dimanche 18 juillet 2010

O som de Olinda no Rio : Banda Eddie, Oi Futuro Ipanema.

Fábio Trummer (Banda Eddie), 16/07, Oi Futuro Ipanema (foto Daniel A.)

(texte français plus bas, português traduzido do francês)

…Eis que me dou conta de não ter mencionado ainda que, por razões extra culturais (não necessariamente agradáveis), eu tive que interromper de forma abrupta uma viagem bem recente ao Brasil, cobrindo como de costume o eixo Rio-São Paulo… E cá estou eu de volta, por algumas semanas, certamente.
Mas vejamos o lado bem positivo da coisa : haverá então agora bastante material para alimentar esse blog com novidades musicais super frescas ! (Agora que a Copa do Mundo acabou... ufa !)
E embora eu acabe de deixar um verão europeu particularmente sufocante, o que encontro aqui agora é uma chuva ininterrupta que se abate sobre o Sudoeste do Brasil, paralizando de alguma forma as iniciativas de cada um de nós.

Prédio Oi Futuro Ipanema, rua Visconde de Pirajá

Mesmo assim, foi caminhando por Ipanema na noite dessa última sexta, 16 de julho, que me surgiu a oportunidade de descobrir a Oi Futuro : uma pequena sala de espetáculos que fazia mesmo falta ao bairro. Tanto que a programação sai um pouco do contexto da MPB tradicional, ao propor nomes achegados à cena independente e mais para alternativa.
Para minha maior felicidade, nesse fim de semana é o grupo pernambucano de Olinda, a Banda Eddie, que exibe o cartaz para três dias de apresentação.
Esse grupo me empolga já faz uma dezena de anos, porém ele existe desde 1989, sendo assim uma das mais antigas formações nascidas sob a influência do famoso Mangue Beat, do eixo Recife-Olinda (estambado « Original Olinda style »).

A Eddie, formada em torno de seu líder, o guitarrista e cantor Fábio Trummer, não produz no entanto um som similar ao do Nação Zumbi, esse último o mais ilustre representante dessa onda. Sua música é mais ligeira, saltitante, menos agressiva, e encontra suas raízes nos confins do reggae, do ska, da new wave novaiorquina, e, naturalmente, do frevo e do maracatu.
Fábio Trummer (o único membro original do grupo) tem mais de vinte anos de carreira nas costas, mas o público bastante jovem de ontem à noite devia ser ainda pré adolescente quando, em 1993, Eddie ofertou ao repertório do Mangue Beat uma de suas pérolas, daquelas a serem inscritas no rol de seus clássicos : Quando o mar encher, posta em destaque pelo Nação Zumbi em 2000, e imortalizada na mesma época por Cássia Eller.
Quando o mar encher não constava do repertório de ontem à noite, mas foram alguns outros títulos irresistíveis que botaram fogo na sala, tais como Lealdade, É de fazer chorar, Pode me chamar, Vida boa (absolutamente a top, essa música !). Além dessas, algumas outras partes tiradas de seu mais recente álbum, « Carnaval no inferno » (2008), que eu já procurava havia meses, e que o show de ontem me permitiu finalmente adquirí-lo. Nesse cd, podemos encontrar- além do percussionista Curumin- uma das figuras femininas mais em destaque na cena paulista atual, Karina Buhr, que fez parte integrante do grupo em seus primeiros tempos.

Na próxima semana, será a vez de um outro nome obrigatório da cena Mangue, o Mundo Livre S.A., de invadir o Oi Futuro Ipanema…

Youtube: "Tô cansado dessa..." (com Karina Buhr no vocal)// "Vida Boa"

1 commentaire:

Anonyme a dit…

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