mardi 20 octobre 2009

16/10 : Maria Gadú au Théâtre Rival.

Maria Gadú, Théâtre Rival, 16/10 (photo Daniel A.)

(texte français, texto português traduzido do francês)

Vendredi 16 octobre…Juste le temps d’atterrir à l’aéroport national de Santos Dumont de Rio de Janeiro –en provenance de São Paulo-, et de changer de chemise, et me revoilà sur le chemin du Théâtre Rival au centre ville, pour une des deux représentations par la nouvelle sensation « MPB » de l’année, Maria Gadú.
J’avais acheté mon billet une dizaine de jours à l’avance, et ce ne fut pas une prévoyance inutile. Le théâtre était plein comme un œuf, avec l’aide de pas mal de jeunes actrices et autres mini célébrités de novelas...
J’avais été conquis, sans réserve, par le premier album de Maria, malgré la crainte d’un certain modisme carioca qui ne tarissait pas d’éloges à son égard. Et sa prestation, ce soir-là, n’allait pas démentir le talent pur de la chanteuse et (bonne) compositrice.
Bon...Au niveau du jeu de scène, on se retrouvait au temps des scouts autour d’un feu de camps –Maria restant assise en tailleur tout au long de la représentation-, mais à 22 ans, pour sa première sortie dans un lieu renommé en fin de semaine, elle assura le set sans le moindre signe de fébrilité. La qualité de ses compositions et ses bonnes interprétations suffirent à la magie.
De la même manière dont elle s’était emparée sur l’album d’A História de Lilly Braun (Chico Buarque/ Edu Lobo), elle adapta avec la même audace les classiques Trem das onze d’Adoniran Barbosa et Filosofia de Noel Rosa, aux travers de relectures blues assez brillantes.
En rappel, Maria se transforma même en interprète émouvante -laissant sa guitare sur le côté- dans sa version de Ne me quittes pas de Brel, toujours dans un français (presque) impeccable…Le grand Jacques aurait été surpris…Et aurait aimé !

Pour l’avenir proche, il faudra néanmoins que Maria apprenne à doser sa carrière, et à ne pas se noyer dans le flot d’invitations à divers projets et participations spéciales dont elle est le sujet actuellement. À trop s’exposer, elle se brûlerait les ailes, et ce serait bien triste pour nous…

...durante "Ne me quites pas" de Jacques Brel (foto Daniel A.)

Sexta-feira, 16 de outubro... O tempo exato de aterrisar no aeroporto nacional Santos Dumont do Rio de Janeiro –vindo de São Paulo-, e de trocar de camisa... E lá vou eu de novo a caminho do Teatro Rival, no centro da cidade, para uma das duas apresentações da nova « sensação MPB » do ano : Maria Gadú.
Eu já havia comprado meu ingresso com uns dez dias de antecedência, o que foi mesmo uma medida preventiva muito útil. O Teatro estava completamente lotado, inclusive com muitas mini celebridades de novelas.
Eu já tinha sido conquistado, sem reservas, pelo primeiro álbum de Maria, apesar do receio de tratar-se de mais um modismo carioca que se esvairia depois dos elogios a seu respeito. E sua apresentação, naquela noite, não veio a desmentir o talento puro da cantora e (boa) compositora.
Bom... A nível de jogo de cena, retornamos ao tempo dos escoteiros em volta da fogueira do acampamento –Maria permaneceu sentada de pernas cruzadas ao longo de todo o espetáculo. Porém, aos 22 anos, para sua primeira investida num espaço renomado, num fim de semana, ela « segura o set » sem o menor sinal de nervosismo. A qualidade de suas composições e suas boas interpretações garantem o clima de magia.
Da mesma forma como ela gravou o clássico A História de Lilly Braun (Chico Buarque/ Edu Lobo), ela adaptou no palco, com a mesma audácia, Trem das onze, de Adoniran Barbosa, e Filosofia, de Noel Rosa, através de releituras blues realmente brilhantes. No bis, Maria transforma-se mesmo numa intérprete comovente –deixando seu violão de lado- com sua versão de Ne me quittes pas, de Brel, num francês quase impecável... O grande Jacques teria ficado surpreso... E teria amado !

Num futuro próximo, no entanto, será preciso que Maria aprenda a equilibrar sua carreira, e não se deixar afogar-se no turbilhão de convites para diversos projetos e participações especiais em que ela é o foco atualmente. Ao expor-se demais, Maria Gadú pode chamuscar suas asas, e isso seria muito triste para nós...



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