jeudi 5 août 2010

Ana Carolina, Citybank Hall de São Paulo, 01/08 : « Ensaio de cores ».

Ana Carolina, Citibank Hall, SP, 01/08 (foto Daniel A.)
-texte français plus bas
-texto português traduzido do francês, com outras fotos.

O que fazer num domingo à noite, em plena chegada a São Paulo, quando recebemos de presente um ingresso para assistir a Ana Carolina no Citibank Hall ?
Meu primeiro impulso foi o de revendê-lo o mais rápido possível (ou até de doá-lo, como um bom rapaz que eu sou !), uma vez que eu já havia visto o show « N9ve » em maio desse ano, no Rio, sem ter guardado dele uma lembrança especial. A quantidade de efeitos cênicos desfraldados (grua, chuva falsa, plataformas móveis) me pareceu pertencer muito mais ao arsenal dos mega shows dos anos 80.
Mas na época, eu era sem dúvida o único a pensar nisso, lá, no meio de um público principalmente feminino, agremiado pela causa da cantora de Juiz de Fora (MG).
Nesse domingo, tratava-se no entanto de um outro projeto, e nesse caso a mudança foi para melhor...
Intitulado « Ensaio de cores », ele deu a Ana a oportunidade de apresentar seus trabalhos pictóricos iniciados em 2002 (acessíveis através desse site), no foyer do Citibank, para vendê-los em benefício parcial de uma associação pró crianças que sofrem de diabetes. Doença de que Ana é vítima desde sua adolescência.
Com exceção das projeções dos quadros no fundo cênico, « Ensaio de cores » se apresentou então como um espetáculo mais sóbrio e acústico, composto de títulos do repertório da cantora, de releituras de outros artistas, e de duas inéditas As Telas e elas, e Sai pra tomar três, essa última composta em parceria com Edu Krieger.

LanLan e Ana, como um duelo de repentistas (foto Daniel A.)

Cercada de Délia Fischer (piano), Gretel Paganini (violoncelo) e LanLan (percussão), foram as adaptações que fizeram a diferença : a excelente Rai das Cores (Caetano Veloso), que abriu o show, a percussiva Todas elas juntas num só ser, de Lenine ; uma versão surpreendente baixo / voz de Azul, de Djavan ; a boa idéia de retomar Alguém me disse (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), que figuravam em seu primeiro álbum ; e Força estranha (Caetano Veloso), já apresentada no show anterior, mas que, nessa versão acústica, adquiriu uma maior amplitude.
Naturalmente, os fãs tiveram a oportunidade de fazer coro a Garganta, à excelente Cabide, Eu comi a Madona, uma versão soul de Quem de nós dois, Pra rua me levar, ou ainda 10 minutos.
Em seu todo, foi um belo conjunto coerente –como uma tela bem equilibrada- composto de um repertório eclético nos arranjos mais ligeiros. Esse domingo à noite, em São Paulo, acabou sendo mais do que vantajoso...

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