dimanche 6 juin 2010

04/06, São Paulo : O retorno da extravagante Silvia Machete.

Silvia Machete, Tom Jazz 04/06 (foto Daniel A.)

(texte français plus bas, texto português traduzido do francês)


Aqueles que viram os primeiros shows de Silvia Machete nas pequenas salas de espetáculos do Rio em 2007, trazem guardados na memória os números com bambolês e trapézios, os momentos de comédia sexy, as perucas e as falsas pombas, e se recordam de uma artista que brinca com o público com desenvoltura e bom humor.
Mas desde sua estréia (razão pela qual destaquei seu outro lado acima), foram antes de tudo sua voz (excelente técnica !) e suas composições que chamaram a minha atenção. No mais, o medo de rever os mesmos números de cabaré que ocultariam as novas composições que fazem parte de seu segundo álbum em estúdio, « Extravaganza», com lançamento previsto para julho.
Nesse 4 de junho, no Tom Jazz de São Paulo, Silvia começou o show com um aviso irónico: « Eu tenho uma boa nova... aqueles que nunca me viram antes vão adorar o espetáculo... e outra má... Aqueles que já me viram, vão ver a mesma coisa ! ».
Porém, na realidade, Silvia Machete reequilibrou seu espetáculo, para evitar as críticas.
Houve de fato alguns artifícios de humor já utilizados antes, mas ela se concentrou muito mais em mostrar a boa intérprete que ela sempre foi.

Fabiano Krieger em "guitar hero" carnavalesco...(foto Daniel A.)

Começando com Elegia, de Caetano Veloso, ela engrena com títulos de seu primeiro álbum, « Bomb of love » (Foi ela, Só quero saber de você, 2 hot to be romantic ou Toda bêbada canta), sempre inserindo algumas canções novas : Meu carnaval, Noite torta, O Baixo, Sábado e domingo (essa última de Alberto Continentino e Domenico Lancelotti) ; e ainda Mango tree, tema do filme « Dr. No » (o James Bond de 1962) que a cantora Cibelle –gentilmente ironizada por Silvia- gravou recentemente.

Depois do show, eu não pude me furtar a dar uma olhada na playlist colada no palco, para constatar que no que diz respeito aos covers do show, Silvia –cercada por Fabiano Krieger (guitarra), João di Sabbato (bateria), Roberto Silva (trombone) e Bruno di Lullo (baixo)- decidiu variar seu menu de acordo com sua própria vontade. Nada de Filha de Chiquita Bacana como previsto ; mas por outro lado, manteve uma homenagem a Erasmo Carlos (que completou por esses dias seu aniversário de 69 anos) com Imoral, ilegal, ou engorda, La vie en rose (Piaf/ Louis Gugliemi), Volta por cima (Paulo Vazolini), e Stand by your man, de Tamy Winette , na qual Silvia se dá ao prazer de copiar o look « sixties » (vide foto no texto em francês, mais pra baixo).
(Pessoalmente, eu já guardava também uma boa lembramça de sua versão punk de Garota de Ipanema e Careless Whisper !).
Para corrigir as palavras de Silvia Machete, eu diria então que « quem não conhecia adorou ; quem já viu, continua gostando : e quem vier a ver, amará !»

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