mardi 13 octobre 2009

11/10 : Hommage à Ataulfo Alves, deuxième partie.

Deuxième soirée hommage avec Ataulfo Jr, Anelis Assumpçao,
Alaide Costa e Maria Alcina

(photo Daniel A.)

(texte français, texto português traduzido do francês)

Un des producteurs du show m’avait averti que, malgré un répertoire sensiblement identique, j’assisterais à un tout autre spectacle pour ce deuxième soir consacré à Ataulfo Alves.
Et pour cause quand on connaît l’exubérance carnavalesque de Maria Alcina, qui se situe à l’extrême opposé de la sensibilité à fleur de peau de la légendaire Alaíde Costa -toutes deux invitées en ce dimanche 11 octobre- on pouvait s’attendre à une sorte de choc thermique musical.
La soirée démarra sur des arrangements plus contemporains pour accompagner Anelis Assumpção -chanteuse, compositrice et percussionniste- fille du pape de l’avant-garde de São Paulo, Itamar Assumpçao (1949-2003). Mais l’hommage retrouva une ambiance plus classique avec les performances d’Alaíde Costa acompagné du grand pianiste André Memhari, et par la suite, de Ataulfo Alves Jr, qui dans un registre « crooner », fit honneur aux compositions de son père.
Bien évidemment la prestation énergique et gentiment irrévérencieuse de Maria Alcina enflamma le théâtre. Comme sur son excellent dernier disque «Confete e serpentina » , elle revisita les classiques d’Ataulfo avec un habillage branché et actuel.
Au final, même si la différence de styles entre les artistes s’avéra plus criante que la veille, le résultat ne s’en trouva que plus enthousiasmant.
Et comme toujours quand il s’agit de musique brésilienne, je reste toujours bluffé de voir comment au final de ce show, tant d’univers se réunissent dans la plus parfaite harmonie.

Um dos produtores do show havia me advertido de que, a despeito de um repertório praticamente idêntico, eu assistiria a um outro espetáculo nessa segunda noite dedicada a Ataulfo Alves.
E em consequência, quando se conhece a exuberância carnavalesca de Maria Alcina, que situa-se no extremo oposto à sensibilidade à flor da pele da lendária Alaíde Costa –ambas convidadas no domingo, dia 11 de outubre- pode-se esperar por uma espécie de « choque térmico » musical.
A noite deu partida através dos arranjos mais contemporâneos para acompanhar Anelis Assumpção –cantora, compositora e percussionista- filha do papa da vanguarda de São Paulo, Itamar Assumpção (1949-2003). Mas a homenagem ganhou uma ambiência mais clássica com as performances de Alaíde Costa, acompanhada do grande pianista André Memhari ; e, subsequentemente, de Ataulfo Alves Jr., que num registro « crooner », honrou as composições de seu pai.
Muito evidentemente a apresentação energética e gentilmente irreverente de Maria Alcina veio a inflamar o teatro. Como em seu excelente último disco «Confete e serpentina », ela revisita os clássicos de Ataulfo com uma roupagem viva e antenada.
No final das contas, mesmo que a diferença de estilos entre os artistas tenha se mostrado mais gritante do que a da véspera, o resultado se revelou mais empolgante.
E como de costume, quando se trata de música brasileira, eu me sinto sempre instigado ao ver, como no final desse show, como universos tão distintos podem reunir-se dentro da mais perfeita harmonia.

Aucun commentaire:

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.