(texte français plus bas, texto português traduzido do francês)
A grade de apresentações da programação « Peça MPB », no pequeno Teatro dos Quatro (Gávea), acolheu Marina Lima, em seguida ao show nervoso de Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra, que aconteceu na segunda passasa (relatado aqui).
O retorno ao primeiro plano do ícone pop/rock feminino dos anos 80- que passou por momentos difíceis de saúde (mas não artísticos !) ao longo dos anos 90- era esperado já fazia um bom tempo. Mas mesmo que a depressão tenha prejudicado por um tempo suas capacidades vocais, Marina sempre soube apresentar-se no auge da criatividade sonora.
E seus álbuns desses últimos 20 anos, mesmo sem conter todas as suas obras indispensáveis, sempre revelaram uma artista elegante, chique e antenada.
O retorno ao primeiro plano do ícone pop/rock feminino dos anos 80- que passou por momentos difíceis de saúde (mas não artísticos !) ao longo dos anos 90- era esperado já fazia um bom tempo. Mas mesmo que a depressão tenha prejudicado por um tempo suas capacidades vocais, Marina sempre soube apresentar-se no auge da criatividade sonora.
E seus álbuns desses últimos 20 anos, mesmo sem conter todas as suas obras indispensáveis, sempre revelaram uma artista elegante, chique e antenada.
Nessa segunda, Marina retornou a um palco carioca depois de mais de um ano de ausência.
E dizer que a cantora estava nervosa, seria um doce eufemismo...
Eu mesmo temia pelo início de Fullgás, seu hit emblemático, com o qual ela abriu o show. Agitada, como para se livrar de uma angústia colada aos dedos, ou amarrada ao microfone, Marina parecia estar num estado alterado, no qual sua busca pelas palavras -dificilmente articuladas- não pareciam querer sair de sua boca.
Porém, rapidamente, a cantora conseguiu canalizar esse nervosismo numa energia raivosa antes de se soltar completamente a partir de Doce de nós, o primeiro inédito do repertório.
A caminho de um novo show e de um novo álbum por vir, « Clímax », Marina apresentou um punhado de inéditos que anuncia um retorno com graciosidade desde a primeira audição. Um som pulsante, elétrico e eletrônico, através do qual ela reveste elegantemente seus clássicos (Deixe estar, Charme do mundo, O Chamado, A Francesa, Três…), dando a eles um novo aspecto, francamente contemporâneo. De mais a mais, ao longo da trilha das 16 canções apresentadas, Marina foi recuperando as habilidades de sua voz rouca e velada, de um charme inigualável.
Com 54 anos, a cantora mostra-se mais sedutora do que nunca ; e podemos confiar, sem grande margem de erro, que ela inicia agora uma guinada vitoriosa em sua carreira, que eu aguardo com a maior impaciência...
"Nao me venha mais com amor" (Marina Lima/ Adriana Calcanhotto)
E dizer que a cantora estava nervosa, seria um doce eufemismo...
Eu mesmo temia pelo início de Fullgás, seu hit emblemático, com o qual ela abriu o show. Agitada, como para se livrar de uma angústia colada aos dedos, ou amarrada ao microfone, Marina parecia estar num estado alterado, no qual sua busca pelas palavras -dificilmente articuladas- não pareciam querer sair de sua boca.
Porém, rapidamente, a cantora conseguiu canalizar esse nervosismo numa energia raivosa antes de se soltar completamente a partir de Doce de nós, o primeiro inédito do repertório.
A caminho de um novo show e de um novo álbum por vir, « Clímax », Marina apresentou um punhado de inéditos que anuncia um retorno com graciosidade desde a primeira audição. Um som pulsante, elétrico e eletrônico, através do qual ela reveste elegantemente seus clássicos (Deixe estar, Charme do mundo, O Chamado, A Francesa, Três…), dando a eles um novo aspecto, francamente contemporâneo. De mais a mais, ao longo da trilha das 16 canções apresentadas, Marina foi recuperando as habilidades de sua voz rouca e velada, de um charme inigualável.
Com 54 anos, a cantora mostra-se mais sedutora do que nunca ; e podemos confiar, sem grande margem de erro, que ela inicia agora uma guinada vitoriosa em sua carreira, que eu aguardo com a maior impaciência...
"Nao me venha mais com amor" (Marina Lima/ Adriana Calcanhotto)
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