jeudi 26 août 2010

En écoute aujourd’hui : Djavan.


(descer para o texto português)

Un album de reprises pour un compositeur né comme Djavan, pourrait signifier la recherche d’un second souffle créatif. Et peut être aussi d’un nouvel élan commercial.
Cela fait longtemps que Djavan a apporté sa pierre au Panthéon de la Musique Populaire brésilienne, grâce à des disques essentiels dans les années 70 et 80. Depuis lors, ses albums –toujours d’une grande sincérité musicale - se sont montrés pour le moins irréguliers.
Cependant, le dernier en date, le très bon "Matizes" , révélait un artiste qui ne voulait pas céder à la facilité. Avec pour conséquence, un succès commercial très discret.
« Ária » n’est pas un album bouche trou dans la discographie de l’artiste, et il rappelle que le troubadour d’Alagoas est aussi un interprète sensible et subtil, comme l’attestent ses reprises de Valsa brasileira (Edu Lobo/ Chico Buarque), Brigas nunca mais (Tom Jobim/ Vinicius de Marais), Oração ao tempo (Caetano Veloso), ou Sabes mentir (Othon Russo)
Dans cet album intimiste, Djavan a d’abord enregistré la voix et la guitare avant de graver les autres instruments, comme s’il voulait se rappeler le temps ou il arpentait les bars et les petits clubs avec sa 6 cordes, dans les années 70 .
Il aborde ici quelques thèmes pas forcément connus de compositeurs importants comme Cartola ou Luiz Gonzaga, mais même sa lecture de Fly me to the moon (Bart Howard) n’est pas redondante. Et quand il aborde le très populaire Palco (Gilberto Gil), il le transporte dans l’univers rythmique jazziste qui lui est propre.
Un bel album, élégant, tel que l’artiste apparaît sur la pochette…


Escutando hoje : Djavan.

Um álbum de releituras para um compositor nascido Djavan poderia significar a busca por um segundo fôlego criativo. E talvez também por um novo sopro comercial.
Já faz um bom tempo que Djavan cravou seu nome no Panteon da Música Popular Brasileira, graças a discos fundamentais nos anos 70 e 80. Desde então, seus álbuns –sempre de uma grande sinceridade musical – conheceram altos e baixos.
O mais recente na linha do tempo antes do atual « Ária », o muito bom « Matizes » (2007), revelou um artista que não queria ceder às facilidades do mercado, tendo sido obrigado assim a não ter um sucesso comercial desejado.
« Ária » não é um álbum tapa-buraco na carreira discográfica do artista, e ele relembra que o trovador de Alagoas é também um intérprete sensível e sutil, como atestaram suas releituras de Valsa brasileira (Edu Lobo/ Chico Buarque), Brigas nunca mais (Tom Jobim/ Vinicius de Marais), Oração ao tempo (Caetano Veloso) e Sabes mentir (Othon Russo).
Nesse álbum intimista, Djavan primeiramente registrou a voz e o violão , antes de gravar os outros instrumentos, como se ele quisesse reportar-se aos tempos em que percorria os bares e os pequenos clubes com seu 6 cordas, em plenos anos 70.
Ele aborda aqui alguns temas não forçosamente conhecidos, compostos por nomes importantes como Cartola (Disfarça e chora) ou Luiz Gonzaga (Treze de dezembro) ; mas até mesmo sua leitura de Fly me to the moon (Bart Howard) não soa redunante. E quando Djavan aborda a popularíssima Palco (Gilberto Gil), ele a transporta a um universo jazzístico que lhe é bem próprio.
Um belo álbum, elegante, esse « Ária », tanto quanto o artista que se mostra em sua capa...

Aucun commentaire:

CE BLOG EST DÉDIÉ AUX CURIEUX QUI AIMERAIENT CONNAÎTRE L'ART ET LA MUSIQUE POPULAIRE BRÉSILIENNE. UNE OCCASION POUR LES FRANCOPHONES DE DÉCOUVRIR UN MONDE INCONNU OU IL EST DE MISE DE LAISSER SES PRÉJUGES AU VESTIAIRE.