-texte français plus bas.
-texto português traduzido do francês.
E agora, o que é que eu faço… !? E o que é que eu escrevo… !?
Eu estou cercado pelo público que adorou o show de Lulu Santos, nessa última sexta-feira, dia 20 de agosto, no Vivo Rio ; e pela crítica especializada que compartilha desse mesmo entusiasmo, com relação a esse espetáculo que anuncia o próximo « Lulu Santos Acústico MTV II », que será lançado em setembro.
No meio disso tudo, eu sou então o único, perdido, a ter achado a apresentação do rei da música pop brasileira (que, aliás, eu aprecio muito), chato e morno.
Trata-se do caso de uma situação que eu conheço bem, e a maioria das vezes eu prefiro não relatar o evento que nao curti. Mas eu estava num bom dia, cheio de expectativas ; e além do mais, nós não estamos numa democracia artística na qual até mesmo uma voz discordante da maioria tem direito à palavra… !? Bom, basta de preâmbulos ; o caso é que eu não gostei… !
Depois do « Lulu Santos, Acústico MTV » de 2000, o repertório desse décimo disco foca em parte os títulos menos conhecidos da carreira do artista –o que apelidamos de « lado B »- como Papo cabeça, Um pro outro, Dinossauros do rock, ou ainda o inédito E muito mais. Colocados em sua maioria no início do set, o público parecia bastante apático.
Mas muito rapidamente, os primeiros acordes do encadeamento já esperado de seus hits (sem pausa, como é de seu hábito) Toda forma de amor/ Um certo alguém/ O Último romântico, e mais adiante as baladas balneáreas sob cores havaianas como Sereia/ De repente Califórnia/ Como uma onda, tacaram foco na sala. Isso já era de se esperar, mas não deixou de ser uma boa estratégia.
O entediante é que, numa preocupação de variar um pouco, Lulu obstina-se frequentemente em sair das linhas melódicas originais, para se enredar em variações arriscadas e pouco convincentes, como para A Cura e Tudo bem, essa última música numa versão quase epiléptica no final.
O mesmo problema acontece, quando o grupo se mete a desconstruir as cadências de Sábado à noite e Baby de Babylon, arrancando dessas canções um viés dançante, sacrificando a sua eficácia natural.
Eu estou cercado pelo público que adorou o show de Lulu Santos, nessa última sexta-feira, dia 20 de agosto, no Vivo Rio ; e pela crítica especializada que compartilha desse mesmo entusiasmo, com relação a esse espetáculo que anuncia o próximo « Lulu Santos Acústico MTV II », que será lançado em setembro.
No meio disso tudo, eu sou então o único, perdido, a ter achado a apresentação do rei da música pop brasileira (que, aliás, eu aprecio muito), chato e morno.
Trata-se do caso de uma situação que eu conheço bem, e a maioria das vezes eu prefiro não relatar o evento que nao curti. Mas eu estava num bom dia, cheio de expectativas ; e além do mais, nós não estamos numa democracia artística na qual até mesmo uma voz discordante da maioria tem direito à palavra… !? Bom, basta de preâmbulos ; o caso é que eu não gostei… !
Depois do « Lulu Santos, Acústico MTV » de 2000, o repertório desse décimo disco foca em parte os títulos menos conhecidos da carreira do artista –o que apelidamos de « lado B »- como Papo cabeça, Um pro outro, Dinossauros do rock, ou ainda o inédito E muito mais. Colocados em sua maioria no início do set, o público parecia bastante apático.
Mas muito rapidamente, os primeiros acordes do encadeamento já esperado de seus hits (sem pausa, como é de seu hábito) Toda forma de amor/ Um certo alguém/ O Último romântico, e mais adiante as baladas balneáreas sob cores havaianas como Sereia/ De repente Califórnia/ Como uma onda, tacaram foco na sala. Isso já era de se esperar, mas não deixou de ser uma boa estratégia.
O entediante é que, numa preocupação de variar um pouco, Lulu obstina-se frequentemente em sair das linhas melódicas originais, para se enredar em variações arriscadas e pouco convincentes, como para A Cura e Tudo bem, essa última música numa versão quase epiléptica no final.
O mesmo problema acontece, quando o grupo se mete a desconstruir as cadências de Sábado à noite e Baby de Babylon, arrancando dessas canções um viés dançante, sacrificando a sua eficácia natural.
Pouco interessante também, a versão pseudo latina do rock Adivinha o quê, mesmo em duo com a linda flor que é Marina de la Riva, a única convidade da noite, se não levarmos em conta a presença do baixista Jorge Ailton, a quem Lulu Santos teve a elegância de deixar interpretar o muito bom O Óbvio, extraído de seu primeiro álbum solo, « O Ano 1 » (2010).
Enfim, eu não entendi direito a introdução do espetáculo com evocações africanas, mesmo que –isso lá é verdade –os arranjos estivessem particularmente bem apoiados nas percussões.
Em sintonia, fica na memória o décor muito bem afinado com a estética africana, e o excelente grupo cercando o cantor. Mas para finalizar essa crônica dissidente, devo dizer que não foi suficiente para que eu gostasse do show o fato de eu ter compartilhado o clima desse Lulu, ao longo de duas horas e meia de espetáculo...
Nada ver com o show, mas gostei desse aqui...!
Enfim, eu não entendi direito a introdução do espetáculo com evocações africanas, mesmo que –isso lá é verdade –os arranjos estivessem particularmente bem apoiados nas percussões.
Em sintonia, fica na memória o décor muito bem afinado com a estética africana, e o excelente grupo cercando o cantor. Mas para finalizar essa crônica dissidente, devo dizer que não foi suficiente para que eu gostasse do show o fato de eu ter compartilhado o clima desse Lulu, ao longo de duas horas e meia de espetáculo...
Nada ver com o show, mas gostei desse aqui...!
2 commentaires:
Blog incroyablement riche, il est dans mes favoris, et je me suis aussi permis de le mettre en lien dans mon propre blog (A frenchman in Rio, http://antonydumas.blogspot.com).
Bravo !
Antony
O "nada a ver" é justamente o "meu" Lulu! Tem artistas que não devem se meter a reinventar a roda *)
Lulu é o eterno zen surfista da minha geração; se mexer demais, desanda!
Kisses,
Lady Jane.
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