúmeros laços estão sendo criados entre a jovem cena paulista (porém também carioca) e a francesa. Basta visitar as páginas desses artistas no Facebook e no Myspace para que a gente possa se convencer disso.
Lembremo-nos nós mesmos também que, no início dos anos sessenta, Gainsbourg foi um dos primeiros chansonniers franceses a compor sobre ritmos latinos dançantes como a salsa, a rumba, o chachacha, e o merengue : ritmos particularmente apreciados por artistas como Nina Becker, Silvia Machete, Cibelle e Tulipa... Porém já colocado em evidência pelo trio « +2 » e Los Hermanos, no começo dos anos 2000.
De qualquer forma, para voltarmos aos talentos culinários de Edgar (que não está geralmente atrás do forno & fogão !), « Le petit trou » será certamente uma curiosodade a ser conferida numa próxima ida a São Paulo. E nesse caso, vai ser excepcionalmente feita para vocês uma crônica culinária aqui nesse blog...
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